Deputada federal do Psol critica fracassada gestão Ed50: “é uma das piores administrações do País”

Sâmia Bomfim festejou a vitória do prefeito Edmilson Rodrigues na batalha contra Eguchi, mas muda o discurso, se junta aos opositores locais e acende sinal amarelo em Belém.

24/08/2023 08:24

Avaliação negativa da gestão Edmilson Rodrigues ganha “empurrão” do Psol nacional, acende candidatos ao cargo e ameaça planos do governador do Pará/Fotos: Divulgação.


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rejeição ao nome do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, parece não ser exclusividade das pesquisas que apontam o alcaide em queda livre, ultrapassando inclusive a casa dos 80%.

 

Em uma escala empírica, por assim dizer, a má gestão causa indigestão desconforto à população de Belém, ao comando do MDB e a uma considerável parte do partido no Pará; aos integrantes do partido do governador que se consideram aptos a concorrer à sucessão municipal, ainda que na condição de vice e a mais duas ‘entidades’, especificamente: ao governador do Estado, Helder Barbalho e, de certo modo, ao Psol nacional.

   

O caldo engrossou

 

A deputada federal Sâmia Bomfim, do Psol-São Paulo, se juntou às críticas feitas em Belém pela vereadora Sílvia Letícia à gestão Ed50. Sâmia foi vibrante e ardorosa torcedora na eleição que deu a vitória ao colega de partido na acirrada disputa contra o então desconhecido delegado federal Everaldo Eguchi, graças à generosa ajuda do governador do Pará. Seu ‘entusiasmo nacional’ povoou as redes sociais do Psol à época.  

 

Não serve de exemplo

 

Mas, porém, todavia, contudo dia desses, durante congresso nacional do Psol, Sâmia Bomfim derrubou e pisoteou o próprio entusiasmo ao apresentar, conforme vídeo que circula nas redes sociais, sua tese política sobre o modelo ideal de gestão dos prefeitos do partido: e a “gestão ideal” seria a da ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina e não a de Edmilson Rodrigues, que considera “uma das piores administrações municipais do País”.

 

Lâmpada e pirilampos

 

Em Belém, por óbvio, a declaração acendeu uma miríade de luzes amarelas, do Palácio do Governo, onde Helder Barbalho, que não é bobo nem nada, mantém a tomada eleitoral ligada, passando pela Assembleia Legislativa, camarim do qual deverão sair candidatos à sucessão municipal e às secretarias de governo.

 

No gabinete do prefeito Edmilson Rodrigues, empenhado em contratar vassouras para voar mais alto - ou para varrer o lixo com vassoura de lã refinada -, a deputada federal Sâmia Bomfim só acrescentou mais um item à lixeira. Nem um pio sequer.    

 

Gritos e sussurros

 

E o que se diz é que a imponderável dinâmica política começa a sair do eixo ajustado em que parecia correr, até mesmo para o governador Helder Barbalho, a esta altura do campeonato, teoricamente considerado capaz de eleger até um poste se quiser, e cujas já ouças são poucas para tantos clamores de dentro e de fora do partido majoritário, tudo junto e misturado.

 

Farinha pouca...

 

Como livre pensar é só pensar, ou tem muito caroço nesse angu, ou pouca farinha no pirão. Vale o ditado “farinha pouca, meu pirão primeiro”?

 

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