epresentantes da Cooperativa de
Catadores do Canal São Joaquim desistiram de tentar negociar com a Secretaria
de Saneamento de Belém e decidiram tornar pública a situação em que se
encontram. Segundo eles, a prefeitura não vem cumprindo o termo de cooperação
que garantiria às cooperativas a comercialização de produtos depois da reciclagem,
nem disponibiliza o local para o rejeito de material descartado impróprio para
venda.
Em vídeos e imagens enviados à
coluna, é possível verificar as montanhas de rejeito sem a devida finalidade,
ocasionando grande incômodo a população das margens do canal que corta os
bairros do Barreiro, Pedreira, Sacramenta e Maracangalha, afetando inclusive
áreas da CDP, Providência, Paraíso dos Pássaros e o Conjunto Marex.
Ratos, cobras e lagartos
Ouvida pela coluna, a vereadora Sílvia
Letícia diz que, além do risco de incêndio, há denúncia de que as pessoas são
obrigadas a trabalhar em situação precária, entre “ratos, escorpiões e cobras
venenosas". Também a parlamentar já tentou se reunir com a secretária de
Saneamento Ivanise Gasparim, mas não logrou êxito. A ideia é promover uma
sessão especial na Câmara para tratar do assunto.
E o vento levou...
Durante a campanha eleitoral, o
então candidato Edmilson Rodrigues visitou a área do Canal São Joaquim
desfiando um rosário de promessas, mas até agora a situação segue na mesma,
senão pior. O descumprimento do termo de cooperação firmado entre as
cooperativas e prefeitura existe apenas no papel e funciona como uma alavanca
com a qual a Prefeitura de Belém manda os trabalhadores para a lata de lixo.