Religioso graduado na Santa Sé afirma que convite de Lula tira Círio da rota do Papa

O beijo do presidente do Brasil no Sumo Pontífice causou danos, especialmente no grupo que quer afastamento do Papa, questionado por suas ligações políticas e com políticos por grandes cardeais.

27/06/2023 12:32
Religioso graduado na Santa Sé afirma que convite de Lula tira Círio da rota do Papa


Após publicação na coluna sobre o convite que o presidente Lula fez ao Papa Francisco para participar do Círio deste ano, sacerdote vinculado a uma poderosa congregação religiosa, com grande influência no Vaticano e em Roma, onde, inclusive, exerceu cargo burocrático - mas está de volta ao Brasil, em missão - fez contato em linha direta para comentar, rápido e certeiro: “Agora mesmo é que Papa nenhum virá nem para o Círio, nem ao Pará. Direto ao ponto, simples assim.


Uma das regras modernas da Igreja prega que convites para eventos religiosos, como feito pelo presidente Lula, seriam exclusivos de arcebispos e cardeais, por conta das motivações políticas, razão da resistência cada vez maior ao Papa Francisco/Fotos: Divulgação.

Explica-se: a Cúria Vaticana tem horror a convites de políticos nessa seara.  Afronta a milenar tradição da Igreja Católica em não se envolver nesses assuntos, mais ainda em momentos de intenso acirramento, como agora. Os convites para esse tipo de viagem papal seriam exclusivos dos príncipes da Igreja, como são chamados no Vaticano os arcebispos e os cardeais.

 

Oposição em alta

Foi assim, por exemplo, quando da visita de Papas ao Santuário Nacional de Aparecida. Acresce um dado relevante: nesse momento, Francisco enfrenta uma pública, inédita e aguerrida oposição no Colégio de Cardeais mundo afora, capitaneados por norte-americanos, alemães, alguns italianos e o respeitadíssimo e polêmico Robert Sarah, africano.

Alguns deles defendem até a renúncia do Papa Francisco.  Entre as objeções dos purpurados está a excessiva aproximação do atual chefe da Igreja com a política e com políticos. Então, Círios seguem ad eternum sem Papas presentes.

 

Efeito africano

Prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, o cardeal Robert Sarah é sobretudo polêmico. Em entrevista ao jornal francês “Le Figaro”, ele manifestou que “está na hora de a Igreja voltar ao que se espera dela: falar de Deus”. Sarah é tido como um dos cardeais “ao lado do Papa” que trabalha na linha de cintura para tirar o Sumo Pontífice do cargo.

O prelado da Guiné, de 79 anos, que já se imagina como o primeiro "papa negro" e, tirando vantagem de suas origens africanas, muitas vezes concede entrevistas contra o acolhimento de migrantes, manobra para contestar frontalmente a mensagem do Papa sem poder ser acusado de racismo. 


Papo Reto


Não fosse por alguns torcedores do Paysandu - alguns, uns poucos -, a declaração do ex-diretor do Remo Sérgio Dias (foto), sobre suposto arranjo que garantiu ao clube um tabu de 33 jogos sobre o Paysandu teria caído no mais completo vazio.

 

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