Capitania vai inspecionar lancha que explora linha Belém-Cotijuba; falta de educação é com escola.

“Não foi você que me colocou nessa linha: foi Deus; então, só Ele pode me tirar e mais ninguém”, diz representante da empresa a usuário.

28/07/2023 08:27
Capitania vai inspecionar lancha que explora linha Belém-Cotijuba; falta de educação é com escola.
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Capitania dos Portos no Pará e Amapá promete inspecionar, possivelmente hoje, a atuação da empresa Transporte Braga, que explora a linha fluvial Belém-Ilha de Cotijuba, na região de Caratateua, através da lancha “Lima Ferreira II”, sob a ótica da Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário.


Passageiros de Belém com destino à ilha têm enfrentado dificuldades com o serviço da empresa Transporte Braga, que a Capitania dos Portos promete investigar/Fotos: Divulgação.

A embarcação seria a única com atuação entre a capital e o balneário, a partir de um flutuante instalado na Praça do Pescador, nas proximidades do Ver-o-Peso, no Centro Histórico de Belém, e alvo de reclamações e suspeitas de usuários que costumam utilizar o transporte fluvial para acessar Cotijuba sem a necessidade e de se deslocar até o Distrito de Icoaraci.

Segundo denúncias encaminhadas à coluna, a empresa tem se destacado pela suposta longeva concessão da linha e da atuação à margem da fiscalização. Pratica preços elevados, equivalentes ao dobro do valor cobrado nas passagens a partir de Icoaraci, e dispensa tratamento incompatível na relação entre uma concessionária de serviços públicos e os usuários, especialmente em se tratando de crianças e idosos.

 

Falta de educação

 

O proprietário de um imóvel em Cotijuba ligou para a gerência da empresa Transporte Braga por volta das 10 horas de um dia qualquer interessado em saber quanto pagaria para transportar uma bike de Belém à ilha. Como a resposta só veio por volta das 17 horas do mesmo dia, o usuário questionou a pessoa do outro lado da linha, via mensagem de WhatsApp, e provou o sabor da falta de educação que permeia as relações da empresa com seus clientes, ainda que eventuais.

 



 

Civilidade zero

 

Segundo o usuário, a empresa não só transporta passageiros como seus teréns, incluindo bicicletas, móveis, fogões e utensílios domésticos diversos, o que não justifica o comportamento da pessoa do outro lado da linha, extremamente grosseira, segundo os áudios, e sem a civilidade que deveria existir entre a prestadora de um serviço público e seus clientes.

 

De um tudo

 

Ontem, ao anunciar a inspeção à empresa e suas operações conforme a legislação, em atendimento a questionamentos da coluna, o comando do Capitania dos Portos disse que, quanto às denúncias de maus tratos aos passageiros, “não deixaremos acontecer” - durante a inspeção -, “mas não temos atribuição legal para investigar esses comportamentos.

 

Menos, menos...

 

Verdade. A falta de educação dos concessionários de serviços públicos não consta da Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário.


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