rejeição ao nome do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, parece não ser exclusividade das pesquisas que apontam o alcaide em queda livre, ultrapassando inclusive a casa dos 80%.
Em
uma escala empírica, por assim dizer, a má gestão causa indigestão desconforto
à população de Belém, ao comando do MDB e a uma considerável parte do partido
no Pará; aos integrantes do partido do governador que se consideram aptos a
concorrer à sucessão municipal, ainda que na condição de vice e a mais duas
‘entidades’, especificamente: ao governador do Estado, Helder Barbalho e, de
certo modo, ao Psol nacional.
O caldo engrossou
A deputada
federal Sâmia Bomfim, do Psol-São Paulo, se juntou às críticas feitas em Belém
pela vereadora Sílvia Letícia à gestão Ed50. Sâmia foi vibrante e ardorosa
torcedora na eleição que deu a vitória ao colega de partido na acirrada disputa
contra o então desconhecido delegado federal Everaldo Eguchi, graças à generosa
ajuda do governador do Pará. Seu ‘entusiasmo nacional’ povoou as redes sociais
do Psol à época.
Não serve de exemplo
Mas,
porém, todavia, contudo dia desses, durante congresso nacional do Psol, Sâmia
Bomfim derrubou e pisoteou o próprio entusiasmo ao apresentar, conforme vídeo
que circula nas redes sociais, sua tese política sobre o modelo ideal de gestão
dos prefeitos do partido: e a “gestão ideal” seria a da ex-prefeita de São Paulo
Luiza Erundina e não a de Edmilson Rodrigues, que considera “uma das piores
administrações municipais do País”.
Lâmpada e pirilampos
Em
Belém, por óbvio, a declaração acendeu uma miríade de luzes amarelas, do
Palácio do Governo, onde Helder Barbalho, que não é bobo nem nada, mantém a
tomada eleitoral ligada, passando pela Assembleia Legislativa, camarim do qual
deverão sair candidatos à sucessão municipal e às secretarias de governo.
No gabinete do prefeito Edmilson Rodrigues, empenhado em
contratar vassouras para voar mais alto - ou para varrer o lixo com vassoura de
lã refinada -, a deputada federal Sâmia Bomfim só acrescentou mais um item à
lixeira. Nem um pio sequer.
Gritos e sussurros
E o
que se diz é que a imponderável dinâmica política começa a sair do eixo
ajustado em que parecia correr, até mesmo para o governador Helder Barbalho, a
esta altura do campeonato, teoricamente considerado capaz de eleger até um
poste se quiser, e cujas já ouças são poucas para tantos clamores de dentro e
de fora do partido majoritário, tudo junto e misturado.
Farinha pouca...
Como
livre pensar é só pensar, ou tem muito caroço nesse angu, ou pouca farinha no
pirão. Vale o ditado “farinha pouca, meu pirão primeiro”?