chamado mandato coletivo da vereadora Sílvia Letícia divulgou nesta semana uma parte da lista de cargos DAS - as famosas indicações políticas - pendurados no cabide de emprego do Gabinete do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, do Psol.

A ‘parte’ da lista corresponde a mais de 3 mil cargos de DAS, que custam aos cofres públicos a bagatela de R$ 30 milhões por mês, segundo o Fórum de entidades, e têm deixado a massa de servidores públicos, que anda comendo ‘o pão que o diabo amassou’ na atual gestão, entre desesperançada e enfurecida, senão ambas.  Afinal, tem servidor que não recebe sequer um salário mínimo.  A menor parte das indicações políticas está entranhada no Gabinete do prefeito Edmilson Rodrigues. Veja alguns nomes pinçados pela coluna:

De onde sai a claque

O que os opositores do prefeito Edmilson Rodrigues dizem é que cerca de 80% do pessoal ‘empregado’ na administração não são servidores concursados, mas, não raro, boa parcela costuma ser vista em caminhadas, manifestações diversas e inaugurações fazendo "claque" para o alcaide.

Comenta-se que a mobilização do pessoal em cargos de confiança pagos com o dinheiro do município fica a cargo de Stefani Henrique, responsável pela segurança pessoal do prefeito e que tem salário de RS 6,3 mil. Stefani Henrique faz jus ao que ganha: bate e arrebenta em nome do prefeito e seu grupo político.

Stefani recebe ordens diretas do prefeito para arregimentar seguidores e reunir a claque sempre que necessário, tendo como base as imediações do Mercado de São Brás, de onde saem os veículos de transporte do pessoal. Os seguranças por ele comandados, disfarçados de servidores, embarcam em Kombis e micro-ônibus. 

Refri versus groselha

Detentores de cargos DAS sequer usam carro próprio nesses eventos, portanto, não gastam dinheiro com combustível - que ‘está caro pra xuxu’. As vans em que se deslocam são equipadas com ar-refrigerado, oferecem água mineral, refrigerantes e protetor solar e os transportam até o local do almoço, após as manifestações.  Ao pessoal transportado em Kombis, veículos reconhecidamente desconfortáveis desde a primeira unidade produzida até a última, antes de sair de linha, não são tão bafejados pela sorte: bebem suco de groselha, acompanhando um lanche de pão com manteiga.

Sem mortadela, coisa que ficou no passado.

Papo Reto

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