ma das expressões mais utilizadas atualmente, depois que “Ainda Estou Aqui” ganhou o Oscar de Melhor Filme Internacional, jamais foi tão atual. De fato, a repressão é a embalagem da prática do uso do medo como ferramenta para impor condições ou alinhar opiniões na história do mundo.

Relatos de servidores já submetidos aos interrogatórios apontam situações “inconvenientes -, quando não, humilhantes -, ante o comportamento ríspido e intimidador dos auditores, prática que, segundo as denúncias, teria respaldo da presidente da instituição, Ruth Mello, a quem não adiante recorrer para denunciar “arbitrariedades”. Também soa estranho a determinação de que todos os servidores intimados prestem depoimentos em uma sala fechada e desacompanhados, frente a frente com os auditores.
Associação reage
Esse modus operandi, porém, provocou a reação da Associação dos Funcionários do Banpará, a Afbepa. Na sua página oficial, a Associação alerta que “nenhum funcionário é obrigado a comparecer sozinho à auditoria”. Os dirigentes alegam que não são contra a auditoria, e sim contra o procedimento que vem sendo conduzido pelo banco.
De acordo com um dos diretores, “é como se houvesse um grande esforço para direcionar o resultado”. A Associação garante que os servidores convocados para depor podem, inclusive, acionar um advogado para acompanhar as perguntas dos auditores, se assim acharem por bem.
Denúncias assédio
Não por acaso, o Banpará tem sido alvo de uma enxurrada de ações trabalhistas movidas por crimes de assédio moral nas mais diversas formas. Muitos desses servidores estão inclusive sem trabalhar alegando distúrbios psicológicos e debilidades físicas causados pela pressão abusiva de seus superiores.
A coluna encaminhou nota à assessoria de imprensa do banco pedindo manifestação sobre a denúncia recebida, mas até a publicação desta matéria nenhum posicionamento havia sido enviado à redação. O espaço segue aberto para possíveis esclarecimentos. Confira a Nota da Afbepa na íntegra:
Funcionário é obrigado à auditoria
A Afbepa reforça a importância de que nenhum funcionário é obrigado a comparecer sozinho à Auditoria do Banpará. Caso seja convidado a prestar esclarecimentos e, você que é associado à Afbepa, e queira ir, a nossa Associação pede que não vá sozinho: solicite imediatamente a presença de um advogado para acompanhá-lo.
A Afbepa não é contrária ao trabalho da Auditoria, porém, da forma desumana que o interrogatório é realizado, nossa Associação não concorda.
Você pode até colaborar com as investigações e prestar os esclarecimentos necessários quando sabedor da pauta e com agenda de dia e hora, e sempre dentro dos limites legais, sem gerar qualquer prejuízo para si.
A assistência jurídica é um direito dos trabalhadores e está disponível para garantir que todo o processo seja conduzido de forma justa e transparente. Se você quiser ir à Auditoria para qualquer ato, não vá sem antes pedir que a Afbepa o auxilie.
Papo Reto
·O clima não é nada amigável na OAB, hoje, dia da audiência marcada pela diretoria para ouvir os advogados sobre as candidaturas ao desembargo pelo quinto constitucional.
·Pelo que se diz, a cizânia decorre, senão de antes, desde os bastidores do concorrido Camarote Arpoador, na Marquês de Sapucaí, durante o desfile da Grande Rio, onde pontificou a “embaixada” do governo do Estado.
·Os personagens estavam lá, por óbvio, todos convidados do governador Helder Barbalho, uns merecendo mais atenção que outros.
·Foi do “Arpoador” festivo e carnavalesco que emergiu a figura do escolhido para o desembargo, em respeito a um suposto compromisso do governador com o ex-presidente da Ordem Eduardo Imbiriba.
·Se ajudar na charada, entre os convidados estavam Anete Pena de Carvalho, que desistiu do quinto na eleição passada, e Luciana Gluck Paul (foto) , vice na chapa de Eduardo Imbiriba. Das duas, só uma.
·Especialistas e entidades representativas são unânimes: o retorno da cobrança de visto a turistas dos EUA, Austrália e Canadá, cuja isenção foi instituída no governo Bolsonaro, deve impactar negativamente o turismo no Brasil.
·A Argentina, dizem, foi quem vibrou com a decisão do presidente Lula.
·O Senado sinaliza avançar com o fim da reeleição e a unificação de datas eleitorais no Brasil.
·Vários senadores querem, inclusive, aprovar tais mudanças até outubro, para que já sejam aplicadas nas eleições do ano que vem.