Marajó vive sua sina: acidentes sem vítimas fatais passam despercebidos por serviços de fiscalização

A região ainda não se recuperou da tragédia de Cotijuba, mas fiscalização, que continua frouxa, permite a repetição de acidentes que sequer merecem comentários da Arcon.

18/10/2023 09:34

Uma das embarcações envolvidas em acidentes na região na semana passada conseguiu desembarcar passageiros ante a ameaça de naufrágio; a outra estava com excesso de carga, nenhuma fiscalizada/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.


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ão amplamente admitidos os perigos da navegação no Pará durante os meses terminados em "bro" - setembro a dezembro -, especialmente na região da Baía do Marajó, a partir de Belém, até o município de Muaná, quando águas revoltas costumam provocar problemas especialmente por conta de operações com embarcações inadequadas para as circunstâncias e, infelizmente, sem a fiscalização adequada das autoridades competentes, entre elas a Capitania dos Portos.

 

Semana que passou, duas grandes embarcações que fazem a linha Belém-Breves e Belém-Portel, com centenas de passageiros a bordo viram-se em situação de alto perigo, enfrentando maresia cujas águas lavavam o convés e causavam polvorosa coletiva.

 

Excesso de carga

 

A embarcação, que seguia para Portel, estava com excesso de carga, isto é, peso além da capacidade, mas não houve fiscalização adequada, visto que a Capitania dos Portos não tem braços e sequer contingente para atender toda a orla de Belém e seus trapiches “fantasmas”.

 

Segurança salva

 

Essa região do incidente, conhecida como “Arrozal”, contabiliza inúmeros naufrágios nas últimas décadas, mas têm sido evitados graças às novas tecnologias náuticas, embarcações de cascos de aço mais resistentes aos trancos e barrancos e ao trabalho da Marinha, com boias sinalizadoras e razoável controle do transporte fluvial.

 

Passou batida

 

Esse aparato, porém, ainda é muito pouco para os fatídicos meses “bro”. Para efeito de registro, mesmo informados, os meios de comunicação simplesmente ignoraram os incidentes, talvez por não ter havido naufrágio com mortos e feridos, tanto quanto a agência reguladora Arcon, que não se manifestou. e

 

Até quando?

 

Trocando em miúdos, no Marajó e região, a população segue solenemente desassistida, até que viva mais uma tragédia.

 

Associação de advogados
vai ao TRT para botar
situação em pratos limpos

 

A Associação da Advocacia Trabalhista Pará a Atep, se reuniu ontem com o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, desembargador Marcus Losada Maia, para discutir questões que afetam as prerrogativas da advocacia paraense. 

 

Diante do episódio envolvendo o desembargador Georgenor Franco, no qual uma advogada, hospitalizada em razão de parto, teve seu pedido de adiamento de julgamento recusado, causando uma reação negativa não somente no meio advocatício, mas em toda sociedade. A associação, que acompanha o dia a dia da profissão, considerou necessário debater não apenas essa situação específica, mas também os problemas recorrentes, “as pequenas e reiteradas violações enfrentadas pela advocacia trabalhista”.

 

Efeito midiático

 

Segundo a Atep, a defesa das prerrogativas não deve se basear unicamente em ações midiáticas de qualquer instituição ou em meras notas de repúdio, mas sim na proposição de medidas concretas que permitam às instituições adotar um modelo de gestão eficaz na prevenção e combate às violações.

 

Caminho das pedras

 

Entre os principais pontos discutidos no encontro destacam-se a inclusão no Regimento Interno do TRT das previsões da Resolução CNJ 492/2023 - protocolo para julgamento com perspectiva de gênero; criação de canal exclusivo da Ouvidoria para situações de violação das prerrogativas da advocacia; realização de gravação e disponibilização de todas as audiências, inclusive presenciais, sem prejuízo da elaboração das atas de audiência; realização de eventos institucionais sobre as prerrogativas da advocacia, em especial sobre a resolução; e realização de campanhas institucionais destinadas ao público que prestigiem e promovam a importância da advocacia - para evitar manifestações institucionais nas quais, ainda que indiretamente, a advocacia seja apresentada como um “custo” ou como “desnecessária” ao pleno acesso à Justiça.

 

Papo Reto

 

Fábio Bentes planeja continuar na diretoria do Remo, ainda que apenas como presidente do Conselho Deliberativo.

 

 Seria incoerente, para se dizer o mínimo: nesse cargo, estaria habilitado a julgar as próprias contas...

 

Tomara adotem critério melhor do que neste ano. Os dirigentes que contratam ou rejeitam as indicações são os mesmos.

 

Os números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais não mentem: o desmatamento na Amazônia cresceu alarmantes 51,1% em relação a agosto. 

 

Em setembro, o TerraBrasilis contabilizou 26,3 mil focos de destruição, contra 17,4 mil focos em agosto, ficando com o Pará o título de maior desmatador, acumulando 35,5% de toda devastação.

 

O Supremo Tribunal Federal marcou para hoje o julgamento do processo que trata da correção das contas do FGTS. 

 

Segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, caso a regra entre em vigor, os financiamentos do FGTS, que atendem as famílias beneficiárias do programa Minha Casa, Minha Vida, terão aumento de até 3 pontos percentuais.

 

Sem falar em terrorismo para se referir ao Hamas ou aos atentados do dia 7 de outubro, o PT publicou resolução em que classifica as mortes na Faixa de Gaza como “genocídio” do povo palestino.

 

Juntos, Venezuela, Cuba e Moçambique aplicaram calote de US$ 1,12 bilhão, ou R$ 5,69 bilhões - na cotação atual - ao BNDES.

 

Aloízio Mercadante, presidente do banco, chamou de ‘nhenhenhem’ as frequentes cobranças de jornalistas sobre a disposição de Lula em injetar mais dinheiro nesses países, num momento tão delicado de colossal rombo fiscal.

 

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