epois de muitas cobranças à reitora Herdjania Veras de Lima, que está há quase três anos à frente da Universidade Federal Rural da Amazônia, a Ufra, sem realizar eleições internas para os cargos de direção, a instituição finalmente marcou as eleições para a próxima segunda-feira, 18. O problema é a forma como o processo vem sendo conduzido pela Comissão Eleitoral criada a toque de caixa.
Marcada às pressas, a eleição, que
deveria ter ao menos um debate, marcado com cinco dias de antecedência, se o
regimento fosse cumprido, foi convocado na última segunda, 11, para ocorrer uma
hora depois, no mesmo momento em que ocorreria, por exemplo, no campus de
Parauapebas, um serviço de manutenção no sistema de internet e esta sim,
marcada desde a sexta-feira. O óbvio ocorreu: o link do debate
foi publicado e, poucos minutos depois, cancelado, com a desculpa de ‘falta de
internet’ que já estava rigorosamente dentro do script.
Após publicar as primeiras denúncias sobre a situação eleitoral
Sinais claros de boicote
Com a desculpa do debate urgente, as
aulas foram suspensas na Ufra em alguns pavilhões e até uma súbita falta de
energia ocorreu em alguns campi. A situação mais gritante ocorreu
em Parauapebas, região sudeste do Pará, onde, além da falta de energia, o sinal
da internet sumiu. Sem nenhum sistema ou site funcionando, só restou o
cancelamento do improvisado debate, que, para ocorrer seguindo os preceitos
regimentais, teria que ser marcado para o próximo domingo - dia não letivo -,
ou após as eleições, que se tornaram um “vale tudo” na Universidade.
Haverá coincidências?
Pelas manobras adotadas, a consulta à
comunidade acadêmica que a Reitoria tem evitado a todo custo deverá resultar,
pelo andar da carruagem, não por coincidência, na eleição dos mesmos nomes das
pessoas que já estão nomeadas na modalidade pro-tempore, algumas
delas com mais de dois anos nos cargos.
Para dar uma cara de legalidade à
situação, os atuais dirigentes, nomeados na força de uma única caneta foram
“afastados” dos cargos para concorrer à reeleição, quando na realidade eles
sequer foram eleitos.
Para a eleição, a legislação exige a
consulta paritária à comunidade acadêmica de maneira a obedecer a
proporcionalidade de 70% do voto dos discentes, e o restante dividido entre
técnicos e professores, que pode ser de 15% para cada ou qualquer outra
proporção aplicada a essas categorias.
Qualquer outra situação diferente
dessa, dizem os docentes, vai contra o regimento interno da Ufra, que até onde
se sabe ainda não foi alterado.
Sinais desde o início
Professores da Ufra têm denunciado com
frequência que a atual reitora se utiliza de manobras antidemocráticas, muito
mais semelhantes a um processo de intervenção desde o início de sua gestão, que
já começou diferente. Na ocasião, em julho de 2021, quebrando a tradição do
respeito à vontade da comunidade acadêmica, Herdjânia Lima foi nomeada pelo
então presidente Jair Bolsonaro, mesmo tendo obtido a segunda colocação na
consulta paritária feita na ocasião aos membros da comunidade acadêmica.
Nessa consulta, a comunidade
universitária escolheu majoritariamente a professora Janae Gonçalves, que
obteve 2.211 votos, mas Herdjania Lima acabou nomeada por Bolsonaro, o que, à
época, foi considerado um “ataque à autonomia universitária por meio do desrespeito
ao resultado das consultas para escolha de reitor (a)”, segundo manifestação
publicada pela diretoria do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de
Ensino Superior (Andes-SN), que emitiu uma nota oficial em defesa da autonomia
e da democracia na escolha de reitores.
Papo Reto
Antes da eleição em que pretende se
reeleger, a prefeita de Marituba, Patrícia Alencar, deverá estar lidando com os
mesmos buracos que encontrou na cidade quase quatro anos atrás.
Por toda Marituba, o programa de
asfaltamento de vias públicas patrocinado pelo governo do Estado e anunciado
com pompa e circunstância pela prefeita está se desmilinguindo a olhos vistos.
Aliás, outra prefeita da Região
Metropolitana de Belém, Luiziane Solon (foto), de Benevides, deve entregar, antes da
eleição, reformada, segura e confortável, o novo mercado central da cidade. Sem
grito.
Se
a torcida do Paysandu andava atrás de arranjar um ídolo para chamar de seu, o
rapaz atende pelo nome de Esli Garcia. “Um mascotinho que derrame carisma e
habilidade e é matador”, segundo a jornalista Syanne Neno.
Do iluminado presidente do STF, Luiz
Roberto Barroso, sobre o aborto, em discurso na PUC-Rio: “Essa campanha tem que
ser difundida para que a gente possa votar isso no Supremo, porque a sociedade
não entende do que se trata”.
Qualquer semelhança sobre uma clara
tentativa de usurpar a competência do Congresso Nacional não será mera
coincidência.
Não sem tempo, em clara resposta ao
Supremo Tribunal Federal, a proposta de Emenda à Constituição das Drogas
entrará na pauta da Comissão de Constituição e Justiça do Senado amanhã.
Desde a Antiguidade usado como um
remédio natural para combater a tristeza e a depressão, o açafrão sempre
apresentou sensível melhora na função cognitiva, ou seja, na capacidade de
pensar e na melhora da memória das pessoas.
Recentemente, um estudo publicado no
Journal of Clinical Pharmacy and Therapeutics concluiu que os efeitos do
extrato de açafrão mostram-se eficazes na melhora do quadro geral de pessoas
com Alzheimer em estágios leves a moderados.