em todo
mundo age com o equilíbrio que o roteiro exige quando o assunto é alcançar os
objetivos propostos em uma campanha política. Alguns partem para as vias de
fato e fazem uso da violência como ferramenta de intimidação e ameaça.
Reproduzem uma fórmula que não combina com os tempos vividos hoje e, muito
menos, com a maturidade que a democracia brasileira alcançou nos últimos anos.
Armado de faca
Em Mãe do
Rio, no último sábado, um homem subiu armado com uma faca no momento em que a
candidata à vice pela chapa Coligação Democrática, Irmã Léia, discursava para
uma multidão no bairro Bom Jesus. Os seguranças impediram que o pior
acontecesse, mas a cena deixou uma série de dúvidas entre os moradores da
cidade sobre até que ponto alguém é capaz de agir com violência para chegar ao
poder.
Melhor prevenir
Em Dom
Eliseu, outra cidade da BR-010, o presidente da Câmara de Vereadores e
candidato a prefeito pelo PSD, Edilson Oliveira, discursou, no final de semana,
usando um colete a prova de balas em função das ameaças que vem sofrendo. Vale
lembrar que o advogado Adriano Magalhães foi executado em via pública, quatro
anos atrás, quando também concorria à Prefeitura de Dom Eliseu.
Em
Paragominas, uma equipe inteira de cinegrafistas e editores optou por deixar a
cidade depois de sofrer ameaça de morte por um candidato a vice em uma das
chapas que disputam a eleição no município. Na segunda ameaça, houve disparo de
tiros, na condição de alerta, o que foi suficiente para a equipe abandonar o
barco, sem tempo nem mesmo para registrar boletim de ocorrência na Delegacia de
Polícia.
“Milícia Cabana”
Em Belém,
a truculência da chamada “Milícia Cabana” - mais uma vez-, agrediu o humorista
Felipe Cabral, que usa uma imagem do prefeito Edmilson Rodrigues, candidato à
reeleição pelo Psol, para fazer críticas à gestão. O caso foi parar na
delegacia. Esta é a segunda vez que Felipe sofre agressões de brutamontes que,
informalmente, fazem a segurança do prefeito.
A 34 dias das eleições, as campanhas seguem a todo vapor
nos 144 municípios paraenses. Umas mais, outras menos fervorosas. É torcer para
que, até lá, nada de mais extremo marque esse momento tão importante na vida de
tantas pessoas.