Equipe “Cash back” da Arcon, que recebe diárias sem trabalhar, também é inabilitada para fiscalizar

Diretoria da Agência segue fazendo “ouvidos de mercador", enquanto operadores do modal regular complementar se queixam de prejuízos.

09/08/2023 08:00
Equipe “Cash back” da Arcon, que recebe diárias sem trabalhar, também é inabilitada para fiscalizar
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uitos operadores do sistema de transporte intermunicipal de passageiros têm se queixado do "liberou geral" implementado pela direção da Agência de Regulação dos Serviços Públicos, em detrimento dos interesses de quem opera rigorosamente dentro da lei. 


 

Bombardeada por denúncias de corrupção, diretoria da Agência não responde nem ao governo, nem aos usuários e muito menos operadores do sistema de transporte intermunicipal do Estado/Fotos: Divulgação.

"A flagrante falta de fiscalização da Agência tem contribuído para a explosão da quantidade de veículos particulares e vans clandestinas, causando uma guerra surda por passageiros que alimenta a insegurança geral" - relata um operador regular do modal complementar que se julga prejudicado pela situação.

 

Farra de diárias

 

O mais curioso é que, ao mesmo tempo em que o sistema reivindica fiscalização regular nas estradas do Pará para coibir a clandestinidade no transporte de passageiros, chama atenção o que uma fonte da coluna classifica como "farra de diárias" na Agência. A informação não é inédita: tem sido repetida à exaustão, mas não há providências, nem esclarecimentos por parte dos diretores da Agência.

 

Bons companheiros

 

O mais grave é que, segundo planilhas em poder da coluna, até os servidores envolvidos em graves denúncias de corrupção explícita aqui relatadas participam da "boquinha", quantificada em R$ 20 mil só no último final de semana de julho.

 

"Nessa planilha todos são fantasmas" - acusa a fonte, ressaltando que "esse pessoal aí ninguém vê trabalhando em lugar algum: são os Fantasminhas camaradas..."

 

Calados e errados

 

Dentro da Agência, os comentários são de que o grupo escalado semanalmente para ‘trabalhar’, sem trabalhar - inclusive porque são servidores inabilitados para a função de fiscalização - atende pela alcunha de Cash back: não trabalham, mas recebem, dividindo ‘a feira’ com diretores.

 

E ninguém diz mais nada, nem faz nada para dar um basta na situação.

 

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