Prefeitura de Belém segue colecionando obras paradas; avenida Romulo Maiorana integra a lista.

Faltam dedos para contar, mas não dinheiro para gastar: em Icoaraci, a reforma do mercado estancou; na Pedreira, onde uma feira provisória funciona há três anos, idem. Até quando?

18/10/2023 08:00

De Icoaraci a Belém, o cenário é o mesmo: obras contratadas por valores milionários, a maioria com recursos do governo do Estado, mas paradas sob a gestão do prefeito Edmilson Rodrigues, para quem, tudo indica, o tempo não passa/Fotos: Divulgação.


A

 

avenida Romulo Maiorana, ex-25 de Setembro, que tem projeto anunciado com pompa e circunstância de se transformar em uma grande avenida urbanizada, está com a obra caindo pelas tabelas e provocando mais transtornos para quem mora ou trafega na área.


 Quando prefeito, Hélio Gueiros tentou emplacar um projeto de reurbanização na avenida, mas foi prontamente repelido pelos zelosos moradores. Eles preferiram se manter postos em sossego, isto é, sem tráfego intenso e perturbações, em meio ao arvoredo e à sombra das castanholas e vieses sinuosos.

 

Paralisia geral

 

A obra se junta a outras igualmente importantes em Belém que vão do nada para lugar nenhum, embora envolvam investimentos milionários. É o caso, por exemplo, do Mercado de Icoaraci, de onde a empresa chegou a retirar os trabalhadores, e da Feira da Pedreira, que funciona de maneira provisória - acredite -, há pelo menos três anos.

 

Conversa fiada

 

Na atual gestão municipal, onde o discurso, além vazio, é enfadonho até para o prefeito de fato de Belém, o governador Helder Barbalho, não se sabe ao certo em que a avenida será transformada e quando. O dinheiro da obra, de R$ 21 milhões, com prazo de execução de um ano que se encerra mês que vem, é do Estado, mas a Prefeitura de Belém segue tropeçando nas próprias pernas, como em tantas outras obras.

 

O primeiro trecho da obra começou ano passado. Saiu da Dr. Freitas para chegar à Lomas Valentina.  Nesse período de quase um ano, árvores foram derrubadas e alguns quiosques de gosto duvidoso e nada prático foram instalados, mas tudo no ritmo meia-boca, no modus operandi da gestão Ed50. 

 

Braços cruzados

 

Ontem, terça-feira, por volta das 15h30, não havia um trabalhador sequer, o que remete o observador desinteressado a concluir que a obra está parada e ponto final. As imagens falam por si. Foram feitas por um motorista incomodado com as cenas que presencia diariamente e mostram muito bem a situação de mais essa obra com da marca Ed50.

 

Custo e benefício

 

No Palácio do Governo, onde a presença do governador Helder Barbalho é cada vez mais rara, dados seus compromissos internacionais, as paredes murmuram que nem a governadora Hana Ghassan está gostando da paralisia. No ‘economês’, significa que os benefícios não justificam os custos, como entenderão os bons entendedores.

 

Papo Reto

 

Hoje é o dia em que a UFPA abre espaço para as entidades de esquerda discutirem a cassação do título de Doutor Honoris Causa concedido pela instituição ao falecido senador Jarbas Passarinho.

 

O ex-vereador Wagner Forte é dono de um contrato de fornecimento de gás de cozinha para a Prefeitura de Capitão Poço ao custo mensal de R$ 20 mil.

 

Dizem por lá que Wagner Forte é lotado como motorista da prefeitura, ganhando mais de $2 mil por mês. 

 

Vamos concordar: o técnico italiano Carlo Ancelotti (foto), atualmente no Real Madri, jamais disse que seria o treinador da Seleção Brasileira.

 

Isso é conversa da CBF turbinada pela mídia que torce mais do que noticia.  Conformem-se com o "Dinizismo" de araque.

 

Aliás, o Paysandu ainda não bateu o martelo sobre a permanência do técnico Hélio dos Anjos.

 

Há quem diga que os dirigentes se assustaram com a proposta do professor, mas nada foi decidido.

 

O maior adversário da diretoria bicolor é a pressão que a torcida está fazendo pela permanência do treinador.

 

Antigo Edifício Bern, à Presidente Vargas com a Ó de Almeida, que por alguns anos abrigou a Rádio Clube do Pará, enquanto se construía o edifício Palácio do Rádio, sendo revitalizado.

 

Tomara ganhe um bom destino, já que se localiza em área nobre da cidade e dispõe de amplo estacionamento.

 

A cidade de Fortaleza conseguiu aprovar 313 alunos para a segunda etapa do concurso para ingresso no Instituto Tecnológico de Aeronáutica, o Ita, seguida do Rio de Janeiro, com 72, e Goiânia, 25 alunos.

 

Belém aprovou apenas quatro estudantes para a segunda etapa da disputa pelas 150 vagas disponíveis para 2024.

 

O segredo do verdadeiro show dos cearenses? Bem, um deles foram os pesados investimentos em laboratórios multidisciplinares de última geração, sobretudo nas escolas públicas.

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