São Paulo, 19 - A avaliação do governo
Lula pelo mercado financeiro foi considerada negativa por 88% dos ouvidos em
pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 19. O resultado do
levantamento anterior, em dezembro, mostrava insatisfação ainda maior,
correspondente a 90%.
Foram feitas 106 entrevistas junto a fundos de investimentos em São Paulo e no
Rio de Janeiro, com coleta por meio de questionários online entre os dias 12 e
17 de março. Participaram gestores, economistas, analistas e tomadores de
decisão.
A avaliação positiva do governo Lula passou de 3% para 4%, entre dezembro e
março, enquanto a percepção de que a administração é regular foi de 7% para 8%
no mesmo intervalo, aponta a pesquisa Genial/Quaest.
Para 64%, a alta de preços dos alimentos é o principal motivo para a perda de
popularidade de Lula, enquanto 56% consideram ser os equívocos na política
econômica e 41%, o aumento de impostos.
Haddad
A avaliação do mercado financeiro sobre o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve aguda deterioração entre o levantamento anterior da Genial/Quaest, em dezembro, e o de março, divulgado nesta quarta-feira, 19. O porcentual de avaliações negativas subiu de 24% para 58% no intervalo, com as avaliações positivas retrocedendo de 41% para 10%, de dezembro para março. A avaliação regular passou de 35% para 32%.
Foram feitas 106 entrevistas junto a fundos de investimentos em São Paulo e no
Rio de Janeiro, com coleta por meio de questionários online entre os dias 12 e
17 de março. Participaram gestores, economistas, analistas e tomadores de
decisão.
Para 85% do mercado, houve enfraquecimento do ministro Haddad, comparado a 61%
que o percebiam, em dezembro, com perda de força naquele momento. O porcentual
de que ele continua com o mesmo grau de força, sem alteração, passou de 35% em
dezembro para 14% em março, enquanto o de fortalecimento declinou de 4% para
1%.
Para 93%, política econômica do governo está na direção errada, em comparação a
96% que assim pensavam em dezembro. E para 92% dos ouvidos, o presidente Lula é
o principal responsável pela política econômica, comparado a 5% que a atribuem
a Haddad.
Nos 12 meses à frente, 83% do mercado aguardam piora econômica, comparado a 88%
no levantamento de dezembro e, para 58%, há risco de o Brasil entrar em
recessão em 2025. Para 51% do mercado, PIB deve crescer entre 1,51% e 2% este
ano.
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Marcelo Camargo/ Antonio Cruz/Agência Brasil