uitos operadores do sistema de transporte intermunicipal de passageiros têm se queixado do "liberou geral" implementado pela direção da Agência de Regulação dos Serviços Públicos, em detrimento dos interesses de quem opera rigorosamente dentro da lei.
"A flagrante falta de
fiscalização da Agência tem contribuído para a explosão da quantidade de
veículos particulares e vans clandestinas, causando uma guerra surda por
passageiros que alimenta a insegurança geral" - relata um operador regular
do modal complementar que se julga prejudicado pela situação.
Farra de diárias
O mais curioso é que, ao mesmo
tempo em que o sistema reivindica fiscalização regular nas estradas do Pará
para coibir a clandestinidade no transporte de passageiros, chama atenção o que
uma fonte da coluna classifica como "farra de diárias" na Agência. A
informação não é inédita: tem sido repetida à exaustão, mas não há
providências, nem esclarecimentos por parte dos diretores da Agência.
Bons companheiros
O mais grave é que, segundo
planilhas em poder da coluna, até os servidores envolvidos em graves denúncias
de corrupção explícita aqui relatadas participam da "boquinha",
quantificada em R$ 20 mil só no último final de semana de julho.
"Nessa planilha todos são
fantasmas" - acusa a fonte, ressaltando que "esse pessoal aí ninguém
vê trabalhando em lugar algum: são os Fantasminhas camaradas..."
Calados e errados
Dentro da Agência, os comentários
são de que o grupo escalado semanalmente para ‘trabalhar’, sem trabalhar -
inclusive porque são servidores inabilitados para a função de fiscalização -
atende pela alcunha de Cash back: não trabalham, mas recebem,
dividindo ‘a feira’ com diretores.
E ninguém diz mais nada, nem faz
nada para dar um basta na situação.