s mudanças operadas no comando da Convenção das Assembleias de Deus, a Comieadepa, deverão ser sentidas de fato nas eleições de outubro de 2026. A avaliação é de pastores ligados à congregação evangélica em contato com a coluna.

Os escândalos e o afastamento do pastor Ritter Marques do cargo tiveram o condão de enfraquecer uma, e fortalecer duas famílias tradicionais: os Nauar, donos da Faculdade Gamaliel, que tem Océlio como eminência, e os irmãos Gomes, pastores Ary Gomes, dirigente do campo de Icoaraci, e Washington Gomes, do campo de Santarém, internacionalmente considerados capazes de receber uma composição política como solução para o bem coletivo da Convenção pela imagem de ebilidade que carregam.
Efeitos colaterais
Ocorre que esse parece consenso interno na Convenção também traz reflexos na política partidária do Pará, segunda avaliação de líderes da igreja, já nas eleições do ano que vem.
Entre os principais atores políticos ligados às Assembleias de Deus que ganham e perdem nessa nova composição ganham musculatura política eleitoral o senador Zequinha Marinho, do Podemos, que possui relações e abrangência com os Nauar de longos dados e a deputada federal Andrea Siqueira, do MDB, mulher do prefeito de Tucuruí, Alexandre Siqueira.
Andrea tem no pastor Océlio Nauar um dos mais fortes apoiadores na região, onde Ananias Nauar, do PSC, irmão de Océlio, obteve mais de 25 mil para deputado estadual em 2022, embora não tenha sido eleito.
Se Océlio Nauar permaneceu à frente da Convenção até 2026, Ananias se credenciou como um dos nomes da região de Tucuruí a uma vaga na Assembleia. Perdem espaço e força política os deputados atuais Olival Marques, federal, do MDB, e o deputado estadual Josué Paiva, do Republicanos, que terão dificuldades de se reeleger. Quem fica em cima do muro tentando sobreviver em meio ao furacão é o veterano deputado federal Raimundo Santos, também originário da tradicional família evangélica.
Atenção ao movimento
Atentos a essa transação política e religiosa estão a própria Convenção e, principalmente, o governador Helder Barbalho e o prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, do PSB. Helder tem ciência do cenário e sabe que a queda de influência da família Marques na congregação religiosa deve implodir a muralha do cenário eleitoral evangélico, mesma avaliação atribuída a Daniel Santos.
O prefeito tem trânsito livre junto à possível nova composição da Congregação através do pastor Jaime Pires, do campo de Ananindeua.
Papo Reto
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