Levantamento aponta que Pará lidera aparição de discos voadores relatadas à Aeronáutica

Engana-se quem pensa que anomalias registradas nos céus do Estado começaram e se encerram em Colares e Belém com o famoso “Chupa-chupa”; o fenômeno Ovni se eterniza.

15/12/2024 09:30

Aeronáutica controla casos de avistamento com o uso da "Ficha de controle de tráfego hotel", acessível pela internet/Fotos: Divulgação-Aeronáutica.


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o início dos anos 1980, era difícil ficar na rua quando se era criança ou adolescente. Qualquer objeto luminoso nos céus de Belém - quase todos, de aviões que pousavam ou decolavam na capital no período noturno - era apontado como suposta presença do “chupa-chupa”, como ficou popularmente conhecido um dos mais intrigantes casos de aparição de Ovnis do mundo. Era ver as luzes no céu e sair correndo para casa.


Para explicar o medo é necessário recorrer à Ilha de Colares, cidade do nordeste paraense distante cerca de 100 km de Belém. Em 1977, relatos de moradores da cidade descreveram “corpos luminosos que emitiam raios e deixavam as vítimas inertes, trêmulas, com a voz presa e outras anomalias”. De acordo com os relatos, “o bicho sugava o sangue das pessoas enquanto elas dormiam - os homens, pelo pescoço; e as mulheres, pelos seios”.


O clima de pavor foi tão grande que a Aeronáutica destacou militares do 1º Comando Aéreo Regional para a cidade, onde executou a famosa “Operação Prato”. No relatório da missão, os militares chegam a registrar o avistamento de luzes, mas não há conclusões reais sobre o episódio, estudado ainda hoje por especialistas de diferentes partes do mundo.


Nos céus do Pará

Esse é apenas um dos muitos casos de avistamento de objetos não identificados nos céus do Brasil que colocam o Pará na liderança do ranking dessas aparições. De acordo com os relatórios da Aeronáutica, que contabiliza os casos, o Estado conta com 140 - 16% - dos 934 relatos oficialmente arquivados e estudados pelo órgão federal.


O auge de aparições no Estado ocorreu em 1978, quando 48 de um total de 63 registros de objetos voadores não identificados verificados em todo o Brasil foram contabilizados. Em seguida, no ranking de aparições, está o Paraná, com 128 - 15% -, e São Paulo, com 126 - 14,% -. Os casos, antes secretos, são catalogados e analisados pelo Comdabra, o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro da Aeronáutica, que reuniu informações até 2006.

 



Passado o período dos eventos em Colares (foto acima), os anos de pandemia registraram o maior número de casos nesta década. Entre 2020 e 2023, foram 85 avistamentos, o que representa 11% do total da série histórica. Desse total, 82 foram no Pará.


Investigações em curso

A coleção de documentos se inicia em 1952, quando o tema dos Ovnis começa a se popularizar e os militares passam a reunir e investigar relatos. Posteriormente, todos esses papéis passam a fazer parte de uma coleção única, abastecida a cada ano com novos documentos.


Atualmente, a Aeronáutica informa que qualquer pessoa tenha visto - ou pensa ter visto - um Ovni pode preencher, na internet, a chamada "ficha de controle de tráfego hotel" para descrever seu relato e, em seguida, remeter ao Comando de Operações Espaciais para análise e arquivamento.


O ano do medo

O maior número de casos em uma única noite aconteceu em 19 de maio de 1986, quando pelo menos 21 objetos voadores não identificados foram avistados em quatro Estados do País. O alto índice de relatos levou a Força Aérea a enviar caças para interceptar os objetos.


A olhos vistos

O que torna aquela noite especialmente lendária é que os objetos não foram detectados apenas pelos radares do controle aéreo, mas também pelos radares dos caças e, em vários casos, vistos a olho nu pelos próprios pilotos.


Os arquivos sobre aquela noite mostram que “os objetos alternavam velocidades supersônicas e subsônicas, variavam de altitude, emitiam luzes de diferentes cores e podiam efetuar curvas com raios constantes e outras vezes com raios indefinidos”.

Os arquivos da Aeronáutica mostram, ainda, que Ovnis continuaram a ser vistos por pilotos nos dias e meses seguintes àquela noite, inclusive nos dias atuais, deixando claro que há mais mistérios entre o céu e a terra do que nossa vã filosofia possa imaginar. 

 

Moradora de Colares vítima do suposto ”Chupa-chupa”/Arquivo.

Papo Reto

 

·  O presidente da Argentina, Javier Milei (foto), pretende mandar embora do país boa parte dos 900 mil bolivianos, 650 mil peruanos e quase 300 mil brasileiros que estudam de graça em universidades públicas.

 

· Muitos se formam em medicina, porque não há necessidade da prova de vestibular e depois retornam aos seus países de origem sem acrescentar qualidade à saúde do povo argentino.

 

·  Eleição no Bancrévea Clube, onde só votam conselheiros e demais sócios não podem fazê-lo, lembra muito o tempo do coronelismo na política brasileira: o comando fica girando entre marido e mulher.

 

· O presidente Evaldo Silva foi substituído pela mulher dele, Mara Santiago e agora, em eleição pouco divulgada, Evaldo Silva volta ao cargo maior do clube dos funcionários do Basa. 

 

· A Agência Nacional de Energia Elétrica abriu a segunda fase da consulta pública sobre sistemas de armazenamento de energia, que inclui baterias e usinas hidrelétricas reversíveis.

 

· A decisão acontece logo após a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica anunciar que o Brasil atingiu 50 gigawatts de potência instalada operacional.

 

· O anúncio coloca o País como sexto maior produtor de energia solar do mundo no ranking liderado pela China (817 GW), seguido por Estados Unidos (189,7 GW), Alemanha (94,36 GW), Índia (92,12 GW) e Japão (90,4 GW).

 

· O governo federal instituiu um grupo de trabalho com o objetivo de prevenir, minimizar danos e proporcionar apoio a indivíduos e comunidades impactados pelo jogo compulsivo em apostas virtuais.

 

· O GT contará com a participação do Ministério da Fazenda, do Ministério da Saúde, do Ministério do Esporte e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

 

· A ideia é evitar que a exploração comercial das apostas de quota fixa leve a comportamentos crônicos associados ao jogo compulsivo, sobretudo em relação às camadas sociais mais suscetíveis a sofrer com esse tipo de problemas. 

 

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