té o padroeiro da cidade empalideceu
diante do ataque do prefeito Raimundo Oliveira ao deputado estadual Renato
Oliveira na transmissão do cargo ao sucessor, médico Mário Júnior, do MDB, em
solenidade na Câmara e Vereadores, na quarta-feira, 1 de janeiro. Bem ao seu
estilo bufo, Raimundo Oliveira se levantou em certo momento e disse, sem o
menor constrangimento, ao deputado: “Chupa que é de uva, Renato”, provavelmente
em referência ao resultado da eleição para a presidência da Câmara, que teve
apoio do ex-prefeito, ou do próprio sucessor, igualmente apoiado por ele.
O gesto de Raimundo Oliveira
representa mais uma lata de combustível na fogueira política que arde e divide
a cidade de Bragança desde que apostou contra a própria civilidade. Os
desatinos públicos do ex-prefeito não têm medidas e tanto atingem parlamentares,
aliados ou não, quando pessoas da comunidade, inclusive mulheres, como no caso
daquela que alega ter sido chamada de “prostituta” ao defender direitos.
Se vergonha matasse...
Na cerimônia de posse de Mário
Júnior, segundo fontes da coluna, a temperatura política se elevou outra vez e
envolveu exclusivamente Raimundo Oliveira, o deputado estadual Renato Oliveira
e a mulher dele, a vereadora Manu Oliveira. Raimundão disparou palavras
depreciativas contra Renato e Manu Oliveira, o que gerou constrangimentos,
fazendo com que o casal tivesse que se pronunciar nas redes sociais.
Renato Oliveira classificou a atitude de Raimundão como “incompatível com a
postura de um ex-gestor”, enquanto que a vereadora Manu afirmou disse que “a
política deve ser um espaço de respeito e diálogo, não de ataques pessoais e
violência contra a mulher” (veja nota de repúdio abaixo).
Pedido de união negado
Raimundo Oliveira já havia se
exaltado na diplomação de Mário Júnior, uma semana antes, quando,
descontrolado, criticou duramente adversários políticos. Na posse, mesmo em
meio à confusão que se instaurou, Mário manteve o foco em seu discurso,
destacando os desafios que Bragança enfrentará nos próximos anos e pedindo
união entre os poderes, reafirmando que o município seguirá avançando.
O constrangimento na posse evidenciou a divisão política que continua em
Bragança mesmo após as eleições. A posse, que deveria indicar um novo ciclo
para o município, expôs as fragilidades das relações políticas, mostrando que a
pacificação será um dos maiores desafios da gestão do novo prefeito, que tem
grandes opositores na Câmara.
Contas Castanhal não
fecham e rombos
começam a aparecer
Ao contrário do que vem tentando espalhar para a população do município, o
agora ex-prefeito de Castanhal Paulo Titan, do MDB, está sendo contestado por
pessoas que entendem do assunto no que diz respeito à prestação de contas
relacionadas aos últimos quatro anos em que ele governou a cidade.
Nas áreas da Educação e Saúde, por exemplo, o rombo foi, respectivamente, de R$
3 milhões e R$ 15 milhões. Titan também se esqueceu de informar que, para
coletar centenas de toneladas diárias de lixo produzidas pela população urbana,
ele alugava mais de 30 caçambas.
O ex-gestor informava, no entanto, que esse serviço era feito com uma frota
própria de caçambas. A equipe de transição do prefeito Hélio Leite, do União
Brasil, empossado no meio da semana, acredita que outras irregularidades devem
aparecer no rastro da contabilidade que está sendo trabalhada pela equipe do
novo gestor municipal. É esperar para ver.
Papo Reto
· Quem garante que a nomeação
de um banqueiro - mais um -, Gabriel Galípolo (foto), para o
comando do Banco Central vai alterar a política de juros instalada no Brasil?
· A nefasta política de juros
altos, tão falaciosamente "combatida" pelos atuais donos do poder,
rendeu quase R$ 1 trilhão de pagamentos aos bancos, em 2024. Quem terá coragem
de passar a tesoura na teta?
· Não precisa ser economista
para saber que quando os juros superam o lucro médio das empresas, a economia
simplesmente desidrata e a quebradeira generalizada é apenas uma questão de
tempo.
· Não é nada, não é nada, 7
milhões de empresas já estão no vermelho no País, 95% delas micro e pequenas,
quem mais gera empregos e renda aos brasileiros.
· Não à toa, mais de 73 milhões
de pessoas estão inadimplentes e 40 mil imóveis foram à leilão só em 2024,
porque seus donos não conseguiram honrar com as mensalidades.
· Para piorar o cenário, os
gastos do governo ficaram engessados, sem a votação final da Lei Orçamentária
Anual.
· Enquanto isso, ao apagar das
luzes do ano velho, o governo concedeu generoso desconto de R$ 5,8 bilhões nas
multas e juros de uma dívida que somava R$ 7,8 bilhões das voadoras Gol e Azul.
· A Controladoria-Geral da
União descobriu a pólvora: identificou "falta de transparência" em
Ongs que receberam emendas.
· Acredite,
o alistamento militar feminino já recebeu cerca de sete mil inscrições.
· Nenhum veículo da grande
imprensa deu o menor destaque, mas os casos de dengue, ano passado, passaram de
6,4 milhões, sendo que as mortes somaram 5,9 mil, reconhece, timidamente, o
Ministério da Saúde.