convite - exclusivo - do presidente Lula ao governador do Pará para atuar como
‘orador’ no lançamento do PAC, o Plano de Aceleração do Crescimento do governo
federal, ontem, no Rio de Janeiro, colocou Helder Barbalho “nas nuvens” e, mais
que isso, mais perto do Palácio do Planalto, corroborando as informações que
circularam recentemente e na mídia nacional. Helder Barbalho passou a ser
“olhos, ouvidos, braços e boca” do governo Lula menos de oito meses desde que o
petista assumiu o cargo em terceiro mandato.
Além de sucessora
Não à
toa, em Belém, a vice-governadora Hana Ghassan, anunciada publicamente pelo
governador como “a sucessora”, foi chamada de “governadora”, também ontem, pelo
secretário Rossieli Soares, durante evento promovido pela Secretaria de
Educação. Aos observadores de plantão resta que as recorrentes ausências de
Helder em Belém têm colocado Hana na linha de frente do governo, anunciando e
acompanhando a execução de obras dentro e fora da capital, em uma clara
demonstração de empoderamento político rumo a 2026..
Nessa
batida, o nome de Hana se distancia da possibilidade - já aventada pelos
observadores da cena paraense - de ser lançada candidata à Prefeitura de
Ananindeua, iniciativa de Helder que se assemelharia a um “sossega leão” nas
pretensões políticas do Dr. Daniel Santos, que incluiriam, além da reeleição,
ano que vem, uma possível candidatura ao governo do Estado, contra os planos de
Helder.
Alfinetada para o futuro
Montado
em um discurso vigoroso e bem estruturado - Helder citou, prolongando a prosa,
todos os governadores presentes, com as devidas inflexões de gênero, para ser
politicamente correto -, o governador do Pará “lavou a alma”, com tempo de
alfinetar o governador de Minas Gerais, Romeu Zema que, como o de São Paulo,
Tarcísio de Freitas, e o do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite - não estava
presente.
O
presidente Lula não escondeu o sorrisinho e os presentes se derreteram em
aplausos.
“O
gesto do seu governo de lançar o PAC e chamar um governador da Amazônia para
falar em nomes dos governadores do Brasil é uma demonstração clara daqueles que
pregam a democracia, pregam a união, pregam o Brasil para todos e trabalham por
todos e querem uma construção nacional”, destacou Helder no discurso.
“E viva o Brasil!”
Mas
foi ao mencionar a retomada dos investimentos que o governador do Pará achou o
endereço do governador de Minas, destacando o novo “tempo de reconstrução com o
restabelecimento do diálogo “em que é possível estar no mesmo ambiente os que
pensam iguais e os que pensam diferente”. Dia desses, Zema andou defendendo a
união de Estados do Sul contra os Estados do Nordeste.
Helder
Barbalho não gostou, a ponto de lançar mão de certo ufanismo.