Observação desinteressada do ambiente político e o apoio de Helder Barbalho à reeleição de Edmilson

Leitor da coluna avalia que governador poderá sofrer represálias do Planalto se negar apoio ao prefeito de Belém contrariando o presidente Lula.

27/12/2023 08:00
Observação desinteressada do ambiente político e o apoio de Helder Barbalho à reeleição de Edmilson
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 mundo político e seus atores dispõem de formas e formas, fórmulas e formalidades para se ajustar às circunstâncias eleitorais, sejam elas quais forem, ainda que representem o rompimento de relações tidas e havidas como sacramentadas a fio de bigode. Seria a chamada dinâmica política, aquela pela qual qualquer acordo ou desacordo vale em nome da vitória pessoal. Na política, ninguém entra para perder, especialmente quando se está no topo. Do pescoço para baixo, tudo é canela.


Helder Barbalho percorre seu labirinto político para acomodar interesses ao acordo com Lula, tendo o prefeito de Belém no meio do caminho/Fotos: Divulgação.

Atento leitor da coluna, observador do ambiente nervoso que envolve o anunciado apoio do governador Helder Barbalho à reeleição do prefeito Edmilson Rodrigues, a performance do alcaide no atual momento político e o cenário nacional faz sua análise pessoal do quadro, parte dele já tratado em reportagens anteriores pela coluna. Avalie e tire suas impressões.

 

Livre pensar é só pensar

 

“O terreno da especulação política às vezes é fértil, mas pantanoso. As conveniências e alianças, até as espúrias, ditam as regras. Contrariar caciques é arriscado, ainda mais quando está em jogo o poder ou a sua manutenção.

 

Feitas essas considerações, anotem aí para cobrar depois: duvido muito que o governador Helder Barbalho deixe de apoiar a reeleição do prefeito Edmilson Rodrigues, contrariando a intenção do presidente Lula. Se isso viesse a ocorrer, a primeira cabeça a rolar seria a do ministro das Cidades, Jader Filho, irmão do governador. Sem falar no sonho, ou delírio de Helder, de ser vice do próprio presidente Lula. Os Barbalho podem ser tudo, menos bobos.

 

Ainda mais porque, apesar da rejeição ao prefeito Edmilson Rodrigues apontada em pesquisas recorrentes, que é visível, ele ainda assim deverá ter por volta de 25% dos votos no primeiro turno, em razão da esquerda frenética que se fará presente, sendo que dentre os candidatos do “peito” do governador Helder Barbalho nenhum alcançará esse percentual. Conclusão lógica: haverá segundo turno, disputa entre candidato que se dirá de direita e o atual prefeito apoiado, mesmo que de narizes torcidos, pelos outros que receberem “ajuda” governamental para as suas campanhas. O resultado? A conferir, dependendo muito do panorama nacional. Como diriam os advogados ao finalizarem seus arrazoados: salvo melhor juízo...”

 

Papo Reto

 

A Confederação Nacional de Municípios comemora a Lei 14.770/2023, publicada na edição extra do Diário Oficial da União na última sexta-feira.

 

O mecanismo permite que os municípios peguem "carona" em ata de registro de preço de qualquer outro ente municipal para fazer suas aquisições de suprimentos e serviços.

 

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski (foto), explica que haverá mais agilidade e economia de escala nas aquisições e que "quem ganhará com isso será a população".

 

A relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB do País sobe para 61,20% este ano e para 64,50% no ano que vem, diz o Banco Central.

 

Há um mês, os indicadores estavam em 61% e 63,90%, respectivamente, demonstrando que não existe nenhum ponto de inflexão à vista na sanha gastadora do governo, apesar do discurso de déficit zero.

 

O preço do azeite de oliva disparou 33% no Brasil em 2023, resultado da séria escassez de chuvas na Espanha e Portugal, maiores produtores.

 

Para quem não sabe, o Brasil é o segundo maior mercado consumidor de azeite do mundo, com demanda anual de 100 milhões de litros, só produzindo 0,5% de todo azeite que consome.

 

Acredite, numa brutal demonstração de poder tecnológico, ativistas digitais israelenses conseguiram desativar virtualmente por sete dias 70% dos postos de combustível do Irã.

 

Nem o drama diário dos atoleiros, causa permanente do desabastecimento de alimentos, remédios, combustíveis, gás de cozinha etc. enfrentados por milhares de residentes, motoristas e passageiros ao longo dos 800 km da rodovia BR-319 têm sido suficientes para sensibilizar os ativistas ambientais.

 

O que se diz é que esses grupos conspiram dia e noite para impedir que o governo use recursos do Fundo Amazônia para pavimentar, de uma vez por todas, a rodovia, que liga Manaus a Porto Velho.

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