Romulo Maiorana Júnior ganha edital de concessão do prédio que abrigou Receita Federal em Belém

Governo do Pará já oficializou transação, inclusive com termo de adjudicação e homologação publicado no Diário Oficial.

Por Olavo Dutra | Colaboradores

10/06/2024 08:00
Romulo Maiorana Júnior ganha edital de concessão do prédio que abrigou Receita Federal em Belém
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epois de cinco longos anos à espreita de uma “janela”, o empresário Romulo Maiorana Júnior, que divide residência entre Belém e Miami, nos Estados Unidos, desferiu o golpe final e certeiro: a concessão, por 30 anos, do prédio que abrigou a Receita Federal, no início da Presidente Vargas, onde os católicos costumam iniciar as homenagens à Virgem de Nazaré na reta final da procissão, até o Centro Arquitetônico.

Parcialmente destruído por um incêndio em 2012, prédio dará lugar a um novo hotel em Belém/Fotos: Divulgação-Arquivo.

Janela escancarada

Fontes da coluna garantem que foi uma “operação limpa”, isto é, sem interferência ou objeções do Estado, já que o edital relacionado à concessão foi divulgado como qualquer outro, mas não teve interessados. Foi a oportunidade que o empresário encontrou para entrar no jogo da COP30. No Pregão Presencial Nº 90009/2024, da Secretaria de Cultura do Pará, não houve comparecimento de outros concorrentes, o que deu vitória por “maior oferta” à empresa Roma Serviços de Restauração, Construção e Administração Ltda.


Negócio fechado

O governo do Pará, inclusive, já oficializou a transação, com termo de adjudicação e homologação publicado no Diário Oficial do Estado Número 35.841, do último dia 4 de junho. A mesma fonte da coluna garante que no próximo dia 14, o governador Helder Barbalho, que hoje mantém uma relação respeitosa com Romulo Maiorana Júnior, fará a entrega formal do espaço, que o empresário deverá explorar por 30 anos, somando mais um equipamento turístico para o evento internacional da ONU e além.

Um novo hotel

Com a nova aquisição, a menos de 500 metros do Porto Futuro II, onde o grupo Vila Galé vai construir um empreendimento voltado para a COP30, Rominho deve erguer mais um hotel em Belém - o outro de sua propriedade é o Radisson, à avenida Braz de Aguiar, área nobre da cidade. Só falta definir a bandeira, que deve ser a Rede Tivoli & Resorts, que tem pinta de italiana, mas é de origem portuguesa, com certeza: o nome é uma homenagem à comuna da Itália mais antiga que Roma.

Depois do incêndio

Na prática, a informação é de que desde 2019 Rominho “estava de olho” no prédio que abrigou a Receita Federal, espólio que passou para o governo do Estado após o incêndio de grandes proporções que destruiu parcialmente o prédio, no dia 26 de agosto de 2012. Tempos depois, o prédio chegou a ser a “menina dos olhos” do Tribunal Regional do Trabalho, que investiu um bom dinheiro em reformas, mas o projeto acabou desacelerado, como dizem os “avexados”.

Ponte internacional

O empresário Romulo Maiorana Júnior praticamente deixou Belém durante a pandemia e foi viver nos Estados Unidos. “Foi, mas ficou aqui mesmo”, como dizem os adeptos da Umbanda, apesar das intercorrências que se impuseram durante o período e além, inclusive envolvendo a direção do grupo empresarial em que era diretor-presidente, o atual grupo Liberal, comandado pelo irmão Ronaldo Maiorana.

Relações amistosas

O fato é que, segundo fontes da coluna, se na pandemia o diálogo entre Romulo Miorana Júnior e o governador Helder Barbalho não existia, após esse período as diferenças foram se desvanecendo, dando lugar a relações de mútuo respeito, com articulações de ambas as partes que renderam bons resultados. Atualmente, o grupo de comunicação do empresário, que inclui o Portal Roma News e a Rádio Roma evoluiu para ter no governo do Estado um dos seus maiores anunciantes.


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