ais uma vez, moradores e veranistas de Salinópolis foram surpreendidos pelo cancelamento de um evento que prometia ser um dos marcos deste verão amazônico: a inauguração da segunda passarela urbana da Praia do Maçarico.
Após o cancelamento repentino da cerimônia no dia 12 de julho - mesmo com estrutura montada e presença de autoridades anunciadas, como o governador Helder Barbalho e a vice-governadora Hana Ghassan -, a nova data remarcada, para ontem, sábado, também foi frustrada. Sem qualquer aviso público ou justificativa, o evento foi novamente suspenso.
Assim, tipo “do nada”
A falta de transparência e de explicações por parte do governo do Pará tem gerado forte repercussão nas redes sociais e alimentado dúvidas sobre o real estado da obra. Estaria a passarela pronta e segura para receber o fluxo de moradores e turistas em pleno ápice da temporada de veraneio? Ou o cronograma acelerado anunciado com entusiasmo ocultava pendências estruturais?
Um projeto ambicioso
O projeto da nova passarela, com 380 metros de extensão e múltiplos equipamentos de uso público, havia sido apresentado como uma grande vitrine de modernidade e acessibilidade. Com ciclovia, quiosques, iluminação solar, paisagismo e acessibilidade para pessoas com deficiência, a estrutura prometia reforçar o turismo, o lazer e a economia local. E, de fato, é assim que ela aparece nos materiais de divulgação oficial e nas falas de operários e moradores entusiasmados com a valorização da orla de Salinópolis.
Campo de especulação
A sequência de adiamentos silenciosos abala esse entusiasmo. Ao mesmo tempo em que o governo estadual exaltava o “padrão moderno, seguro e confortável” da estrutura, os dois cancelamentos em menos de oito dias levantaram um alerta entre a população: será que há algo sendo escondido? Há problemas estruturais? Algum risco para os futuros usuários?
Para uma cidade que recebe milhares de turistas em julho, em busca de um verão mais organizado e com melhor infraestrutura, essa incerteza deixa um gosto amargo. E compromete o que poderia ser uma entrega emblemática para o litoral paraense. Enquanto isso, os moradores seguem no escuro, esperando por uma nova data - e, acima de tudo, por uma explicação.
Só no “boca à boca”
No primeiro cancelamento, em 12 de julho, o governo emitiu uma nota curta e seca no site oficial praticamente na hora que seria a inauguração, informando do cancelamento, sem maiores nem menores explicações. Desta vez, no cancelamento de ontem, a notícia ficou apenas na base do “boca à boca”, sem nota nem obra, nem nada.
Papo Reto
•Sobre amores que vão, amores que vêm, o CEO do Grupo Liberal, Ronaldo Maiorana (foto), e o prefeito de Belém, Igor Normando, já fizeram as pazes.
•O fogo cerrado do grupo contra a prefeitura durou menos de uma semana. Pelas páginas das últimas edições do jornal “O Liberal”, sabe-se agora que os problemas da gestão e da cidade se desvaneceram.
•Em pleno “momento de expansão”, o grupo O Liberal terá avanços de suas várias plataformas de conteúdo - TV e rádio, portal, jornais e redes sociais - no segundo semestre deste ano.
•As ações começaram, justamente, pela TV Liberal, toda equipada e mudada com equipamentos modernos e investimento que é o maior já feito pela emissora em 50 anos.
•A Estação do BRT Grêmio Literário Português, na Augusto Montenegro, está desativada há cerca de 30 dias. Motivo: furto da fiação elétrica que alimenta a estação.
•A interdição, de pleno conhecimento da Prefeitura de Belém, tem deixado centenas de passageiros sem condução e em situação de risco e violência.
•A inutilidade da estação rodoviária obriga a população a caminhar cerca de um quilômetro de distância para chegar até a próxima estação do BRT, localizado próximo da UPA.
•Com mais de dois anos sem ar condicionado e banheiros destruídos, o governo do Estado resolveu trocar todo o piso do Terminal Hidroviário de Belém, dentro dos preparativos para a COP30.
•Sem querer criar polêmica, já criando: quem disse que, no futebol de hoje em dia, o que é bom para Portugal é bom para o Brasil? Quem?
•Dia desses, o redator perguntou a um torcedor remista “quem é o técnico do Remo”, e recebeu a resposta na lata: “É português”. Jesus!
•ão aquele hoje arrependido de recusar o convite da CBF para comandar a Seleção Brasileira e “queimou” Neymar nas Arábias.