ão é exagero dizer que “ficou
faltando um pedaço” no pedido solene de desculpas do desembargador Georgenor
Franco Filho, presidente da 4ª. Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª.
Região, depois da “indelicada e infeliz” manifestação de desdém contra a
advogada Suzane Guimarães, durante uma sessão na última semana. No pedido,
feito sob pressão da própria Corte, o desembargador se disse surpreso com a
repercussão do fato nas redes sociais e fez o “mea culpa”.
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Estilo ‘bate e arrebenta’
Ocorre que na mesma sessão - mas em julgamento anterior, em que violou as prerrogativas da advogada -, o desembargador já havia violado as prerrogativas da Advocacia, segundo vídeo revisado que circula nas redes sociais com protestos de dezenas de advogados. No vídeo, o desembargador se dirige a um advogado instando-o a se manifestar e, em seguida, de modo grosseiro, desiste, praticamente cassando a palavra do advogado. No passo seguinte, o desembargador reage a uma outra questão - quase inaudível - com a seguinte advertência: “É, antes a democracia daqui do que a do Hamas, mas se quiser a gente adota a do Hamas também”. O plenário nem suspirou.
“Soberba e arrogância”
Dez entre cada dez profissionais se
manifestam inconformados com o que entendem como “forma soberba e arrogante”
com que o magistrado tem tratado advogados junto à quarta turma de julgamento
do TRT. Para alguns deles, “aquele pedido de desculpas foi meramente
protocolar” e apenas "atendeu ao espírito de corpo” da Corte.
O que se diz é que “não é de hoje”
que o magistrado trata advogados e advogadas de forma descortês e que esses
“fatos humilhantes para a classe” seriam corriqueiros. Fontes ouvidas pela coluna
admitem que alguns desembargadores reprovam o comportamento, mas não se
manifestam ou por receio ou, em última análise, por mero corporativismo.
Só para lembrar
Se interessar, as prerrogativas dos
advogados são direitos imprescindíveis que garantem a independência e autonomia
do exercício da profissão e a defesa do cidadão perante o estado democrático de
direito e estão regulamentadas pelos artigos 6º e 7º do Estatuto da OAB - Lei
8.906/94.
Papo Reto
Em Volta Redonda, Rio de Janeiro, o choro é livre: divulgados pela
própria CBF, áudios do VAR sobre a polêmico jogo que garantiu o acesso do
Paysandu à série B comprovam que o jogador Robinho (foto) já
havia sido, de fato, substituído no momento de sua expulsão, no final da
partida.
Acredite, nativos de Cotijuba encontraram nesta semana, em uma das
praias locais, um tubarão martelo já morto, medindo aproximadamente 1,80 m.
O Amazonas tem 1.664 focos de incêndio, a ponto de o Ibama precisar enviar
reforço de brigadistas para ajudar conter as chamas na floresta.
Pior: os incêndios têm tornado o ar da Região Metropolitana de Manaus
extremamente poluído, dez vezes pior do que a recomendação da Organização
Mundial da Saúde.
Não se sabe o que choca mais: se as imagens de terra arrasada do vizinho
Estado em sua seca descomunal, ou o "silêncio ensurdecedor" da grande
mídia nacional e dos ativistas globais do meio ambiente.
Aliás, diante da seca histórica que assola o Amazonas, todos se
perguntam quando a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o próprio governo
Federal, irão agir ou pelo menos se pronunciar.
Face à obsolescência, a Anatel vai desligar as redes 2G e 3G no Brasil.
Cosméticos usados há 2.000 anos são desenterrados por arqueólogos. Itens
parecidos com os blush e sombras atuais, além de perfumes, já faziam parte do
cotidiano das mulheres durante o Império Romano.
A pecuária também vem batendo recorde e já desponta como a segunda do
Brasil em número de animais - cerca de 25 milhões de cabeças -, e destacando-se
como primeira na criação de bubalinos -700 mil animais.
Essas commodities, que há uma década apresentavam pouca
lucratividade, atualmente estão com preços nas alturas e até a farinha de
mandioca de Bragança, vendida a R$ 19, já supera, em alguns casos, os
preços do porco e do frango de granja.