Em maus lençóis com governo do Estado, Josenir Nascimento ganha um “gulag” para chamar de seu

Chefe de Núcleo da Governadoria de Helder, senador suplente foi mandado para o extremo oriente, na fronteira da Rússia com a China e a Coreia do Norte, sem ônus para o Estado.

Por Olavo Dutra

12/09/2023, 13:00
Em maus lençóis com governo do Estado, Josenir Nascimento ganha um “gulag” para chamar de seu
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a última sexta-feira, quando parte dos habitantes de Belém entupia a BR-316 rumo ao interior para gozar o feriadão da Independência - combinado com o ponto facultativo do Estado - e o calor senegalês que se abate sobre as terras do Pará, o chefe de Núcleo do governo Helder Barbalho, lotado na Governadoria do Estado e suplente de senador pelo PT, Josenir Nascimento, voava em silêncio obsequioso a mais de 10 mil pés de altura para uma missão de Estado.


Desconforto do suplente de Beto Faro é tão flagrante no governo que até para ‘aparecer na foto’ com o chefe do Executivo foi preciso levantar os braços/Fotos: Divulgação.

 Destino: Vladivostok, Extremo Oriente, fronteira da Rússia com a China e a Coreia do Norte, cidade portuária e ponto do último trilho da estação da Ferrovia Transiberiana. Missão: Participar do Business Programme Architeture.

 

A viagem, cuja autorização foi publicada no Diário Oficial do Estado de hoje, chama atenção por vários motivos: sem ônus para um Estado em que o Tribunal de Contas, por exemplo, paga diária a servidor escalado para serviço em Ananindeua - e pelo período, dez dias. Josenir é secretário-executivo do Fórum Nacional de Governadores, por isso não pode receber diárias, mas deve receber salário integral no final do mês. Outros motivos correm por conta da maledicência política, por assim dizer.

 



Em maus lençóis

 

Suspeito de envolvimento em tramas nada republicanas dentro do partido pelo qual ascendeu à suplência do senador e de tentar avançar sobre interesses da Secretaria de Educação, acabando por entrar em choque com o todo poderoso secretário Rossieli Soares, Josenir Nascimento amanheceu a terça-feira em um dos mais extremos dos onze fusos horários da Rússia - 13 horas em relação a Brasília -, mas como personagem up-to-date da maledicência em Belém: “Ganhou um gulag pra chamar de seu”, brincou fonte da coluna antes de o sol aparecer em Marituba.

 

Sujeito a interpretações

 

A menção remete ao escritor  russo Alexander Soljenítsin, o homem que ousou desafiar o Estado totalitário de Stalin e foi mandado para trabalhos forçados na Sibéria, de onde emergiu com sua obra “Arquipélago Gulag”, que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Literatura. Vladivostok não é uma Sibéria, nem alvo da Ucrânia na infame guerra com a Rússia, mas a viagem de Josenir para tão longe, a mando do governador do Pará, teve o condão de suscitar comparações à luz do cenário político atual, onde o suplente de senador aparece tão reprimido que até para aparecer em foto com o governador Helder Barbalho, como durante o jogo da Seleção Brasileira em Belém, precisou levantar os braços, com o fundo de cenário decadente.

 

Segundo a Bíblia


A maledicência, como se sabe, tem poder tão destruidor quanto as armas usadas na guerra da Rússia contra a Ucrânia. Na Bíblia lê-se, em Tiago 3.8, que “a língua é mal incontido e carregado de veneno mortífero”. No cenário político, uma vez que Josenir Nascimento não se manifestou sobre o que lhe pesa politicamente, ao menos em público, resta ser alvo e aceitar que foi mandado - por Helder - para “reinar sobre o Oriente”, expressão que traduz o nome Vladivostok.


Papo Reto

 

Sem ter mais como pagar funcionários -  deve dois meses - e fornecedores, já que não recebe nem desculpa da gestão Ed50, a empresa que executa a milionária reforma do mercado de Icoaraci retirou, no último final de semana, tudo que mantinha na obra, cujo prazo de entrega terminou em junho, mas está somente com 25% concluída.

 

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