s especulações políticas em torno da possibilidade de o ex-prefeito Manoel Pioneiro engrenar uma composição com o governador Helder Barbalho andam tirando o sono do presidente da Companhia de Portos e Hidrovias, CPH, o suplente de senador do PT - só para lembrar -, Josenir Nascimento. O que se diz é que, além do ex-prefeito de Ananindeua, a composição incluiria o deputado Erick Monteiro.  

Pelo acordo, que representaria mais uma pedra no caminho do atual prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, reeleito recentemente, Erick Monteiro e Manoel Pioneiro receberiam uma fatia da área de saúde do Estado, representada pelo comando do Instituto de Previdência dos Servidores e do Hospital de Clínicas Ofir Loyola, ou - sabe-se agora - mais que isso: no caso de Pioneiro, assumiria o controle da Companhia de Portos e Hidrovias, onde reina - ou pensa que reina - Josenir Nascimento.

Detalhe: em 2022, a federação PSDB-Cidadania oficializou o nome do ex-prefeito de Ananindeua como candidato ao Senado. Este ano, Manoel Pioneiro teria sido preterido na vaga de vice do candidato à reeleição Daniel Santos por suas relações com a família do governador, daí a insatisfação com o prefeito reeleito, mesma justificativa do deputado estadual Erick Monteiro, ao ver a vaga de vice que seria para a mulher dele escapar para outra escolha de Daniel.

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 “Pai da criança”

Então, o que anda tirando o sono e o rebolado do presidente da Companhia? O simples fato de que Josenir Nascimento acaba de emplacar uma ata de registro de preços garantindo a contratação de empresa para executar serviços de engenharia para manutenção, reforma e reparo das instalações portuárias e navais pelo valor de R$ 113 milhões. Quer dizer, Josenir no mínimo corre o risco de perder a ‘paternidade’ da obra, caso Pioneiro consiga fazer do seu porto seguro ponto de embarque na máquina estadual pelas mãos do governador.  

As contratadas

A contratação beneficia o Consórcio Porto Norte, formado pela Construtora Impax Ltda. e a Oceanorte Construções Ltda, ambas com sede em Belém - endereços à rua Satélite, nº 33F, bairro Parque Verde e travessa do Cruzeiro, nº 624, Anexo A, respectivamente. Na Companhia de Portos e Hidrovias comenta-se que a “cabeça” do consórcio, a Impax, é indicação do chefe da Casa Civil do governador, Luiziel Guedes, mas a empresa não teria especialização ou experiência em construção naval.  

Os dados do contrato foram publicados no Diário Oficial do Estado do dia 31 de outubro (veja detalhes nas ilustrações).

 Papo Reto

· Com a Venezuela acusando o governo Lula de "tentar enganar o mundo", o Itamaraty soltou nota confessando-se "surpreso" com a "grosseria" do presidente Nicolás Maduro (foto), ‘parceirão’ de outras jornadas.

· A histórica bajulação de Lula e seu assessor Celso Amorim ao ditador venezuelano fez a nota do Itamaraty parecer quase um pedido de desculpas, o que não impediu uma tréplica bolivariana mais malcriada ainda.

· Esquerda nacional inteira entrou no modo silêncio sepulcral.

· Vá entender: o BNDES pensa em criar um programa para alavancar a carreira de influenciadores digitais. Este programa será gratuito para acelerar startups.

·   Ainda poderá oferecer suporte e prêmios de até R$ 150 mil. O banco ainda não liberou mais detalhes sobre o assunto, mas, ante um governo que fala em criar regras de controle das mídias sociais... 

· O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor, notificou 17 bets a esclarecer suas bonificações e como estão restringindo a participação de crianças e adolescentes nas apostas.

· A terra indígena TI Ka'apor está ardendo pelo fogo que sai das fazendas do entorno e de dentro no norte do Estado do Maranhão.

· Um fotógrafo estava na aldeia Ararendá para uma reportagem que nem era sobre queimadas conta que, infelizmente, o fogo já consome parte do território indígena, há pelo menos 10 dias.

·  Aliás, conta ele, o fogo se alastra para além do território, atingindo o município de Presidente Médici, próximo de áreas de quilombo.

·  As pessoas não estão conseguindo usar as estradas em área rural e o problema maior é que nessas áreas não tem Corpo de Bombeiros e nem brigadas anti-incêndio.