ncrível, mas verdadeiro: o Banco da Amazônia corre para encerrar unilateralmente o longo contrato de benefícios reforçado com a Caixa de Assistência dos Funcionários, a Casf, distribuindo generosamente prejuízos e insegurança. A prestação prevê a contratação de outra empresa para garantir a modalidade de seguros, o que é visto como um “atentado ao financiamento da saúde dos trabalhadores”. Uma das principais fontes de receitas da CASF Saúde provém da CASF Corretora.

“A Casf Corretora vem, ao longo desses últimos anos, aportando recursos ao banco que suplantam o que o Basa tem de despesas com a saúde dos empregados e aposentados”, apontam os bancários da instituição.
O Basa é o principal financiador da Região Norte do Brasil. Em 2023, o banco registrou um lucro recorde de R$ 1,345 bilhão, mas, em 2024, registrou um lucro líquido de R$ 1,1 bilhão, queda de 15,8% em relação a 2023.
Proposta em curso
Após meses sem apresentar uma pauta concreta, a gestão atual do Basa apresentou uma proposta no mínimo desfavorável aos bancos. A sugestão é a de ficar com quase todo o bruto das atividades da Casf Corretora - o que prejudicaria a Casf - e, em meio às tratativas para construção de uma proposta que não prejudicasse os repasses da corretora para a Casf Saúde o banco, unilateralmente, encerraria a discussão e, consequentemente, o contrato.
Luiz Cláudio Moreira Lessa, atual presidente do Banco da Amazônia, já havia sinalizado interesse em contratar uma corretora recém-constituída e sem experiência no mercado de seguros. Mas existe um detalhe perverso: o resultado dessa contratação não se converteu em nenhum ganho para os empregados do Basa, sendo que seria esperado apenas pelos sócios.
O presidente foi eleito em 25 de maio de 2023 na 525ª Reunião Extraordinária do Conselho de Administração e tomou posse em 12 de junho do mesmo ano. O mandato dele termina em agosto deste ano.
“A razão para esse interesse do presidente Lessa é desconhecida por todos nós e não parece ser uma solução adequada quando se trata de uma empresa estatal como o Banco da Amazônia”, diz uma fonte.
Saúde não tem pressa
A Casf foi apresentada no dia 15 de março de 1982, quando efetivamente começou a funcionar, com a aprovação do seu estatuto. A criação da Casf sempre teve o objetivo de proporcionar “saúde e qualidade de vida como fatores de importância fundamental para a empresa”.
As entidades representativas dos empregados do Banco da Amazônia protestam contra o fim do contrato do banco com a Casf Corretora porque entendem que esse ato prejudica diretamente a Casf e consequentemente todos os empregados do Basa.
Quem está na luta
As dez entidades representativas dos trabalhadores bancários do Banco da Amazônia que estão se mobilizando contra o fim do contrato são a Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Centro Norte; Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Pará, do Acre, do Amazonas, do Amapá, do Mato Grosso, do Maranhão, do Tocantins, e de Rondônia, além da Associação de Empregados do Banco da Amazônia, a Aeba (Veja documento abaixo).
Papo Reto
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