á fatos que só se encaixam na bolha
chamada Belém do Pará. O último vendaval - nem tanto - que assolou a tarde da
capital paraense fez um estrago tão grande que obrigou o obediente prefeito a
sair às ruas para dizer que não fora prevenido, por órgão algum, sobre o ‘cataclismo’.
A verdade é que todos os noticiários avisaram, sim, e com a antecedência comum
dessas previsões. Como ficou o dito pelo não dito, as árvores idosas e mal
cuidadas caíram e continuarão a cair porque não há uma troca sistemática da
arborização.
Senhor Intendente
Dessa forma, pode-se deduzir que a
culpa vai não exatamente para São Pedro, como sugeriu o alcaide, mas para o
Intendente Antônio Lemos que, nos idos da troca dos Séculos XIX pelo XX teve a
magnífica ideia de, ao urbanizar a cidade, plantar mangueiras para atenuar a
canícula.
Os donos da rua
Não fossem somente os ventos, Belém
também enfrenta uma balbúrdia no trânsito, alimentada por esgoelados vigilantes
extorsionários que se misturam aos famigerados ‘flanelinhas’, todos cheios de
boas intenções - como no inferno imaginário e do jeito que o diabo gosta. E as
contradições afloram.
Pesos e medidas
Por que a Almirante Barroso pede uma
velocidade máxima de 50 Km/h e as duas paralelas, João Paulo II e a Duque de
Caxias permitem 60 Km/h? Por que a travessa do Chaco permite o estacionamento
diário de carros em fila dupla e sobre as calçadas, em frente a um órgão
estadual, sem qualquer admoestação da famigerada Secretaria de Mobilidade
Urbana que não superintende nada? E na paralela Antônio Baena, em frente a um
hospital, onde ninguém se atreve a parar por mais de um minuto?
Trocando em miúdos
Então, fica combinado assim: o
prefeito não pode esperar ventos fortes para empinar a popa da Semob e os
‘flanelinhas’ que atualmente organizam o trânsito na cidade com seus métodos
próprios seguem se refrescando no ventilador do desmando.
Enquanto isso, bem ao seu modo, Belém mostra, através das árvores caídas, as suas apodrecidas raízes mal enterradas.
Papo Reto
Pedra
cantada: O Diário Oficial extra de hoje aponta que Hélio Leite deixa a
Secretaria de Ciência e Tecnologia para assumir vaga na Câmara Federal. Vitor
Dias sai da Assembleia e assume o cargo.
No embalo, Eliel Faustino (foto) se desobriga do cargo
de secretário-adjunto da Secretaria de Educação e retorna à Assembleia
Legislativa na vaga de Vítor Dias.
O
troca-troca foi antecipado pela coluna, conforme a leitura de um observador
atento, provavelmente o melhor disponível no Pará.
Todos mudam de lugar - da frente para trás, de trás para a frente e de
um lado para o outro -, em obediência aos ditames políticos, mas o script,
perdão, o itinerário, como no Sacramenta-Nazaré, é o mesmo.
O
senador Beto da Fetagri Faro enveredou em um novo e promisso negócio: cultivo
de dendê. A coluna está por saber de onde saem as mudas – não que queira
concorrer com o senador.
Na maré da legalização das apostas em jogos de futebol estão embarcando
defensores da legalização da maconha, cassinos de todo o tipo, clubes de tiro e
outros menos votados, com o argumento singelo: o aumento da arrecadação
tributária.
Veranistas
de Marabá mandam avisar que falta água na cidade banhada por um dos mais
caudalosos rios do mundo, o mesmo que abastece a gigante Hidrelétrica de
Tucuruí.
Veranistas se depararam com a ‘estampa’ Patrícia Alencar exibida em
vistosos outdoors na Praia do Atalaia no último fim e semanas.
“Um colírio para os olhos”, suspiravam os afoitos.
Interessante como a Prefeitura de
Benevides, na Região Metropolitana de Belém, trabalha discretamente e segue
acumulando bons resultados na educação.
As obras do BRT Metropolitana isolaram, literalmente, moradores do
bairro São João, em Marituba. O acesso ao transporte público sentido
cidade-Belém está fechado.
Passageiros
precisam se deslocar 300 metros ou mais, a partir da saída do bairro, em busca
de um retorno de volta à parada de ônibus. O que estava ruim ficou pior, mas,
nada que uma tirolesa não resolva.
Falando nisso: quando a prefeitura da ‘estampa’ vai retomar as obras de
asfaltamento das ruas do São João, paralisadas sem explicação, embora o projeto
esteja com prazo de validade vencido?