Justiça por Dayse!

Mãe de jovem assassinada em Parauapebas convoca ato por justiça para o dia do julgamento do acusado

Wilma Lemos foi às redes sociais para mobilizar pessoas e evitar que a transferência do julgamento de Marabá para Belém não tire o peso da culpa que recai sobre o réu, ex-marido da vítima.

17/02/2024 21:39


Belém (PA) - Wilma Lemos é uma das muitas brasileiras que convivem com a dura realidade de associar a dor da perda à busca por justiça. Ela perdeu a filha, Dayse Dyana Sousa e Silva, em 2019, para um feminicídio cometido, ao que tudo indica, pelo ex-marido da vítima, o agente de trânsito Diógenes dos Santos Samaritano, que será julgado na próxima terça-feira, em Belém.


Wilma foi motivada a realizar o ato pela iniciativa da Justiça paraense de transferir o local do julgamento para a capital, Belém, mesmo tendo as comarcas de Parauapebas - ou até mesmo Marabá - plenas condições técnicas e estruturais para realizar um Tribunal do Júri desse porte. A mãe da vítima quer que, mesmo longe de onde tudo aconteceu, o réu tenha conhecimento de que sua luta por Justiça transcende fronteiras.


“Mulheres, mães, filhas, advogadas, professoras, militantes, venham somar e lutar por Justiça por Dayse, que foi morta cruelmente pelo seu ex-marido, Diógenes dos Santos Samaritano”, conclama Wilma no vídeo, publicado em redes sociais e grupos de wathsapp nos quatro cantos do Estado. (Assista ao vídeo acima)


A mãe de Dayse informa, ainda, que o local de concentração será em frente ao Fórum Criminal da capital. O julgamento acontecerá na próxima terça-feira, 20, na 4ª Vara do Tribunal do Júri de Belém e será presidido pelo juiz Cláudio Hernandes Silva Lima. A previsão é que o julgamento tenha início às 8h.


O crime


Dayse Dyana Sousa e Silva foi morta no dia 31 de março de 2019, na casa onde morava com o acusado, seu ex-marido, no bairro Parque dos Carajás. Conforme apurado pela perícia, ela foi agredida e, já desacordada, jogada da janela do segundo piso da residência, morrendo no local. Dayse tinha, à época do crime, 35 anos e deixou um filho de 4 anos. Diógenes dos Santos Samaritano ainda tentou, mas não conseguiu fugir e segue preso preventivamente até hoje.


(Imagens: Divulgação Redes Sociais)

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