Busca pelo equilíbrio na disputa pela Reitoria da UFPA está nas mãos da oposição: todos por um.

Avaliação aponta que a manutenção de dois candidatos saídos do Instituto de Tecnologia deve pulverizar votos e beneficiar candidatura da situação, representada pelo vice-reitor.

14/11/2023 12:00
Busca pelo equilíbrio na disputa pela Reitoria da UFPA está nas mãos da oposição: todos por um.
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m encontro, com direito a fotos nas redes sociais, segundo convém, fez a alegria do gabinete do reitor Emmanuel Tourinho, na Universidade Federal do Pará.  Na imagem aparecem os professores Renato Francês e Fernando Neves, à direita, e o professor Hito Braga, à esquerda, candidatos confirmados à Reitoria da Universidade na eleição do ano que vem, todos em campanha há bastante tempo.



O professor Gilmar Pereira é o candidato apoiado pelo atual reitor, que recebeu a visita de três candidatos da situação em seu gabinete /Fotos: Divulgação-Redes Sociais.

A euforia do 3º. andar do prédio da Reitoria tem lá seus motivos: se confirmadas as candidaturas dos visitantes do gabinete, dois deles oriundos de uma mesma unidade - o Instituto de Tecnologia -, a chapa de situação deverá “dar um passeio” nas urnas, quer dizer, o establischment seguramente irá emplacar o candidato oficial, o atual vice-reitor professor Gilmar Pereira.  Tudo que os patrocinadores da candidatura do vice-reitor querem é a pulverização dos votos da oposição ao atual reitor, que são muitos, mas não darão conta de superar o peso da máquina, que já está em plena ação.

 

Dois é bom, três é demais

 

Para alguns observadores da cena, porém, contemplando a grandiosidade do rio Guamá, nem tudo é o que parece ser e os visitantes do gabinete do magnífico reitor podem surpreender, em nome da coerência política, aquela segundo a qual um é pouco, dois é bom, três é demais. Explica-se.

 

Todos por um; ou nada

 

Existe, ainda que remotamente, a possibilidade de que, se os professores Renato Francês e Hito Braga, ambos representantes do Instituto de Tecnologia, chegarem a um consenso, terão usado uma espécie de tecnologia reversa a favor da oposição, seja lá quem for o candidato: a retirada de uma das duas candidaturas para apoiar apenas uma, concentrando, em vez de pulverizar votos, na mais viável.

 

O pessoal e o coletivo

 

As cartas estão na mesa, mas, claro, toda candidatura carrega uma considerável dose de vaidade pessoal - ponto no qual o interesse coletivo vira fumaça, ameaçando deixar tudo como dantes. Não se sabe se esse será o impedimento na oposição.

 

Quem sabe...

 

Papo Reto

 

Pouco chegado ao diálogo com a comunidade, o agropecuarista gaúcho Paulo César Justo Quartiero (foto), produtor de arroz em Cachoeira do Arari, virou uma espécie de "unanimidade negativa" no Marajó.

 

Não por acaso, vem sofrendo todo tipo de denúncia relacionada a práticas não sustentáveis e, por cima, teve invadidas boas fatias de sua propriedade, adquirida quase de graça anos atrás.

 

A Hidrovias do Brasil, empresa de soluções logísticas, inaugurou novos centros comunitários nos municípios de Barcarena e Itaituba, no Pará. Os espaços irão contribuir para o bem-estar das comunidades locais. 

 

Finalmente, os Estados já podem fazer adesão voluntária ao programa de segurança da Amazônia - do Ministério da Justiça -, para combater "crimes ambientais e outras violações".

 

Quando o ministério do fanfarrão Flávio Dino vai promover políticas duras de enfrentamento aos cartéis do narcotráfico na Amazônia isso ninguém sabe informar.

 

Aliás, o senador Flávio Bolsonaro já solicitou que a Procuradoria-Geral da República investigue Dino em razão das estranhas reuniões frequentadas pela esposa e 'braço financeiro' do maior líder do Comando Vermelho na região Norte, em seu ministério.

 

Ao ocultar tais reuniões, noticiadas ontem pelo “Estadão”, Flávio Dino teria cometido os crimes de "responsabilidade, abuso de autoridade, prevaricação, condescendência criminosa e advocacia administrativa ao ocultar tais reuniões", diz o senador.

 

A contratação de servidor público com parâmetros subjetivos - o gestor escolhe o temporário que bem entende e ninguém pode questionar - virou moda também no Ministério da Cultura, que vai "selecionar" mais 99 profissionais para atuar no Programa Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura.

 

Foi preso no Rio o terceiro suspeito de ligação com o Hezbollah. A Polícia Federal não tem mais dúvida de que ele atuava no recrutamento de brasileiros para a prática de ataques no Brasil.

 

 

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