ito e feito: o governador do Pará confirmou
ontem notícia da Coluna Olavo Dutra ao decretar situação de
emergência provocada pelo agravamento das queimadas e da seca no Estado. A
medida leva em consideração a estiagem prolongada que tem afetado diversas
regiões, reduzindo os níveis de água em reservatórios, rios e aquíferos. Esse
cenário tem causado graves impactos na agricultura, no abastecimento de água
potável, na pecuária e em outras atividades.
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Crise nacional
Com exceção de
dois Estados - Santa Catarina e Rio Grande do Sul -, as demais unidades da
Federação são atingidas pela onda de incêndios, situação que a ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, resume à “ação criminosa”. Em entrevista, ontem, a
ministra disse que os crimes são motivados por ideologias políticas. “Há uma aliança criminosa entre ideologias
políticas que querem negar a questão da mudança do clima”, afirmou.
O mais curioso, na observação do
Congresso em Foco, também divulgada, ontem, é que, “enquanto o Brasil arde em
chamas, a pauta antiambiental continua avançando em várias frentes no
Congresso, com leis que reduzem vegetação nativa, permitem mineração em áreas
de preservação permanente e afrouxam regras do Código Florestal, conforme
manifestou o coordenador da bancada ambientalista, Nilto Tatto.
Plano de combate
O decreto assinado pelo governador
Helder Barbalho declara situação de emergência de nível 2 em todo o território
paraense, considerando a estiagem e seus efeitos, como os incêndios florestais
em parques e áreas de proteção ambiental, além de outras áreas de preservação,
tanto nacionais quanto estaduais e municipais. Os incêndios em áreas não
protegidas também prejudicam a qualidade do ar.
"Com isso" - a assinatura
do documento -, “já encaminhei à Defesa Civil Nacional o pedido de
reconhecimento e todas as estratégias de enfrentamento. Além disso, recebi do
Corpo de Bombeiros e de outras instituições nosso Plano Emergencial para combater
as queimadas, a estiagem e os focos de incêndio", anunciou o governador.
Segundo Helder, a situação é grave no
Estado. "Os números são alarmantes: registramos aumento de 200% nos focos
de queimadas em comparação com o mesmo período de 2023. Estamos com brigadistas
e equipes atuando nas áreas mais críticas, além de equipamentos e aeronaves
para enfrentar este cenário de crise, especialmente nos 15 municípios mais
afetados", esclareceu.
A medida autoriza a mobilização de
todos os órgãos estaduais sob a coordenação da Coordenadoria Estadual de Defesa
Civil para ações de resposta ao desastre e recuperação dos cenários afetados.
Também está prevista a execução de programas prioritários de recuperação, além
da possibilidade de convocar voluntários para reforçar as ações de resposta,
seguindo as orientações de segurança e os protocolos de saúde.
Cenário de morte
O decreto considera que a estiagem
está causando sérios danos ambientais, incluindo a morte e migração de espécies
da fauna, a destruição da vegetação devido à falta de água e o aumento do risco
de queimadas, que poluem o ar com partículas e gases tóxicos, afetando a
qualidade do ar e contribuindo para as mudanças climáticas. O documento destaca
ainda, os impactos na saúde pública, com o agravamento de problemas
respiratórios, devido à poluição do ar causada pelas queimadas. As regiões mais
afetadas incluem Araguaia, Baixo Amazonas, Carajás, Guajará, Guamá, Lago de
Tucuruí, Marajó, Rio Caeté, Rio Capim, Tapajós, Tocantins e Xingu.
Papo Reto
· Já que a ministra Marina
Silva (foto) anda meio pau, meio tijolo com relação aos
incêndios florestais, o governo Lula pediu ajuda ao Paraguai, Colômbia, México,
Peru, Uruguai, Chile, Canadá e Estados Unidos para tentar debelar as queimadas.
· Aos parceiros velhos de
guerra Venezuela e Cuba, nenhum grunhido de apelo.
· A Polícia Federal investiga o
incêndio na área do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, o Inpa, em
Manaus, e próximo à Granja do Torto, em Brasília, que apresentaram claros
sinais de atividade criminosa.
· Por falar em incêndio, o
ministro José Roberto Barroso pediu ao Judiciário "seriedade" no
combate às queimadas criminosas, aquelas que a grande mídia finge não
existirem.
· Se o
magistrado do STF jura de pé junto que tem provas inquestionáveis de que os
incêndios na Amazônia e no Pantanal são provocados por marginais, por que
será que não dá nome aos bois?
· O Tribunal de Justiça do Pará
e o Instituto Ambient firmaram acordo de cooperação técnica para alavancar o
projeto Começar de Novo, que visa oferecer postos de trabalho e cursos de
capacitação técnica a presos e egressos do sistema carcerário, promovendo a
cidadania e reduzindo a reincidência criminal.
· A calçada na frente do
foro de Belém, a poucos metros da Prefeitura, virou estacionamento de motos,
com risco de atropelamentos de pedestres. Ao que parece, existe uma
"polícia judiciária" que só atua em local refrigerado
· O operador Nacional do
Sistema elétrico registrou consumo 9,3% maior que o do mesmo período do ano
passado, tudo por culpa do calor e do clima seco.