ela primeira vez em mais de duas décadas, os servidores da educação em Oeiras do Pará, cidade do arquipélago marajoara, ficarão sem receber metade do 13º salário no final deste mês. O problema está no déficit que o município enfrenta na educação. Professores e técnicos prometem uma manifestação nos próximos dias contra a medida considerada “arbitrária".

A decisão foi tomada logo após o
Conselho do Fundeb - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e
de Valorização dos Profissionais da Educação - reunir com representantes da
prefeitura e mostrar o "rombo" criado a partir de uma verdadeira
"bola de neve" nos últimos anos.
Receita e despesa
Até de julho deste ano, a receita
do Fundeb no município somava R$ 4.857.244,24 e a folha, R$ 7.537.898,09,
deixando um saldo negativo de R$ 2.680.653,85. A reunião aconteceu a pedido dos
próprios conselheiros do Fundeb para mostrar a gravidade do problema e exigir
da prefeita Gilma Ribeiro, do PP, medidas para evitar um possível colapso do
setor.
Os
professores e técnicos reclamam porque, dada a tradição de pagamento de metade
do 13º em agosto, muitos se programam e comprometem parte do dinheiro. Ainda de
acordo com representantes da categoria, a medida foi anunciada de forma
arbitrária, por meio de memorando, e sem qualquer canal de diálogo com os
profissionais.
No mesmo
documento, a Prefeitura de Oeiras do Pará informa que o 13º salário da
categoria será pago junto com os proventos dos demais servidores do município
até o dia 20 de dezembro - data limite prevista em lei para repasse do
benefício.
Cadê o dinheiro?
A prefeita
Gilma Ribeiro trava uma verdadeira queda de braço com os professores e demais profissionais
da educação. O transporte escolar já não funciona há dois anos e os professores
denunciam que os próprios pais têm se desdobrado na missão de garantir que os
filhos cheguem à escola - alguns com gastos expressivos de combustível, por
morarem em comunidades ribeirinhas.
A prefeita
também já enfrentou dois processos de cassação e, por mais que tenha se livrado
de perder o mandato, até hoje não explicou onde foram parar R$ 1,3 milhão
usados para abastecer ônibus escolares num período em que as aulas estavam
suspensas por conta da pandemia. Na ocasião, a denúncia foi protocolada pela
própria Câmara de Vereadores junto ao Ministério Público do Estado. O dinheiro,
no entanto, nunca foi devolvido aos cofres públicos.
Papo Reto
· Não convidem para o mesmo
palanque político o deputado estadual Tony Cunha (foto), candidato
à prefeitura pelo PL, e representantes do agro em Marabá e região.
· O Ministério da Justiça
autorizou o emprego de efetivo da Força Nacional para garantir a ordem
durante o concurso nacional unificado nos Amazonas, Mato Grosso do Sul,
Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Roraima.
· Aliás, cerca de 215 mil pessoas
devem trabalhar neste certame que, por orientação da Polícia Federal, obrigará
a coleta de digitais e exame grafológico, além de o candidato precisar
reescrever frase impressa no cartão-resposta.
· Quatro das cinco cidades com o
metro quadrado mais caro do Brasil estão em Santa Catarina: Balneário Camboriú
(R$13.379,00), Itapema (R$13.166,00), Itajaí (R$11.438,00) e
Florianópolis (R$11.426,00).
· Somente a capital do Espírito
Santo, Vitória (R$11.355,00), integra a lista do Top 5. Belém não aparece nem
de longe. Os dados são do Índice FipeZap.
· Canaã dos Carajás (21 e 22);
Parauapebas (23); Marabá (24); Belém (28 e 29); e Ilha do Combu (31 deste mês)
receberão a peça “Proncovô”, trabalho poético-musical que reúne música e
teatro e que celebra a arte mambembe.
· O espetáculo é encenado por
Laura de Castro e Zé Motta, tem montagem e direção de Eduardo Moreira e direção
musical de Sérgio Pererê.
· A poucos meses das eleições
municipais, as fake news nas campanhas eleitorais são uma das
maiores preocupações do eleitor no Norte.
· Segundo levantamento inédito do
Observatório Febraban, 50% da população na região já recebeu fake
news nas redes sociais e a grande maioria (86%) acha que o político
que usa esse expediente deve ser punido.