Pré-candidato em Dom Eliseu racha com o PSDB, denuncia suposto desvio de rio e descaso na saúde

Presidente da Câmara, Edilson Oliveira critica tratamento diferenciado para pobres e ricos, crime ambiental impune e saúde precária na gestão do próprio partido.

09/09/2023, 11:00

O médico Paulo Mota, de Sergipe, seria o responsável pelo crime ambiental para manter fazenda e cultivo de soja no Pará, segundo a coluna apurou/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.


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lançamento de uma pré-candidatura à Prefeitura de Dom Eliseu, recentemente, escancarou um rio de problemas no município de pouco mais de 60 mil habitantes, situado a mais de 330 quilômetros de Belém e a duas horas de Paragominas, no nordeste do Pará. O pré-candidato é o atual presidente da Câmara de Vereadores, Edilson Oliveira, do PSDB, e o rio seria o Concrem, por onde correm alguns dos problemas denunciados em sessão da Câmara de maneira enfática pelo parlamentar tucano.

 

Desvio de rio

 

A par de suas manifestações de cunho pessoal, político e administrativo, o vereador Edilson Oliveira denunciou, sem citar nomes, um suposto fazendeiro como responsável pelo ‘desvio’ de um rio no município, apontando a omissão da Secretaria de Meio Ambiente local ante o crime ambiental.

 

Tratamento desigual

 

Segundo o parlamentar, ricos e pobres devem receber o mesmo tratamento, o que parece não ter acontecido no caso do desvio do rio, daí sua indignação e a disposição de concorrer ao cargo atualmente ocupado por Silon Gama, também do PSDB. Ao anunciar sua pré-candidatura, o presidente da Câmara também anunciou o filho Edilson Júnior como candidato a vereador. A mesa está posta.   

 

O nome do santo

 

Embora no vídeo que circula nas redes sociais o pré-candidato cite apenas o milagre, mas não o nome do santo, a coluna apurou que o fazendeiro seria um médico, o cirurgião plástico de nome Paulo Mota - não confundir com o conhecido médico paraense Paulo Motta. O dublê de agricultor reside em Aracaju, mas vive na ponte aérea Sergipe-Pará para acompanhar as atividades de sua fazenda e da lavoura de soja na região.

 

O rio cujo curso teria sido desviado, o Concrem, está situado a 12 quilômetros da sede do município de Dom Eliseu, na BR-010 - a Belém-Brasília - por onde corre em direção ao município de Ulianópolis.  

 

A coluna não conseguiu contato com a Secretaria de Meio Ambiente de Dom Eliseu, nem com o suposto responsável pelo desvio do rio, mas está aberta a esclarecimentos.     

 

Papo Reto

 

O Paysandu entra em campo, agora à tarde, de luto, em Manaus. Morreu Ricardo Rezende (foto), empresário, ex-presidente da AP e um dos grandes colaboradores do clube.

 

Amigo pessoal da coluna de priscas eras, Ricardo Rezende deixa um grandioso legado de trabalho, dedicação e de amizade. A coluna também está enlutada. Força aos familiares.

 

O governador Helder Barbalho não diz abertamente, mas faz rasgados elogios ao trabalho de saneamento José Fernando Gomes Júnior desenvolve à frente da Cosanpa.

 

Aliás, fontes do governo dizem que essa história das glosas do Iasep nas contas dos hospitais conveniados é medida saneadora também.

 

Havia hospitais cobrando cirurgias quando o tratamento era apenas curativo. Aí, acrescenta a fonte, “não tem peruano que aguente”.

 

Acredite: a produção de caranguejo na costa paraense aponta um número aproximado de 60 milhões de crustáceos-ano, que necessitam de dez anos para chegar à idade adulta com medida acima de 10 centímetros.

 

Mas poucos chegam a essa idade: geralmente são capturados com sete centímetros ou menos, impactando o ciclo reprodutivo e diminuindo ano a ano a produtividade.

 

A coluna não tem bola de cristal, infelizmente, para responder à comunidade do bairro São João, em Marituba, se e quando a prefeita Patrícia Alencar vai concluir o programa Asfalto por todo o Pará, depois de receber a bolada de mais de R$ 40 milhões.

 

A menos que tire o coelho da cartola, fica o dito pelo não dito: a prefeita jura que, na gestão pública, tem livre arbítrio e que o Tribunal de Contas dos Municípios é potoca.

 

O ‘Vale frango’ pago pelo consórcio que constrói o BRT Metropolitano corresponde a R$ 180 por mês na conta do trabalhador. É dinheiro para quatro ou cinco frangos, pelo preço que está.

 

Desconfortável o momento do jogador Richarlison. Não fez um bom jogo pela Seleção, ontem, em Belém, e não vem bem no clube em que atua na Inglaterra. Daí o pranto no banco, ao ser substituído.

 

Na sua partida 188 narrando jogos do Brasil, o radialista e amigo da coluna Claudio Guimarães mostrou que é pé quente. Cansou de narrar gols, embora nem sempre tenha sido assim.

 

Mais matérias OLAVO DUTRA