Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) promete levar a cabo, no próximo dia 18, as eleições para os cargos de diretores de colegiados e de coordenadores de cursos, de diretores de campi e de institutos da instituição. A promessa, na realidade, é resposta a procedimento instaurado pelo Ministério Público Federal, que desde o ano passado cobra da reitora Herdjania Veras de Lima o cumprimento do regimento interno da instituição, que vinha sendo corrompido com a nomeação de pro-tempore e se tornando permanente em todas as áreas durando praticamente toda a gestão da atual reitora.
Diante de diversas denúncias de
professores e outros membros da comunidade acadêmica, o MPF instaurou o
procedimento de Notícia de Fato nº 1.23.000.000293/2024-51, mas após reiteradas
cobranças, a comunidade acadêmica teme que a Reitoria mais uma vez faça uso de
manobras para evitar uma eleição democrática, com a paridade exigida no
regimento interno, a partir da consulta à comunidade acadêmica, formada por
técnicos, docentes e estudantes das diversas áreas.
Sem consulta
O grande problema é que a consulta a
essa comunidade é justamente o que Herdjânia Lima tem evitado. Na última
resposta emitida por ela em nome da instituição federal de ensino ao procurador
da República Gilberto Batista Naves Filho, a reitora apresenta supostas medidas
que teria tomado para dar cumprimento às recomendações do MPF, mas que, na
realidade, revelam na prática um processo eleitoral cheio de
controvérsias e manobras, respaldadas em uma pretensa legalidade para tentar
garantir novamente nos cargos as mesmas pessoas que já estão nomeadas na
modalidade pro-tempore, alguns com quase três anos nos cargos.
Para isso, Herdjânia Lima informa, em
resposta ao procurador, que os atuais gestores inclusive já estão afastados dos
cargos para concorrerem à reeleição. “Ora, o que questionamento de diversos
professores é que, se esses gestores não foram eleitos pela comunidade
acadêmica, com qual argumento estão se candidatando a uma pretensa “reeleição”,
uma vez que sequer foram eleitos, mas nomeados de forma direta pela reitora?”,
questiona uma graduada fonte da Universidade.
Há vícios no processo
Segundo a fonte, o fato, que certamente
o MPF conhece bem, é que sequer existe a exigência para que esses diretores se
afastem dos cargos, uma vez que, segundo a pretensa legalidade, eles na prática
não concorrem a uma reeleição. E, para a eleição, a legislação federal também
exige que seja feita a consulta à comunidade acadêmica de maneira a obedecer a
proporcionalidade de 70% do voto dos docentes, e o restante dividido entre
técnicos e professores, que pode ser de 15% para cada, ou qualquer outra proporção
aplicada, segundo essa mesma legislação.
“Qualquer outra situação diferente
dessa, dizem os docentes, vai contra o regimento interno da Ufra, que até onde
se sabe ainda não foi alterado, e prevê a paridade na consulta. Uma vez que a
eleição seja feita cumprindo esses critérios, ela deve ser feita pelo Conselho
Universitário”, explica.
Parece intervenção
No entanto, professores denunciam que a
atual reitora tem se utilizado de manobras que são muito mais parecidas com um
processo de intervenção. Na justificativa ao MPF, a Reitoria alega que chegou à
situação atual porque à época em que as eleições
deveriam ter sido realizadas, os pleitos eleitorais foram inviabilizados com
ações como o mandado de segurança coletivo, impetrado pela Associação dos Docentes
da Universidade Federal Rural da Amazônia.
Ela também alega uma tentativa de
inviabilizar a gestão universitária, por parte de diversos grupos que passaram
a interpor demandas judiciais, promovendo o atraso na fluidez das atividades
institucionais. Agora resta saber quais medidas o MPF irá tomar, uma vez que a
comunidade acadêmica está preocupada com o que poderá acontecer no processo
eleitoral que, da forma como está desenhado, será apenas a manutenção da forma
tida como “chapa branca”.
Papo Reto
O professor Hélio dos Anjos, técnico
do Paysandu (foto), precisa ficar atento. O Juventude acaba de
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Até os pedágios em rodovias federais
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Num universo com 18 países, mais a
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Um dispositivo chinês inovador -
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A velocidade do avanço na
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