MDB está bastante preocupado com a eleição suplementar prevista para 3 agosto em Tucuruí e Cametá. A imagem pública e a fisionomia dos ex-prefeitos Alexandre Siqueira e Vitor Cassiano são o retrato do desânimo, além do que o partido do governador Helder Barbalho já identificou que os quadros políticos nos respectivos municípios não são favoráveis, o que é negativo, inclusive com relação às eleições de 2026 para escolha de governador.
Em Tucuruí, o MDB entra na disputa fragilizado, depois da recente cassação do prefeito Alexandre Siqueira e o impedimento legal da deputada federal Andrea Siqueira de sair candidata à vaga do marido. O nome escolhido para a missão, o da ex-secretária de Assistência Social Claudinha Gonçalves, foi escolhido mais pela relação de confiança e submissão aos Siqueira do que pelo potencial eleitoral.Por outro lado, o nome concorrente da chapa do MDB é o da ex-deputada estadual Eliane Lima, que disputou a eleição de 2024 para Prefeitura de Tucuruí e perdeu por pequena margem de votos para Siqueira.
Quintal sem dono
A eleição suplementar de Tucuruí é significativa no cenário político estadual, uma vez que sinaliza a polarização das eleições de 2026 para a sucessão do governo do Estado. Eliane Lima conta com apoio do prefeito de Ananindeua e pré-candidato ao governo do Estado, Daniel Santos, do PSB, e do deputado federal Eder Mauro, do PL.
Efeito colateral
A possibilidade de o MDB perder a Prefeitura de Tucuruí tem efeitos mais amplos, isto é, potencializa os riscos de reeleição de Andrea Siqueira para a Câmara Federal. Uma alternativa seria Andrea Siqueira disputar vaga na Assembleia Legislativa, mas essa opção entra em rota de colisão com dois grandes apoiadores de primeira ordem, o deputado estadual Chamonzinho, do MDB, que disputará a reeleição e o irmão do Pastor Océlio Nauar, Ananias Nauar, do PSC, que deve tentar novamente uma vaga no Legislativo estadual.
Queda e coice
Quanto ao ex-prefeito Alexandre Siqueira, depois da queda, o coice: seus aliados do tempo de administração começam a largar o barco em busca de um porto seguro - a candidatura de Eliane Lima à sucessão municipal. O problema é que se trata de ‘carga perigosa’, como bem sabe a população que já ouviu falar do Lago de Tucuruí.
Alternativa zero
Em Cametá, o MDB e o ex-prefeito Vitor Cassiano tentaram emplacar o nome do ex-vice-prefeito Enio Carvalho. Foi a última alternativa de Vitor Cassiano, e o partido enfrenta dilema semelhante ao de Tucuruí, graças ao desgaste natural da cassação de Cassiano.
Três nomes de oposição foram lançados à sucessão: Benedito Pompeu, Márcia Xavier e Ivan Tavares, mas existe um diálogo entre eles que aponta para a possibilidade de composição da chapa. Benedito Pompeu, do Avante, é considerada a pré-candidatura mais forte das três, tanto que o PT fechou apoio a Pompeu, exigindo a vaga de vice.
Papo Reto
•Na história para lá de insossa do "Bora Trabalhar", que mais cheirava a bajulação, quem acabou faturando com a polêmica foi o deputado Bob Fllay (foto), cujo discurso contrário à papagaiada viralizou nas redes sociais.
•”Bora ficar de olho”, essa sim" - diz leitora da coluna, "deveria ser a frase patrimônio cultural e imaterial no Pará". Faz sentido.
•Ninguém tira da cabeça na região que a travessa Apinagés, entre Conselheiro e Tamoios, na Batista Campos, bairro central de Belém, se transformou em uma autêntica “cracolândia”.
•Seus " novos e indesejáveis moradores" assaltam livremente de faca em punho nas ruas ou paradas de ônibus na Tamoios para comprar droga e se refugiam em imóveis abandonados, mas de donos famosos.
•Lula já está na França para receber a honraria do chapa Macron e discutir mudanças climáticas. Uma nova montanha de dinheiro queimada em nome do quê mesmo?
•Punição maior para quem provocar incêndio florestal - reclusão de 2 a 4 anos para de 3 a 6 anos, além de pesada multa -, foi o que aprovou a Câmara Federal através do projeto de Lei 3330/24.
•A Justiça bloqueou R$ 23,8 milhões das contas de investigados pelo assalto aos velhinhos do INSS.
•O montante bloqueado, acredite, não passa de 0,37% dos R$6,3 bilhões que os larápios surrupiaram das contas dos aposentados através dos famigerados "descontos associativos" não autorizados, no período de 2019 e 2024.
•A farra parece ser muito maior do que se imaginava... Acredite, os Procons de Mato Grosso do Sul receberam queixas de aposentados contra 121 "associações" de araque em levantamento apenas de 2024.