m dado chama atenção na edição deste ano do Mapa de Ensino Superior, elaborado pelo Instituto Semesp com análise de informações do Censo do Ensino Superior entre os anos de 2013 e 2023: com 13,5%, o Pará ocupa a antepenúltima posição na Taxa de Escolarização, quando a Meta 12 do Plano Nacional previa 33% dos jovens de 18 a 24 anos até 2024. Segundo o estudo, o Pará também fica abaixo da média nacional, que é de cerca de 19%, à frente apenas de Alagoas e Maranhão. O mapa foi divulgado na última quarta-feira, 12.
Entre os principais dados, o capítulo Brasil mostra um crescimento de 5,6% no total de matrículas de 2022 para 2023, impulsionado pela rede privada, que registrou alta de 7,3%. A Região Norte detém 8,5% das matrículas do País e registrou um crescimento de 5,8% no número de estudantes de graduação em 2023.
Taxa de escolarização
A taxa de escolarização líquida segue crescendo timidamente, e o Distrito Federal é a única unidade federativa que possui uma taxa de escolarização líquida acima da Meta 12 do Plano Nacional de Educação, que previa 33% dos jovens de 18 a 24 anos no ensino superior até 2024. Logo em seguida ao Distrito Federal está o Paraná, com 26,7%.
Mais da metade dos Estados brasileiros, principalmente das regiões Norte, Nordeste e Sudeste, possuem taxa de escolarização líquida abaixo da média no Brasil, que é de 19,9%, sendo que a do Pará está em 13,5%. Em 2013, esse índice era de 15,5%, o que representa um crescimento de apenas 4,4 pontos percentuais ao longo de uma década.
Em 2023, a taxa de escolarização bruta - percentual referente ao total de alunos no Ensino Superior dividido pelo número de pessoas de 18 a 24 anos - cresceu de 35,2% para 45,1%, o que pode significar uma falha em se colocar os jovens na universidade, na qual se percebe uma entrada tardia no Ensino Superior, que se dá principalmente devido à ampliação do EAD, observa Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp.
O caso do Pará
Existem atualmente no Pará 76 Instituições de Ensino Superior espalhadas pelos 144 municípios do Estado, que receberam 354.559 das matrículas totais, sendo 18,7% delas na rede privada.
Seguindo a tendência nacional, na qual o Ensino a Distância cresceu mais de 300% em dez anos e com alunos - alunos mais velhos -, a rede privada do Pará concentra 99,2% das matrículas em cursos EAD e nos cursos presenciais, a concentração é de 51,1%.
Onde cresceu
Em 2023, o número de matrículas em cursos presenciais cresceu 4,3%, com acréscimo de 1,7% na rede privada. Na EAD, o aumento foi de 8,3%, com crescimento de 8,4% na rede privada. Mais de 72% das novas matrículas em 2023 foram em cursos EAD. Nos cursos presenciais, houve aumento de 3,9% no número de ingressantes, com queda de 6,9% na rede privada. Na EAD, o aumento foi de 6,3%, sendo 4,8% nas unidades privadas.
Cerca de 41 mil estudantes concluíram a graduação em 2023, dos quais 49,1% em cursos EAD. Nos cursos presenciais, houve aumento de 5,3% de concluintes, sendo queda de 4,9% na rede privada. Na EAD, houve crescimento de 9,3%, com acréscimo de 11,0% na rede privada. A taxa de desistência acumulada dos cursos presenciais no Estado é de 42,9%. Na rede privada, a taxa é maior, 55,7%.
Mais procurados
Nos cursos presenciais, os três mais procurados da rede privada são Direito, Enfermagem e Psicologia; na rede pública, os três mais são Letras, Português (formação de professor) e Agronomia.
Nos cursos EAD, na rede privada, os três mais procurados são Pedagogia, Administração e Enfermagem; na rede pública: Letras (formação de professor), Pedagogia e Matemática (formação de professor).