"Seguro morreu de velho": prefeito de Bragança lança alter-ego para vice na chapa de Mário Júnior

Marcely Castanho, secretária de Planejamento, é escolhida para ficar na cola de Mário Júnior, tido pelo prefeito como "eleito".

07/02/2024 08:00

Na abertura do carnaval de Bragança, prefeito Raimundo Oliveira só se lembrou de fazer política e mexeu mais uma pedra no tabuleiro/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.


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prefeito Raimundo Oliveira, de Bragança, usou a abertura do carnaval para fazer política no que acredita ser o melhor estilo “seguro morreu de velho”. Ele lançou, sem medo de ser feliz - nem de nada, ao que parece -, a secretária de Planejamento, Marcely Castanho, candidata a vice na chapa encabeçada pelo médico Mário Júnior, que também responde pela Secretaria de Saúde da atual gestão.

 

Em termos de confiança, Marcely está para Raimundão assim como Raimundão está para Bragança, segundo atestam os índices de satisfação locais.

 

Uma cajadada só

 

Ao lançar sua pupila, o prefeito mata três coelhos de uma cajadada só: tira de rota a vereadora Irene, queridinha do deputado Vítor Dias, e o vereador Bruno Lima, que em passado recente integrou o grupo do ex-prefeito Edson Oliveira. No curso da administração de Bragança, o prefeito Raimundo Oliveira cuidou de desacreditar esses dois parlamentares.    

 

A chave da casa

 

Marcely Castanho é a cereja do bolo nas eleições, segundo a visão arguta do prefeito Raimundo Oliveira. Com ela na cola de Mário Júnior, tido e havido como eleito, o prefeito blinda a eventual gestão contra influências externas cultivadas na Diocese de Bragança.

 

Os bons entendedores entenderão.

 

Assembleia Legislativa
reabre trabalhos em
clima de “paz e amor”

 

A cerimônia de abertura dos trabalhos deste ano na Assembleia Legislativa do Pará, ontem, ocorreu “como manda o figurino”: pontual e sem surpresas. O governador Helder Barbalho fez a tradicional leitura da mensagem aos deputados com um balanço das ações de governo “por todo o Pará”.

 

Um fio de voz de oposição, na pessoa do deputado Rogério Barra, do PL, levantou-se somente quando o presidente da Casa, Chicão Melo, do MDB, anunciou os nomes dos deputados que escolheu para fazer uso da palavra, representando os demais. A escolha recaiu sobre um nome da situação, o deputado Iran Lima, também do MDB, e um nome que, em tese, deveria ser de oposição, o da deputada Lívia Duarte, do Psol. O deputado delegado Toni Cunha, do PSC, que estava ao lado de Barra, também tentou esboçar reação, mas foi contido.

 

Oposição boazinha

 

Como esperado, a fala da deputada Lívia Duarte em nada lembra um parlamentar de oposição. A deputada nada mais fez do que os costumeiros elogios à gestão do governador Helder Barbalho, caprichando ainda mais ao chegar no tópico “Usinas da Paz”, projeto que, na avaliação de Lívia, está entre os de maior interesse social do Pará. Depois de dez minutos elogiando, Lívia passou a palavra ao deputado Iran Lima, que falou por mais dez.

 

Mas os bastidores...

 

Porém, se nos discursos públicos o negócio ficou na paz e amor, nos bastidores era mais quem cochichava. Um dos cochichos se referia às eleições em Belém. Nesse ponto, fontes experientes da Assembleia Legislativa afirmam que o governador Helder Barbalho não negará o apoio já prometido ao candidato do presidente de Lula - Edmilson Rodrigues, do Psol -, mas que, por outro lado, há uma grande chance de o candidato ter outros concorrentes da “simpatia” do governador.

 

Papo Reto

 A Justiça Eleitoral do Pará mandou para o espaço uma ação do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, contra o deputado estadual Thiago Araújo (foto).

O parlamentar lançou nas redes sociais um hipotético big brother perguntando aos seus seguidores quem eles mandariam para um suposto paredão em Belém. Deu Ed.

 

Na sequência da decisão da Justiça, Thiago Araújo voltou às redes sociais, desta vez para “justificar o próprio voto”. Parece que o inferno astral do alcaide segue esquentando.

 

Veja só:  da Alemanha, a Transparência Internacional aponta a escalada das “retaliações injustas” ao trabalho anticorrupção da sua unidade no Brasil.

 

A referência é a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, de coletar documentos para investigar a Ong.

 O presidente da organização internacional, François Valérian, diz que a Transparência Internacional jamais será intimidada e reforçou o compromisso de combater a corrupção.

Foi de "apenas" US$ 126 bilhões a queda de investimentos estrangeiros no Brasil em 2023, primeiro ano do governo Lula, segundo aponta o jornal” O Globo”.

 

Municípios não produtores, porém afetados pela atividade mineral, receberam mais de R$ 572 milhões referentes à Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) entre maio e dezembro de 2023.

 

Acredite, até 2025 o Brasil terá um déficit de mais de quinhentos mil profissionais na área da tecnologia da informação, segundo diagnóstico realizado pelo Google. 

Mais matérias OLAVO DUTRA