entenas
de trabalhadores que fazem o circuito diário entre Belém e o Distrito de Icoaraci,
principalmente a trabalho, estão expostos a acidentes em um trecho de mais de
um quilômetro da avenida Arthur Bernardes há pelo menos 15 dias, senão mais. Em
meados deste ano, a mesma prática foi denunciada: carretas que operam para uma
empresa de navegação fazem da ciclovia, justamente em um dos trechos mais
perigosos, estacionamento provisório, possivelmente por falta de espaço no
pátio da empresa.
A
fiscalização de trânsito da Prefeitura de Belém ainda não alcançou a gravidade
da situação, apesar de registros de acidentes na área, segundo moradores
locais. Na mesma avenida, quando convém, agentes de trânsito costumam armar
barreiras, mas blitz, como se sabe, costuma fazer bem apenas para
um lado que não o do distinto condutor.
Ao sabor do tempo
Cercada
de obstáculos - naturais ou não - por todos os lados, a mobilidade urbana
padece da ausência de fiscalização na região metropolitana. Nas bastasse em
obras do BRT Metropolitano, que, de certa, forma, pararam no tempo a ponto de
esgotar a paciência tanto de quem entra, quanto de quem sai de Belém, as vias
secundárias estão estranguladas pela quantidade de veículos, mas principalmente
porque os agentes de trânsito são meros expectadores do caos. Ficam trancados
em seus veículos ou acomodados nas esquinas sem interferir nos gargalos,
aguardando que o tempo “faça o serviço”.
Sem pé nem cabeça
O BRT
Metropolitano é uma obra que começou há cinco anos, mas cujo começo ainda
acabou e o fim está longe de terminar. Com dezenas de desvios no curso de um
traçado confuso e perigoso criados nas caladas da noite, sinalização e
fiscalização precárias, pode-se dizer que se trata de uma obra que não cansa os
olhos, pois amanhece diferente todo santo dia. A falta de fiscalização, porém,
é o que mais agride.
Ao
menos seis viaturas são vistas diariamente ao longo da rodovia, colocadas em
pontos que foram literalmente estratégicos ontem, mas perderam a validade hoje.
Os agentes estão dentro dos veículos, enquanto o inferno arde do lado de fora,
com cada condutor tentando encontrar um caminho livre para chamar de seu e
seguir viagem. E o trânsito de arrasta.
Ninguém está livre
Vias
alternativas também têm o trânsito comprometido, caso da Independência, onde a
passagem para acessar a rodovia se afunila por uma rua estreita e sinuosa sem
um agente de trânsito sequer operando. O trecho recebe obras para corrigir os
alagamentos causados pelas águas de um igarapé praticamente morto e que
continua fazendo visagem no inverno (vídeo abaixo). Enfim, por onde
quer que trafegue um veículo, há engarrafamentos, choro e lamentação.
O que se espera
No
caso das carretas que usurpam o espaço público na Arthur Bernardes, jogando os
ciclistas para o meio da rua, o mínimo que se espera dos órgãos de fiscalização
é a fiscalização. Quanto ao restante da malha viária na Região Metropolitana de
Belém, o que não tem remédio remediado está - a menos que o chamado “fiscal da
lei” saia da escuridão.
Governo
do Estado quer
aditivo
de R$ 80 mi
para
pavimentação da
avenida
Liberdade
A
Assembleia Legislativa deve aprovar mais um aditivo proposto pelo governo do
Estado com pedido de urgência. Trata-se do PL nº 553/2024, que prevê autorizar
o Estado a contratar operação de crédito interno junto a instituições
financeiras nacionais com garantia da União.
O valor descrito no texto é de R$ 483.100.000.00 e deverá ser destinado ao financiamento da implantação e pavimentação da avenida Liberdade - trecho de 13,6 quilômetros de extensão que ligará Belém a Marituba. O valor representa mais de R$ 80 milhões sobre o preço original.