oisas muito estranhas ocorreram nos últimos dias na Universidade do Estado do Pará (Uepa), precisamente na Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), em uma das etapas do concurso público de Edital n° 073/2023, para provimento de cargo de professor da carreira do magistério superior, com lotação no Centro de Ciências Sociais e Educação.
O primeiro fato estranho: uma candidata que, conforme documentos obtidos pela coluna, foi reprovada na prova prática, solicitou revisão da prova e conseguiu a façanha de obter quase dois pontos a mais.
A
candidata saltou de uma nota de 5,51, sendo reprovada, conforme previa o
edital, para uma nota de 7,20 e, com isso, mudou sua condição para aprovada,
quando o mais comum nesse tipo de revisão é o candidato obter da banca
examinadora apenas décimos de acréscimo em um pedido de revisão de nota.
Outro fato estranho
Em seguida, um segundo fato estranho foi apurado por uma fonte da coluna. A candidata em questão é Jerusa Barra Miranda, mulher de Lélio da Silva Costa, presidente da Companhia de Desenvolvimento Metropolitano de Belém, a Codem. Não se sabe se por acaso, ou não, ele esteve pessoalmente visitando o campus da Reitoria da Universidade dois dias seguidos da semana passada. Logo após essas visitas, saiu o resultado do pedido de revisão à banca examinadora, mudando a condição de Jerusa para aprovada na prova prática do concurso.
Milagre da multiplicação
Um
professor ouvido pela coluna explica que solicitar revisão é um direito do
candidato, mas a mudança ocorrida no caso de Jerusa pode ser considerada um
“milagre”, tamanho o reconhecimento da banca examinadora em admitir que se
atrapalhou por completo.
“A
candidata deve ter solicitado revisão da nota, procedimento normal previsto em
edital. O “milagre” reside no aumento da nota, que geralmente fica na casa dos
décimos e não de quase dois pontos, como ocorreu, ainda mais em se tratando de
uma prova que foi uma aula prática diante da banca. Pela lisura do processo, as
bancas são inacessíveis aos candidatos, exceto por recurso interposto em prazo
do edital, e as bancas se reportam apenas aos seus superiores da universidade”,
diz ele.
Banca questionável?
No
caso da mulher de Lélio Costa, ela obteve uma boa nota em uma das provas, a
escrita, mas, na outra, foi reprovada. “O que consideramos perigoso é que a
candidata em questão teve uma boa nota na prova escrita e a outra prova, a
prática, muito baixa, e foi eliminada. Ela entrou com recurso, questionou a
banca e a banca voltou atrás. A única fragilidade que eu vejo é a banca ficar
sendo questionável, porque aumentou em quase dois pontos a nota de uma
candidata em uma prova que é uma aula”, avalia o professor.
Média aritmética
No
concurso em questão, o edital diz que “a nota da prova didático-prática será a
média aritmética das notas atribuídas por cada membro da banca examinadora, na
escala de 0,00 (zero) a 10,00 (dez), considerando duas casas decimais, sem
arredondamento”, e que “a prova didático-prática terá peso de 30% da nota
final”, explica.
Detalhe:
a maior nota entre os candidatos foi 9,0.
Papo Reto
A concessionária de energia
elétrica desligou quase todo o centro comercial de Belém ontem, domingo, para
serviços de manutenção ao lado do bairro que é misto de residencial e
comercial. O comunicado aos moradores e lojistas sobre o desligamento informava
o horário de 8h30 às 14h30.
Além de atrasar o serviço, já que o
último caminhão só saiu do local às 18 horas, as equipes simplesmente
esqueceram de religar o transformador que atende a dois quarteirões do bairro
que, até as 21 horas, somavam 13 horas sem energia e sem resposta da concessionária
às ligações registradas pelos moradores.
O presidente da Câmara Municipal de
Ananindeua, vereador Rui Begot, do Avante (foto) comemora
aniversário hoje com almoço em um badalado restaurante da rua da
Providência, no bairro do Coqueiro.
Para garantir a privacidade do
evento, o convite do vereador tem uma observação inusitada: os convidados devem
evitar levar assessores, fotógrafos e até motoristas. A coluna vai ao evento
disfarçada de "mosquinha"...
Os advogados Marcelia Bruna e Antônio
Edson, do escritório Oliveira Marinho Advocacia, foram homenageados na 8ª
edição do Prêmio Vox Empresarial, sábado, no Barrudada Tropical Hotel, em
Santarém.
A premiação destaca as maiores
conquistas de empreendedores, marcas e pessoas de sucesso na região oeste do
Pará.
O documentário "Reconstruindo
a Comunidade: O Fenômeno das Terras Caídas e as Memórias Ribeirinhas" traz
à tona a realidade impactante das comunidades que vivem à beira do rio, diante
do fenômeno das terras caídas, a erosão do solo desencadeado por fatores
naturais ou desmatamento.
O filme, produzido por membros da
Muruci Produções, retrata a realidade das comunidades de Fátima de Urucurituba
e do Quilombo Arapemã, em Santarém, onde o fenômeno das terras caídas moldou
novos destinos.