Um professor atuou com diploma falso sob o manto do silêncio; outro, do mesmo Instituto, é acusado de assédio moral.
relato crível de dois casos incríveis anda tirando o sossego de muita gente na Universidade Federal do Pará. Na prática, um dos casos foi descortinado em recente reunião da Congregação do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, e envolve um professor acusado de suposta prática de assédio moral. O outro, mais grave, tem um personagem ligado ao mesmo Instituto por uso e diploma falso - falso ou adulterado - atuando em programa de pós-graduação da UFPA, ambos compondo um cenário escandaloso para o final de mandato do reitor.
Os casos, de tão delicados - envolvem atos e pessoas muito relevantes na Universidade -, estavam protegidos pela infame “lei do silêncio”, até que, na reunião da Congregação, foi colocada em votação uma proposta de moção de solidariedade a uma das partes envolvidas, mas foi recusada.
Tratava-se do caso de assédio moral. A
Congregação negou o voto, contrariando o desejo da ‘eminente’ professora Jane
Beltrão, uma das ungidas pelo reitor, optando por aguardar o desfecho do
processo. O caldo entornou e veio a público. Como um caso puxa o outro, os dois
casos chegaram à Coluna Olavo Dutra envelopados com o selo de
denúncia.
O caso mais grave tem outro professor
do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas como personagem central do enredo
bufo. Atua no Programa de Pós-Graduação em Psicologia, área onde o nome de
maior destaque é justamente o do magnífico reitor Emmanuel Tourinho, que é
psicólogo. O professor passou por laboratório, aulas em graduação e
pós-graduação e orientação a residentes em hospitais, até a descoberta de que
nunca cursou graduação em Psicologia, nem tem registro profissional, mas exibe
um diploma de pós-graduação ‘adulterado’.
Lotado no Instituto de Ciências
Biológicas e atuando na interface com Psicologia, o professor
conseguiu entrar nos grupos de pesquisa através da ‘boa vontade’ de uma colega,
de quem foi ‘orientando’ de doutorado, e que funcionou como ‘a chave do
sucesso’. Teria sido uma ‘entrada conturbada’: o professor não tinha os pré-requisitos
de produção necessários, mas nada que “favores superiores” não pudessem
resolver. Além do mais, ninguém queria o cargo.
Contudo, como reza a lenda, ‘não há
bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe - e nessa fronteira estancou o
voo do passarinho. Entre uma banca e outra de concursos, o professor reprovou
uma aluna que tinha seu passado controverso e nebuloso na palma da mão e
acionou o Conselho Regional de Psicologia, oferecendo a denúncia. A verificação
foi rápida: os arquivos confirmaram que o professor não era diplomado,
portanto, não tinha registro no Conselho. A Justiça Federal foi acionada e
comunicou o fato à Reitoria da UFPA.
Incontinenti, a Reitoria fez os comunicados internos de praxe, afastou e mandou
o professor ficar quieto. No curso das investigações, descobriu-se que o
diploma não é falso, mas ‘adulterado’. Tanto faz como tanto fez, essa prática
consta no Código Penal: Decreto-lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Art. 298 -
Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento
particular verdadeiro: Pena - reclusão de um a cinco anos, e multa.
Dizem que esse mesmo professor
integrava o grupo de articulação e pesquisa de gente poderosa na Universidade,
pessoas responsáveis pelo acobertamento do escândalo no Instituto, sob as
bênçãos do alto escalão.
Havia anos que o professor atuava
impunemente, inclusive como responsável pelo setor de Apoio Psicológico no
Hospital das Clínicas, fazendo e desfazendo, definindo e assinando documentos
oficiais, participando de bancas, coordenando programas, clinicando,
pesquisando, elaborando projetos, coordenando concursos e viajando. Qualquer
semelhança com ‘serviços prestados’ será mera coincidência.
Fontes da Coluna Olavo Dutra na
Universidade avaliam que a tal moção de solidariedade foi uma tentativa
frustrada de ‘botar panos quentes’ e proteger o professor acusado de assédio
moral, com sérios riscos de enlamear pessoas e a instituição federal em final
de gestão. Por isso a Congregação acionou um grupo de pessoas e atropelou
tudo, entendendo que, por não haver fato formalizado internamente no
Instituto, não poderia se manifestar.
Por outro lado, a professora que
sofreu o assédio prestou queixa crime na Polícia e requereu medida protetiva,
depois de levar o caso ao Colegiado da Pós-Graduação. Até o momento, porém, não
há nenhum tipo de processo instaurado na UFPA contra o assediador. Quanto ao
professor ‘diplomado e graduado’, o processo corre em segredo de Justiça.
A professora vítima de assédio alega
que fez sua parte e apenas cobrou providências do Colegiado para tentar o
afastamento do assediador que, de fato, é tido e havido como criador de casos
há muito tempo no do Instituto, mas os ‘juristas’ de plantão e ‘companheiros’
carimbam o episódio como ‘conflito interno’ e ‘nada grave”.
· A rigor, a justificativa
oficial para a queda do secretário de Meio Ambiente, Mauro Ó de Almeida (foto),
não se sustenta. Se as queimadas derrubam, mesmo por causa da COP30, há
inúmeros outros fatores bem mais ‘controláveis’ na gestão que teriam a mesma
função - nem por isso alguém caiu.
· Uma tentativa de ‘roubar um
beijo’ de uma garota de 14 anos em um colégio particular que funciona na
Serzedelo Corrêa acabou em confusão. O “gostosão” de 15 anos partiu para a
agressão.
· A cena ocorreu em frente ao
Cemitério da Soledade, com direito a palavrões do tipo “vadia” e “vagabunda”.
O agressor foi suspenso da escola por cinco dias, mas as alunas estão
apavoradas e não querem voltar à escola.
· O megafraudador ambiental Menandro
Souza Freire conseguiu na Justiça a reintegração de posse sobre a famosa
Fazenda Ligação, na BR- 010, entre os municípios de Dom Eliseu e Ulianópolis.
· A fazenda hoje está em posse
do Grupo Sperafico, do Paraná, cuja família é reconhecida no País pela
atividade no agronegócio e na política.
· Menandro Freire afirma ter
sido enganado comercialmente: não recebeu o acordado na venda da propriedade
rural.
· A Sala do Advogado, no prédio
da Justiça Militar, em Belém, foi inaugurada com o nome do advogado Laurênio
Rocha, mas, pelo visto, deve ter sido “reinaugurada”; só pode.
· Quem
frequenta o prédio atualmente não vê mais nem a placa, nem o nome, e sequer
houve qualquer menção ao conhecido advogado. É o velho hábito de apagar
memórias em Belém.
· O ministro
Nunes Marques, do STF, pediu urgente parecer da AGU e PGR sobre a suspensão do
X no Brasil, à luz de recurso interposto pelo partido Novo, requerendo que o X
volte a operar normalmente no País.
·Aos desavisados: o STF não pede
transferências bancárias, pagamento de boletos, muito menos cobra pendências
judiciais por meio de aplicativos e mensagens de texto.
· Já não sem tempo, o Conselho
Federal de Medicina lançou plataforma de combate à emissão de atestados falsos,
permitindo que trabalhadores acessem seu histórico de atestados e aos
empregadores que possam checar a veracidade dos documentos apresentados.
· A queda nas exportações de soja
e ferro, além da alta nas importações fez o superávit comercial brasileiro
encolher em agosto.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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