Secretaria de Transporte do Estado fez exatamente o que dela se esperava no rumoroso processo de habilitação de empresas para obras de construção rodoviárias na região nordeste do Pará: ignorar solenemente e legislação em vigor e habilitar, depois de deixar o processo em ‘banho-maria’, a empresa Rodoplan Serviços de Terraplanagem.
A Rodoplan, com a coluna já informou,
é tida e havida como de propriedade da família do prefeito de Bragança,
Raimundo Oliveira, estando, portanto, legalmente impedida de contratar com o
Estado. Ao menos era o que dizia a legislação, que virou letra morta.
Resultado previsível
O resultado da concorrência não
surpreende, mas vai para a conta do notório secretário Adler Silveira, que está
no olho do furacão. A ele publicações nas redes sociais no sul e sudeste e
nordeste do Pará atribuem o suposto comando de um esquema de desvio de recursos
públicos a partir de obras com material de qualidade duvidosa, mas milionárias,
resultando na insatisfação da população e dos motoristas que trafegam pelas
estradas estaduais nessas regiões do Estado.
Operação cirúrgica
Pode-se dizer que a Comissão de
Licitação foi ‘cirúrgica’ sob a orientação do secretário de Transportes. De
quase meia dúzia de empresas que participaram do certame, metade ficou pelo
caminho, engatada em algum dispositivo previsto no edital - menos a Rodoplan,
da família do prefeito Raimundo Oliveira. A empresa, pelas razões que todo
mundo está careca de saber no setor, foi a última a ser anunciada como
‘habilitada’ pela Secretaria, que aparentemente esperou a ‘poeira sentar’ para
tal. Em vão. Empresários ressabiados preferem perder a enfrentar desafios
políticos mais ousados.
Dever de casa
O prefeito Raimundo Oliveira também
fez o dever de casa. Espertamente, exonerou a mulher do cargo de secretária do
município para descaracterizar a irregularidade e participar da divisão do bolo
rodoviário, como se não estivesse sendo observado pela legislação.
Foi como tentar drenar as águas do Atlântico para o rio Caeté.
Papo Reto
Erramos:
Anízio Abdon Bestene Júnior, mencionado aqui como ex-diretor Administrativo e
Financeiro do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado, continua no
cargo.
A deputada Alessandra Haber (foto) é
a única deputada federal da bancada paraense que ainda não aderiu à Frente
Parlamentar Mista das Emancipações.
O
prefeito Edmilson Rodrigues deve saber, mas a balbúrdia impera dentro - com uma
obra superfaturada que não termina nunca - e fora - trânsito louco - do mercado
municipal de Icoaraci.
Não são as Usinas da Paz que preocupam alguns
observadores da cena paraense, mas a quantidade delas.
A
preocupação está no valor do custeio, quando há necessidade de
empreendimentos que garantam emprego e renda, principalmente em Belém.
O
chamado táxi-lotação explodiu em todo Pará, ante à omissão de quem tem a missão
institucional de zelar pela saúde do sistema de transporte público
intermunicipal, no caso a Arcon.
Qualquer trajeto com 200 km ou mais no Estado custa
entre R$ 100 e R$ 120, dependendo da cara e frequência do freguês.
Estima-se
que existam 2,5 mil veículos operando na irregular modalidade e, por sinal, já
nem esperam mais a madrugada para agir livremente.
Associados às vans e micro-ônibus
regulamentados como alternativos, os táxis-lotação são o tiro de misericórdia
nas empresas convencionais de transporte.
O
grupo Ponto de Apoio, criado para atender deficientes e idosos em passeios
ciclísticos no Parque do Utinga, fechou parceria com a Cosanpa para cessão de
um galpão para alojar bikes adaptadas.
O programa funciona através de voluntários que
se prestam a pedalar as bikes dotadas de um assento lateral para o carona, como
na foto ao lado.
Os
passeios acontecem de duas em duas semanas, aos sábados e domingos, atendendo
deficientes.
A ideia surgiu do jornalista Daniel Nardin e
em breve contará com mais bikes adaptadas para os
passeios.
Android:
o Google removeu aplicativos com malware e mais de 1,5 milhão
de downloads. O File Recovery & Data Revocery e o File Manager,
do mesmo editor, simplesmente coletavam dados dos usuários e enviavam para
servidores na China!
Na ONU, robô humanoide disse que "máquinas
podem governar melhor do que humanos", mas alertou para a implementação
indiscriminada da inteligência artificial.