andidato a vereador pelo PT em Ananindeua, Fernando Barra manda esclarecimentos na qual é acusado por moradores de venda fraudulenta de terrenos em uma área de invasão, na qual é alvo de acusações em relação a moradores de um terreno invadido, também em Ananindeua, que leva o nome da mãe de Fernando, Professora Jurema Barra.
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Moradores denunciam candidato a vereador em Ananindeua por venda ilegal de casas e terrenos
Fernando explica que a luta por moradia
no terreno, que é de propriedade da Caixa Econômica, já se arrasta há sete anos
e que as acusações que está sofrendo são parte de ações de dois outros
candidatos a vereador em Ananindeua que se incomodam com seu trabalho “em prol
da comunidade”, mas não identifica os candidatos.
Ao ser questionado sobre sua profissão,
Fernando diz ser “assessor parlamentar de um deputado”, cargo do qual pediu
exoneração para ser candidato a vereador - também prefere não citar o nome -,
mas se trata de Elias Santiago, do PT.
Sobre as acusações de não querer
ressarcir o dinheiro que a família expulsa do residencial afirma ter direito,
Fernando, que é evangélico, diz que “é tudo falso e nunca recebi dinheiro
deles. Acusações como essa são uma em mil”, destaca.
Família expulsa
Fernando relata que foi procurado para
intervir na questão da família que acabou sendo expulsa da invasão. “O pai
dessa família maltratava as crianças, muitos vizinhos viram o que ele fazia com
as três crianças, sendo que a mais velha deveria ter uns 6 anos”, explicou.
“Esse homem também agride a esposa
porque tem problemas com alcoolismo. As pessoas do residencial ficaram
revoltadas com as agressões e também porque ele tentou agredir o porteiro da
invasão, Nelson Ferreira de Oliveira, conhecido como ‘Bentivi’. Então, a
família teve que sair de lá, me procurou e eu disse que não poderia intervir”,
continua.
O candidato diz que conhece Nelson
porque ele, “de vontade própria”, começou a cuidar da portaria do residencial,
e “as pessoas pagam pelo serviço”. Fernando colocou a culpa das acusações das
quais é alvo “na inveja de algumas pessoas”. Ele disse que em 2020, quando foi
candidato a vereador pelo PTC - e não se elegeu - também foi alvo de fake
news. A Coluna Olavo Dutra solicitou que ele mandasse mais informações
sobre essas fake news, mas nada recebeu até o momento.
Fernando disse que lamenta a situação
atual e que está muito decepcionado em ver o nome dele envolvido nas acusações,
porque “esse tipo de coisa” desestimula qualquer pessoa a continuar a fazer um
bom trabalho e mancha toda uma luta”.
Boletim de ocorrência
A coluna teve acesso ao Boletim de
Ocorrência feito pela família que acusa Fernando Barra, registrado na Delegacia
de Ananindeua, no dia 6 de agosto passado. O BO mostra que a família foi
atraída com a promessa da “casa própria” no Residencial Professora Jurema
Barra. A casa foi vendida à família por R$ 20 mil, divididos em parcelas.
Depois que Barra voltou de Brasília afirmando que a Caixa Econômica havia doado
o terreno aos moradores, a família passou a contestar os pagamentos que eles e
todos, naquele local, fazem em PIX ao porteiro, conhecido como “Bentivi”.
Por discordar dos pagamentos, a família
foi expulsa da invasão, sob ameaças, assim como a família que morava na casa,
antes deles, de quem “compraram” a residência. O BO foca em que a família tenta
reaver os R$ 7,3 mil que já pagou e manifesta medo. A família tem vários prints e
áudios mostrando a situação complicada que está vivendo.
Arquivo na Justiça
Levantamento da coluna aponta que o
candidato Fernando Barra é parte em 15 processos na Justiça em Ananindeua. Os
primeiros que aparecem são um sobre calúnia, de 2023, e outro sobre violência
doméstica, de 2024, movidos por A. G. S. S.
Também há contra ele processos de
denunciação caluniosa, fato atípico, ameaça e lesão corporal, ameaça, calúnia
(5, movidos por diferentes pessoas), guarda, concussão, constrangimento ilegal,
inadimplência (com a outra parte sendo uma escola evangélica), direito
eleitoral e, por fim, violação de domicílio e falsa identidade.
Papo Reto
· A
situação está braba em Belém. O sargento Neves, lotado na Casa Militar do
governo do Estado, foi baleado na área do 37º. BPM, bairro da Terra Firme,
ontem à noite, e veio a óbito. Dois indivíduos em uma moto vermelha realizaram
os disparos.
· Um
ofício encaminhado esta semana a dirigentes de clubes de Belém denuncia o
presidente da Federação de Tênis, Roberto Kataoka (foto), de
descumprimento do rito processual da eleição marcada para esta segunda-feira.
· Segundo
o documento, assinado pelo candidato Celestino Neto, a Federação não publicou o
edital de convocação regularmente, não divulgou a relação das entidades aptas e
nem a relação das chapas concorrentes.
· Vários
pesquisadores da UFPA lançam amanhã, a partir das 18h30, na Feira do Livro, o
título “Os múltiplos sentidos da segurança: Escalas, violência e criminalidade
na Amazônia”.
· Pressionado
pela Organização Mundial do Comércio, o governo brasileiro cedeu, decidindo
manter a importação de farta produção de camarão do Equador, refugado por EUA,
China e México por conta das muitas doenças que carregam.
· A
importação botou carcinicultores do Nordeste em pé de guerra, já que o Brasil
ainda está livre de doenças virais, como a mancha branca e cabeça amarela,
comuns na produção equatoriana.
· Com
robustas provas juntadas no processo, a 4ª Turma do TRF1 condenou, por
estelionato qualificado, duas mulheres no Pará à prisão, além de pagamento de
multa, por fraudarem documentação para receber seguro defeso da pesca.
· Dizem
que Jeová Andrade, ex-prefeito e candidato a prefeito de Canaã dos Carajás,
sudeste do Pará, pode ser preso a qualquer momento por suposto ato de
desonestidade na gestão anterior.