uncionários do Banco da Amazônia, em Belém, se reuniram ontem, quarta-feira, 10, em mais uma mobilização por salários e saúde, uma vez que alegam ter o menor vencimento entre as filiais. A categoria deve analisar as propostas em uma nova assembleia geral, hoje à noite, quando será decidido se serão aceitas as propostas do banco, ou se manterão a proposta de paralisação, já aprovada, a partir desta na sexta-feira, 13.
O acordo de trabalho deste ano venceu no dia 31 de agosto passado e até que se julgue, ninguém sabe se o banco irá manter as cláusulas não econômicas anteriormente oferecidas - antecipação de PLR 2025 em R$ 3,5 mil fixo + 48% do salário bruto. Caso não seja aceita, o Basa ajuizará o dissídio coletivo.
Por outro lado, o banco segue a indicação da Federação Brasileira de bancos, a Febraban, e do comando nacional, de reajustar em 4,64% todas as verbas - salários, tickets, creche, cesta alimentação e outras, e repor, em 2025, com INPC IBGE + 0,6%, o que a categoria não aceita, por isso ameaça paralisar as atividades a partir de amanhã. O indicativo de greve foi aprovado em assembleia.
Na reunião de terça-feira, 1, houve um pequeno avanço em cláusulas não econômicas, mas a categoria, em assembleia on-line, rejeitou. A nova assembleia prevista para hoje deve analisar as propostas feitas pelo banco à categoria.
Greve no Amazonas
Na tarde de terça-feira, dia 10, os bancários do Banco da Amazônia do Amazonas, em Manaus e Parintins, que estão em greve desde o dia 30 de agosto, reunidos em assembleia permanente na sede do sindicato, rejeitaram, por unanimidade, a proposta feita pelo Basa.
“É importante o banco entender que a proposta tem que vir no sentido de resolver os problemas dos empregados, e não do banco”, ponderou Andrea Gonçalves, diretora da Associação dos Empregos, a Aeba, e do Sindicato dos Bancários do Amazonas.
A Associação apoia o movimento dos funcionários se posicionando pela adesão à paralisação, pois entende que essa situação só ocorre por causa da intransigência do banco em negociar e apresentar soluções reais e factíveis para os problemas de seus empregados.
Banco e sindicato
Em continuação às negociações com o banco, o sindicato solicitou que a empresa apresente uma data de implementação do Plano de Cargo, Carreiras e Salários; aumento no plano de saúde e uma proposta diferenciada de remuneração com uma melhora no aumento real no ticket alimentação e reajuste.
O Basa apresentou as seguintes propostas extras: reajustar o valor de referência com base no índice da ANS (6,91%), com vigência a partir de julho/24. E informou que, em até 180 dias, deve finalizar o estudo do PCCS, em análise, e que o tema será pauta fixa em mesa permanente a fim de manter as entidades sindicais e os empregados atualizados sobre a evolução e resposta do órgão.
A empresa também informou sobre aprovação da suspensão e prorrogação de até quatro parcelas, se iniciando em outubro-2024 e finalizado em janeiro-2025 do adiantamento de férias, com ativos reiniciando o pagamento a partir fevereiro-2025, mediante requerimento formal até o dia 15 de cada mês. Para novas solicitações de adiantamento de férias realizadas de setembro a dezembro-2024, o início da parcela irá ocorrer a partir de fevereiro-2025.
O banco informou a contratação, em até 90 dias, de empresa para apoio a Saúde Física e Mental dos empregados, e que disponibiliza plataforma de bem-estar corporativo, que ajuda todo empregado a fazer um check-in todos os dias.
Sobre o Programa Ver-o-Peso, o banco propõe ampliação do número de vagas de 200 para 400 vagas do programa; aumento do valor do auxílio financeiro para atividades em academias de ginásticas para R$ 100; aumento do ressarcimento de 50% da mensalidade paga em academias para 100%, limitado ao valor máximo em R$ 100; inclusão de um reembolso por semestre de consulta com Nutricionista, Nutrólogo e Endocrinologista até o limite de R$ 100 mil.
Aceita ou nada feito
O banco ressaltou ainda que esta é a última proposta a ser apresentada, e em caso de aceitação dela, assegurará os efeitos do acordo coletivo de trabalho vigente pelo prazo de 30 dias. Em caso de rejeição, a empresa fará ajuizamento de dissídio.