saída do publicitário Glauco Lima da coordenação de marketing da Prefeitura de Belém está no pacote de consequências do rompimento entre o prefeito Edmilson Rodrigues, do Psol, e o governador Helder Barbalho, do MDB. O trabalho foi assumido por profissionais ligados ao PT, que têm uma difícil missão pela frente: encontrar uma produtora de vídeo em Belém capaz de assumir a campanha à reeleição.
A
dificuldade está na fama de 'mau pagador' atribuída ao marketing do partido. A
produtora Realize, que abraçou Edmilson ainda na campanha passada, quando, como
sempre, o partido chorou migalhas dizendo que faltava dinheiro - mas sobrava
generosidade uma vez eleito -, ainda está sem receber por quase todo o trabalho
dos primeiros 18 meses de gestão.
Produtora implodiu
O
atraso no pagamento do valor mensal pela produção de alguns comerciais e da
agenda diária do prefeito foi tão grande que a sociedade rompeu e a empresa
acabou dividida. Os sócios que permaneceram na Realize ainda aguardam pelo
pagamento de aproximadamente R$ 500 mil em serviços prestados, valor que a
prefeitura sequer aceita negociar. Edmilson só seguiu com a agenda coberta e
comerciais sendo produzidos porque acordos que envolviam outros pagadores - que
não a prefeitura - foram firmados com uma segunda produtora de vídeo.
Vai dar um “jeitinho”
Por
isso a estratégia dos marqueteiros é alugar equipamentos, conseguir um espaço
amplo o suficiente para montar um estúdio, contratar mão de obra avulsa e
realocar para esse espaço todo material produzido pela produtora que estava
acompanhando Edmilson Rodrigues até aqui - e que não é a Realize -, para tocar
a campanha sem que nenhuma outra empresa corra o risco de calote.
Bons companheiros
Mas,
como fama é coisa que corre de ouvido em ouvido, o grupo também encontra
resistência em contratar bons profissionais para compor o time. Primeiro porque
pagam mal; segundo porque, a esta altura do campeonato, quase todo mundo que
'se garante’ já fechou contrato com algum outro candidato.
Resta
aos marqueteiros do prefeito de Belém contar com a expertise dos
“bons companheiros” - pessoas que aceitam trabalhar muito mais pela ideologia
do que pelo dinheiro.
Papo Reto
· Por
apresentar marcas que se assemelham ao símbolo do olho ardente do vilão
“Sauron” (foto), uma nova espécie de peixe encontrada na Amazônia
ganhou seu momento de "O Senhor dos Anéis”.
· Perdão,
leitores: Cilene Sabino, ex-presidente da Junta Comercial do Pará e candidata à
Prefeitura de Colares, região nordeste do Pará, pelo partido União Brasil, vem
a ser irmã do conselheiro do TCE, Cipriano Sabino, e do ministro do Turismo de
Lula, Celso Sabino.
· O
Pantanal e a Amazônia são os focos principais da sala de crise instalada pelo
governo para monitorar as queimadas e a seca no País.
· Aliás,
o Pantanal já está mergulhado numa histórica escassez hídrica e a escalada
maior de incêndios ainda está por vir, em agosto.
· Enquanto
a politização segue engessando o tema no Brasil, as reservas de petróleo na
Margem Equatorial caíram do céu para a Guiana, que, já este ano, terá o maior
PIB per capita da América Latina e, ano que vem, das Américas,
superando até mesmo os EUA.
· Em
2028, projeta o FMI, o vizinho brasileiro de pouco mais de 800 mil habitantes,
que não está nem aí para as Ongs ambientalistas, alcançará o maior PIB per
capita do planeta, superando Luxemburgo e Macau.
· Criado
em 1961, Colares, no nordeste paraense - hoje com aproximadamente 12 mil
habitantes -, tem sido vítima histórica de gestões temerárias, a ponto de todos
os ex-prefeitos vivos estarem hoje inelegíveis.
· Comandado
pela prefeita Maria Lucimar Barata, do MDB, Colares, com potencial turístico
enorme por conta das praias de água salobra e as célebres aparições de ÓVNIS,
tem um dos piores índices de desenvolvimento humano do Estado.