ão bastasse a maré de azar quando se trata de gestão, agora, os servidores da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará, a Emater, têm outro abacaxi para descascar. A Procuradoria Geral do Estado está condicionando o aumento do vale alimentação à desistência de causas trabalhistas, assim como à autorização para a assinatura do ACT 2024/25, seja lá o que isso significa.

Veja o comunicado do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Agropecuário e Fundiário, Stafpa, que representa os servidores da empresa, pontuando as condições impostas pela PGE: 1 - o dissídio 2016 mantém definitivamente os 9,83% no salário dos empregados públicos e autoriza a assinatura do ACT 2024/2025, com o reajuste do auxílio alimentação em mais R$ 500, a partir de abril, acumulando dois meses e R$ 1 mil. No  entanto, a categoria deverá ceder quanto ao passivo trabalhista do Dissídio 2016 e da reclamação trabalhista do Dissídio-ACT 2023/2024.

Atualmente, a Emater é gerida pelo pastor da Assembleia de Deus, Joniel Abreu.

“Isso é coação”

Da reunião com dirigentes da PGE, o Sindicato diz ter saído com a missão de levar a proposta à categoria, mas, por ora, conforme adiantou um servidor da empresa em Marituba, “isso é coação clara do governo do Estado, já que exige que os servidores desistam do passivo referente ao Dissídio 2016 e do dissídio/ACT 23/24”.

“Daqui não saio...”

Outro servidor ouvido pela Coluna Olavo Dutra e que prefere não se identificar, também se manifesta. “Por mim, podem cortar o que quiserem; eu não desisto das ações. Acredito que a Justiça do Trabalho não vai retroagir. A parada já está ganha. tanto que a Emater está pegando multas. O objetivo real é que a gente desista de tudo, mas não vamos desistir!”, reage.

Comunicado do Sindicato

“A direção do Sindicato, durante a reunião, manifestou sua indignação em relação à proposta e considera absurdo colocar o ACT 24-25 como moeda de troca, ou seja, ou a categoria aceita essa irracionalidade, ou nem o ACT 24-25 será assinado, um absurdo diante de uma proposta de ACT 24-25, onde os trabalhadores abririam mão de majorar quaisquer cláusulas econômicas para receber apenas o reajuste do auxílio alimentação, que inclusive já fora recebido pelos demais servidores do Estado.

Assim que tivermos todas as informações sobre a proposta da empresa convocaremos assembleia para deliberação dos trabalhadores”. 

Papo Reto

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