Reitoria da Ufra culpa “atravessadora” por incidente envolvendo comissão da COP30; professora responde

Universidade afirma que professora “vem se passando por interlocutora” da instituição junto a órgãos governamentais e políticos e vai adotar as providências cabíveis

11/09/2024 13:42
Reitoria da Ufra culpa “atravessadora” por incidente envolvendo comissão da COP30; professora responde

Sobre a reportagem “Que vergonha! Reitoria da Ufra se nega a receber comitiva da COP30 e o constrangimento é geral” (veja em  link https://www.portalolavodutra.com.br/materia/que_vergonha_reitoria_da_ufra_se_nega_a_receber_comitiva_da_cop30_e_o_constrangimento_e_geral), apesar do pedido de esclarecimentos feitos pela Coluna Olavo Dutra à Assessoria de Comunicação da Universidade - informou apenas que o assunto era ‘pertinente à Reitoria’ e não respondeu aos questionamentos -, somente ontem, dia 10, quase uma semana depois da publicação, no dia 4 de setembro, recebemos a informação oficial, que publicamos a seguir:


“A verdade dos fatos”


A Universidade Federal Rural da Amazônia - Ufra, por meio do gabinete da Reitoria, vem conferir a devida publicidade e restituir a verdade dos fatos que estão sendo veiculados sobre uma comitiva da COP30 na Universidade.


Esses fatos e constrangimentos envolvendo o nome da instituição e a comitiva da COP 30 foram provenientes da ação da docente Eldilene Barbosa que vem, de forma irresponsável, se passando por interlocutora da Ufra junto a órgãos governamentais e políticos, sem qualquer compromisso ético e em claro desrespeito à legislação vigente.


Resta esclarecer que em nenhum momento foi emitida nenhuma portaria que a torne representante ou interlocutora da Ufra junto à COP30 ou a qualquer outro órgão governamental, e que não nos responsabilizamos pelos acordos ou compromissos que ela vem realizando em nome da Universidade.


Reforçamos que a Reitoria jamais recebeu qualquer comunicado oficial de qualquer autoridade do governo federal, como é de praxe, solicitando agenda oficial com a Reitoria para tratar de tal tema. E que é do nosso maior interesse levar, pessoalmente, ao conhecimento dos representantes da COP30, as ações e estratégias de engajamento que a Ufra já vem desenvolvendo por meio dos seus docentes.


Informamos que iremos notificar as autoridades que foram envolvidas numa trama que negligenciou todos os procedimentos legais naturalmente previstos nestes casos, e que resta configurada, inclusive, clara afronta ao artigo 117, incisos XVII e XVIII, da Lei Federal 8.112/1990, uma vez que a docente extrapola, de forma dolosa, qualquer atribuição do cargo que ocupa e não está designada para nenhuma função que permita tal atuação.


A docente em questão vem tentando prejudicar a imagem da instituição e da atual gestão, fazendo unicamente uma tentativa precária de protagonismo num evento público internacional, prejudicando a todos que compõem nossa respeitada e nomeada instituição de ensino. Não é a primeira vez que essa docente tem tido essas atitudes, que correspondem exatamente ao seu perfil histórico no âmbito da Universidade”.


Herdjania de Veras de Lima, reitora


Equipe do evento da ONU esteve na Ufra, dias atrás, e deu com a cara na porta; reitora culpa professora/Fotos: Divulgação
Resposta

Em resposta às acusações feitas pela reitora Herdjania Lima, a professora Edilene Souza entrou em contato com a Coluna Olavo Dutra para também emitir nota oficial com o posicionamento da docente sobre o episódio. Segue o documento na íntegra.

                       

 

Papo Reto


• Uma coisa a contratação do técnico Márcio Fernandes (foto) já teve a capacidade de provocar: o pessimismo quase unânime da torcida bicolor quanto ao futuro do Paysandu.


• As pesquisas para vereador em Belém mostram que pouca coisa há de se mudar na Câmara de Vereadores a partir do ano que vem. Os nomes mais citados são quase todos de vereadores com mandato. 


• Uma das poucas exceções é a presença de Silvane Ferraz, do MDB, que fura a bolha e aparece entre os mais cotados. É o que dizem os números.


• Campanha nacional pede mais diálogo e menos estigma sobre prevenção de suicídios, que no Brasil registra cerca de 14 mil casos por ano, média de 38 pessoas morrendo todo santo dia.


• Embora haja um claro abafamento sobre os casos de incêndios criminosos no País, o ministro Flávio Dino determinou que a Polícia Federal e as polícias civis de cada Estado assumam o protagonismo de combater as queimadas provocadas por ação humana, hoje mais do que comprovadas não apenas na Amazônia e no Pantanal.


• A medida é oportuna: o Brasil acumula 76% de todos os incêndios na América do Sul, e são incontáveis os casos de destruição misteriosa de fazendas produtivas e até plantios de cana inteiros, numa clara evidência de ações orquestradas contra o agronegócio.


• A Polícia Federal ouvirá hoje outra mulher que acusa o ex-ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida, de assédio sexual, caso que corre em segredo de Justiça.


• Cacau de laboratório e fava fermentada podem ser o futuro do chocolate sustentável, dizem cientistas que buscam formas mais ecológicas de produzir chocolates sem cacau. 


• A tentativa de votação por parte da presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados do projeto de lei que prevê a anistia aos presos de 8 de janeiro foi frustrada pela sucessiva apresentação de requerimentos de obstrução por parte do governo. 


• O prolongamento da discussão durou até o início da ordem do dia no Plenário, forçando o colegiado a adiar o debate



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