contece na Universidade da Amazônia - Campus Alcindo Cacela
-, hoje, a partir das 16 horas, o lançamento do relatório Índice de Dados
Abertos para Cidades 2023, o ODI Cidades 2023, em alusão à sigla em inglês para
Open Data Index, sobre a região Norte. Ocorre que, nesse aspecto, a maioria das
capitais brasileiras não têm muito o que comemorar, inclusive Belém, que ocupa
apenas a 17ª posição no ranking geral entre as 26 capitais brasileiras.
![](https://www.portalolavodutra.com.br/uploads/e00237b51133edeac62d0ac8129808d9_1719487463_.jpg)
Avaliação nacional
O ODI Cidades 2023 avalia a
disponibilidade e a qualidade de dados abertos nas 26 capitais brasileiras a
partir de uma perspectiva cívica. Desenvolvida pela Open Knowledge Foundation e
aplicada em diversos países, a metodologia foi reformulada para expandir a
abrangência da avaliação e adequá-la ao contexto brasileiro.
São 111 conjuntos de dados avaliados
em 15 temas, que incluem Saúde, Habitação, Mobilidade e Transporte Público e
Infraestrutura Urbana. Ao ser aplicado em todas as capitais, o Índice
possibilita a formação de uma “linha de base” para as gestões municipais, e
passará a ser monitorado periodicamente para acompanhar a evolução na abertura
de dados.
Monitor das cidades
A avaliação tem apoio do Núcleo de
Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e foi realizada nas cinco regiões
brasileiras desde junho do ano passado. Cerca de um ano depois, em 2024, o
relatório começou a ser apresentado nas cinco regiões do Brasil, começando por
São Paulo, sudeste.
A metodologia é elaborada de forma colaborativa,
dialogando com especialistas, pelas contribuições de pessoas interessadas por
meio de consulta pública, uma equipe de pessoas avaliadoras, além de uma série
de estudos e levantamentos, sendo avaliados cerca de 2,9 mil conjuntos de dados
em 15 áreas de políticas públicas.
Níveis de pontuação
A pontuação do Índice, apresentada em
uma escala de 0 a 100%, é classificada em cinco níveis de abertura: “Opaco” (0
a 20); “Baixo” (21 a 40); “Médio” (41 a 60); “Bom” (61 a 80); e “Alto” (81 a
100).
O relatório já está disponível na
internet e mostra que nenhuma capital alcançou os níveis Alto e Bom. Apenas São
Paulo e Belo Horizonte estão na classificação Médio; Recife, Curitiba e
Fortaleza, no índice Baixo; e o restante das capitais está em Opaco - Belém
inclusa, com pontuação 3.
Belém na rabeira
Com essa pontuação 3, Belém se mostra
uma cidade onde os dados públicos, que deveriam ser fáceis para o acesso de
todos, apresentam várias dificuldades. Dos 15 itens de pontuação, Belém tirou
zero em 10, segundo o Índice.
A pontuação zero da capital paraense
está nos segmentos de Assistência e Desenvolvimento Social, Educação, Esporte e
Lazer, Habitação, Infraestrutura Urbana, Legislação, Ordenamento Territorial e
Uso do Solo, Saúde, Segurança Pública e Governança de Dados.
Nos pontos avaliados, por exemplo, em
Saúde, Belém levou zero em todos, como equipes de saúde da família e consultas
e procedimentos de saúde realizados, entre outros. A pontuação zero está também
em todos os itens avaliados de Educação, como matrículas e outros correlatos.
A melhor pontuação de Belém está em
Administração Pública, com 16; seguida de Cultura, com 11; depois aparecem
Finanças Públicas e Meio Ambientes, com 4, e, por fim, Mobilidade e Transporte
Público, com 3. Em Administração Pública, a avaliação servidores, lotação e
remuneração nominal obteve 56 em 100, assim como em folha de pagamento da
administração indireta, os mesmos 56. Em Cultura, na área de patrimônio
histórico e artístico, Belém aparece com 11.
Em termos de comparação, em
Ordenamento Territorial e Uso do Solo, no qual Belém levou nota zero, São
Paulo, que lidera a pontuação, aparece com 75. Todos esses índices colocam
Belém na categoria Opaco, com dados públicos não muito transparentes de serem acessados.
Agenda: o
lançamento desta quinta-feira, 28, é gratuito e deve contar com a presença de
representantes da Prefeitura de Belém e da sociedade civil. O link para
inscrição é este: https://go.ok.org.br/lancamento-odi-belem
Papo Reto
· O frenesi político acaba de
colocar mais um possível candidato a prefeito de Ananindeua, o professor e
economista Eduardo Costa (foto).
· Ligado
ao Partido Liberal, Eduardo Costa teria a preferência da base bolsonarista no
município em substituição à suposta candidatura do deputado estadual coronel
Neil.
· Pelo visto, até as eleições,
muitas surpresas devem ocorrer no segundo maior colégio eleitoral do Estado.
· Não será novidade se o Núcleo
de Gerenciamento Metropolitano, que gerencia as obras do BRT Metropolitano,
acionar a Prefeitura de Ananindeua para retirar os camelôs que ocupam trecho da
rodovia.
· Os vendedores exploram parte
da pista que vai da Estrada do Maguari no sentido Ananindeua-Belém e devem ser
remanejados, mais cedo ou mais tarde, por conta das obras do BRT. É sinal de
barulho.
· Os caititus não se
reagruparam em bando em Parauapebas como recomendou o governador Helder
Barbalho, meses atrás. A desarticulação política no município só favorece o PL,
mas...
· Observadores de plantão
avaliam que o presidente da Câmara, Rafael Ribeiro, terá fôlego para bater
Aurélio Goiano, líder das pesquisas, ancorado pelo prefeito Darci Lermen, cuja
rejeição vai além de 60%.
· Pura marola: a decisão do STF com relação às atuais regras para
distribuição das chamadas sobras eleitorais para cálculo das vagas na Câmara
dos Deputados não deve beneficiar nenhum político no Pará.
· Os estragos e os benefícios
de eventual decisão da Corte sobre a ocupação de vagas incidirão praticamente
apenas sobre políticos do Estado do Amapá.