Impasses, embate com movimentos sociais, ações na Justiça e “árvores de ferro” abrem brecha para concorrência em 2026.
m um ano pautado por desacertos em sua comunicação, impasses políticos severos, crise com o movimento social e cortes de custeio que travam o funcionamento interno, o governo do Pará caminha ancorado nos investimentos externos em obras em Belém, na esteira da COP30. Os recursos vieram do Orçamento Geral da União, do BNDES e de Itaipu.
Os investimentos do governo federal, nos quais, inclusive, o prefeito de Belém tenta pegar carona, foram destinados a obras de infraestrutura, mobilidade, saneamento, revitalização do centro histórico e modernização de terminais hidroviários. Estaria tudo bem não fosse a “bateção” de cabeça do comando interno. O último episódio foi a inspiração da “árvore de ferro” na Nova Doca, em vias de revitalização.
Ao invés de plantar árvores de verdade, o governo instalou árvores fake: estruturas em formato de árvores que chamou de "jardins suspensos".
A estrutura seria estranha na Amazônia em qualquer momento, mas se torna ainda mais surreal quando o empreendimento se apresenta como uma das obras para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas m a COP30, em novembro deste ano.
Segundo a informação oficial, plantas naturais e ornamentais foram fixadas em estrutura de vergalhões metálicos que seriam descartados. "O projeto inclui o plantio de árvores nas áreas adequadas e a instalação de jardins suspensos", diz o governo.
Até a COP serão colocadas 180 unidades desses jardins em duas obras de parques lineares, sendo 80 na Nova Doca e outras 100 na avenida Almirante Tamandaré. O valor do investimento não foi informado.
O sistema teria sido inspirado em modelos usados em Singapura e foi nomeado inicialmente de "árvores artificiais" pelo próprio governo. No entanto, a iniciativa resultou em uma avalanche de críticas nas redes sociais, sobretudo de ambientalistas, paisagistas e até mesmo entre a população civil.
Mas as “árvores de ferro” não são o único problema de Helder Barbalho. O sobrevivente Daniel Santos e suas incursões pelo interior prometem dar ainda mais dor de cabeça ao governador.
O prefeito de Ananindeua acaba de assumir o controle do PSB no Pará. A direção nacional não renovou a Comissão Provisória do PSB no Estado - espécie de feudo da família Andrade no Pará, passando de pai para filho - e isso atingiu em cheio o vice-prefeito de Belém, Cássio Andrade, se encaixando nos planos de Daniel Santos de concorrer ao governo estadual. Sua filiação e reeleição em Ananindeua foram passos estratégicos para consolidar sua candidatura ao governo em 2026.
Como num jogo de vídeogame, Helder faz com que o caminho de Daniel nunca esteja livre de obstáculos. Mas Daniel contra-ataca. O Procurador-Geral de Justiça, Cezar Mattar, agora enfrenta uma reclamação no Conselho Nacional do Ministério Público que pode resultar em seu afastamento. A acusação de plágio em uma ação contra a Secretaria de Saúde de Ananindeua é uma manobra política que enfraquece o governo, tenha ele ou não participação na “marmelada”. O vereador Vanderray Lima, presidente da Câmara de Ananindeua e aliado do prefeito, argumenta que o pedido de intervenção na saúde de seu município é frágil e atende a interesses do grupo político do governador, que vê Daniel como um desafeto.
A PGE acusa de superfaturamento de insumos hospitalares o Hospital Santa Maria, do qual Daniel já foi sócio. Em resposta, Daniel usou suas redes sociais para rebater que as compras são feitas com base na tabela nacional de preços e que o descredenciamento do hospital pelo governo é uma retaliação política. Ele defende que os serviços prestados foram devidamente verificados e pagos pelo Estado, e critica a perseguição ao hospital, que considera injusta e prejudicial à população.
Enquanto a peleja judicial segue, Daniel continua a fortalecer sua base política. Em Marabá, participou de eventos e reuniões, buscando apoio para sua candidatura. Compareceu à entrega de um título na Câmara de Vereadores e encontros com líderes políticos locais.
A disputa entre Daniel Santos e Helder Barbalho é um exemplo clássico de como a política pode ser um jogo de xadrez, onde cada movimento é vital. Daniel busca consolidar sua candidatura ao governo, enquanto Helder tenta minar suas chances, utilizando todos os recursos à sua disposição.
A tensão entre os dois líderes é palpável e se reflete em diversas frentes. A tentativa de intervenção na saúde de Ananindeua, por exemplo, é uma tentativa óbvia de desestabilizar a administração de Daniel e enfraquecer sua imagem pública. A acusação de plágio contra Cezar Mattar, que está na lista para uma vaga de desembargador no TJE, é um revide que adiciona uma camada de complexidade à situação, sugerindo que interesses pessoais e políticos estão profundamente entrelaçados às estruturas estatais de controle no Pará.
A questão do Hospital Santa Maria destaca como a política pode impactar diretamente os serviços públicos e influenciar a percepção da população. Daniel, em seu vídeo, busca desviar a atenção das acusações de superfaturamento, enfatizando a transparência e a legalidade dos processos de compra. Ele critica a máquina estatal e midiática que, segundo ele, está sendo usada para persegui-lo e prejudicar o hospital, que tem um histórico de serviços prestados à comunidade.
A narrativa que se desenrola é de uma batalha política intensa, onde cada movimento é calculado para influenciar o cenário eleitoral de 2026. Daniel Santos está determinado a consolidar sua candidatura ao governo, enquanto Helder Barbalho utiliza todos os recursos à sua disposição para minar suas chances. A política no Pará é um campo de batalha onde alianças são formadas e desfeitas, e onde cada ação tem o potencial de mudar o curso dos eventos futuros.
Com a aproximação das eleições, a disputa entre Daniel e Helder promete se intensificar ainda mais. Ambos os lados estão se preparando para uma campanha acirrada, onde cada detalhe será escrutinado e cada erro será explorado pelo adversário.
As “árvores de ferro” prometem dar frutos em 2026.
·Pronto, ministra Marina Silva (foto): a Petrobras já concluiu as obras do "hospital dos bichos", exigido para licença da Margem Equatorial.
·A campanha nacional de vacinação contra a gripe começou ontem, com meta de imunizar 90% dos grupos prioritários: crianças de seis meses a menores de seis anos, idosos e gestantes.
·O Brasil não tem estatísticas oficiais sobre pessoas com espectro de autismo. Dados disponíveis apontam o número de 2 milhões, mas autoridades médicas estimam o dobro, cerca de 4 milhões.
·Frequentes denúncias de empréstimos fraudulentos, desde 2020, expõem as bizarras fragilidades na fiscalização do Banco Central, colocando em risco a integridade do sistema financeiro nacional.
·Não à toa, a falta de monitoramento dos recursos oriundos de planos de previdência de empresas públicas escancarou as portas para a corrupção e irregularidades em bancos, onde banqueiros emergem com crescimentos inexplicáveis e nunca auditados.
·Depois dos casos do C6 e do Banco PAN, que protagonizaram esquemas de empréstimos fraudulentos entre 2020 e 2022, atingindo milhões de aposentados vulneráveis do INSS, a bola da vez é o Banco Máster, que já levanta preocupações quanto aos impactos negativos por vir sobre o mercado financeiro.
· Brasileiro gosta mesmo de dinheiro, principalmente quando é público. Boa parte dos recursos sociais destinados aos programas como o Bolsa Família, Seguro Defeso e agora o Pé-de-meia são desviados através de orquestrações bem engendradas.
·Com as tais emendas parlamentares, as práticas são as mesmas e constantemente espocam denúncias de malversação do combalido cofre da União. Alguns prefeitos fazem piada, alegando que o Brasil é o País dos 20% institucionalizados.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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