Noves fora o amigo Lula, que não veio, convenção que confirmou Edmilson “teve de um tudo”

Presidente não enviou um mísero vídeo para ser exibido nos telões de LED instalados em uma casa de shows no Guamá.

05/08/2024 12:00
Noves fora o amigo Lula, que não veio, convenção que confirmou Edmilson “teve de um tudo”
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o último final de semana, a Coluna Olavo Dutra destacou trecho de entrevista do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, a um portal de notícias, no qual ele investiu longos minutos falando de sua amizade com o presidente Lula. Mas, cabe agora à coluna fazer um reparo: no mesmo final de semana, na noite de sábado, a Federação Psol-Rede realizou a convenção para confirmar a candidatura de Edmilson à reeleição como prefeito de Belém e, pasme, sem a presença do seu grande amigo Lula.


A população diz que desaprova o governo, a gestão e os gestores, mas o Psol insiste em manter a mesma chapa em busca da reeleição/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.

No palanque de Edmilson, foi notada a ausência de representante oficial do PT, partido do presidente Lula, começando pela presidente estadual, a secretária de Saneamento, Ivanise Gasparim que - comenta-se - embora seja filhada política de Cláudio Puty, irá apoiar Igor Normando, do MDB. Outra ausência foi a da ex-governadora Ana Júlia, que de repente sumiu, talvez para se “descolar” do prefeito.

 

Mas, quando se fala em presença, não significa somente a presença física. Hoje, a tecnologia permite fazer o que a maioria dos políticos com agenda lotada, como é o caso do presidente da República, fazem: a presença digital. Isso mesmo. Além da falta do representante do PT, Lula não enviou sequer um mísero vídeo de apoio a Edmilson Rodrigues para ser exibido nos enormes telões de LED instalados no evento, realizado em uma casa de shows no bairro do Guamá.

 

Fora isso, teve de tudo

 

Observadores da coluna presentes no evento perceberam outras curiosidades, primeiro, confirmando o exagero dos anúncios de que mais de 30 mil pessoas estariam presentes, quando na verdade não passaram de 5 mil, a maioria composta por cargos de confiança da prefeitura, servidores do PSS obrigados a ir ao evento por seus chefes e cabos eleitorais pagos por candidatos aliados do prefeito e ao professor Edilson Moura, que permanece candidato a vice, apesar da avaliação da gestão.

 

Antes da convenção iniciar, talvez para justificar o pagamento dos operadores de drones contratados, os apresentadores do evento se desesperavam em convidar os candidatos a vereadores e seus cabos eleitorais, que chegavam "voluntariamente" de ônibus, vans e kombis, para tomar seus lugares. Precisavam de imagens para tentar impactar os usuários de redes sociais. Mas, juntando todo mundo pode-se arredondar em 5 mil pessoas, já incluindo as de uma estranha “área VIP”, espécie de espaço para acomodar a claque oficial do prefeito e algumas senhoras balançando bandeiras. Um espaço de “muitos caciques para poucos índios”.

 

Tempestade no local

 

Tudo corria muito comportado até a chegada da vereadora Silvia Letícia e de seu mandato coletivo, com militância raiz, entoando palavras de ordem contra o governo e os patrões. Representando o Psol radical e das origens foi a esquerda da convenção e do palco. A vereadora, que teve sua candidatura aclamada, se apresentou com a bandeira da Palestina e roubou a cena da noite, mais preocupada de fato com o povo palestino do que com o registro como candidata à reeleição.

 

Posicionadas à direita, neste caso do palanque, estavam Vivi Reis, Marinor Brito, Giselli Freitas, Fernando Carneiro e a enfermeira Nazaré. Curiosamente, Marinor Brito, que ninguém mais lembrava, voltou a ser apresentada como professora e sindicalista. Por quê? Ninguém sabe... Uns dizem ser o fator Silvia Letícia, que vem tomando espaço de todo mundo do Psol, e pontuando em todas as pesquisas que a coluna teve acesso.

 

Evasões naturais

 

À medida que os candidatos a vereadores eram citados, a "maré" de apoiadores vazava. Depois dos aplausos e gritos de palavras de ordem, enrolavam suas bandeiras e iam embora. Havia tanta pressão dos motoristas de vans contratados que queriam partir que se ouviu dizer que, no Mangueirinho, onde o caldeirão fervia violentamente na convenção de Igor Normando, as coisas ainda estavam melhores e mais seguras. No caso dos motoristas no evento do Guamá, a insegurança era pelo não pagamento do serviço contratado. Como consequência, Edmilson discursou durante uma hora para um público esvaziado. Para dar volume ao grande momento do evento, a área VIP, antes restrita à claque oficial, foi liberada para os mortais que não tinham pulseira verde de identificação.

  

Papo Reto

 

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