om o mercado da comunicação digital em alta, a situação da maioria das emissoras de TV em Belém não é das melhores. Nos últimos anos, noves fora o Grupo Rede Brasil Amazônia (RBA), pertencente à família do governador Helder Barbalho, os demais vêm na contramão, recorrendo a cortes em diversos momentos.
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Na TV Record, que no Pará mistura
gestão com religião e política, a situação é delicada. Fonte da Coluna
Olavo Dutra muito próxima do cenário administrativo da emissora revela
que ao longo deste ano os pastores que dirigem o canal no Pará em vários
momentos solicitaram valores aditivos aos contratos de publicidade mantidos com
grandes empresas do mercado.
Nome disso é crise
Fonte ligada a uma dessas empresas
confirmou a existência dos pedidos. O mais contraditório nessa história é que,
em março deste ano, a emissora inaugurou com pompa e circunstância um novo
prédio próprio em Belém, com novos estúdios e equipamentos que, segundo
divulgado à época, teriam tido um custo de R$ 10 milhões.
A solenidade de inauguração,
comandada pela apresentadora Ana Hickmann, reuniu a nata das agências de
publicidade, autoridades e políticos, incluindo o governador do Estado.
Saída pela tangente
Agora, apenas oito meses depois, a TV
Record fechou o mês de novembro com uma série de demissões. De uma tacada só
foram dispensados dez trabalhadores, sendo um jornalista, um publicitário e
oito radialistas. Os desligamentos em Belém acompanham uma série de demissões
no canal do bispo Edir Macedo por todo o Brasil.
O Sindicato dos Jornalistas do Pará
reclamou das demissões, e criticou principalmente a época escolhida para o
feito. “A época das demissões parece ter sido escolhida a dedo pela direção da
empresa para acrescentar requintes de crueldade à ação: o final do ano. O
momento que deveria ser época de alegria e confraternização se transforma em um
período de tristeza, medo e perseguições nos corredores da emissora”, diz a
nota pública do sindicato.
Sobrecarga bem maior
A entidade lembra que a redução do
quadro de pessoal representará também sobrecarga de trabalho para aqueles que
ficam escaparam do corte, comprometendo diretamente a saúde física e mental de
jornalistas e radialistas.
Para o Sindicato, “o que move a
política de demissões da TV Record é o interesse pelo lucro crescente às custas
da exploração dos trabalhadores. Uma sede de lucro sem medida, demonstrada
inclusive na pressão que essas organizações religiosas vêm exercendo sobre o
Congresso Nacional para a ampliação da imunidade tributária para as igrejas”,
diz o comunicado.
Reversão do quadro?
Com isso, acabam sendo duplamente
beneficiadas pelos benefícios fiscais, porque empresas do setor da Comunicação
estão no rol daquelas que têm isenção de impostos, justamente para contratar
mão de obra e não demitir funcionários. Não querem pagar impostos, manter
empregos e muito menos gerar novos postos de trabalho.
Diante desse quadro, o sindicato diz
que, tendo a Record feito um investimento tão alto nas novas instalações, está
convocando a categoria para reivindicar junto à emissora a recontratação dos
profissionais.
Papo Reto
· Dizem que o governador Helder
Barbalho (foto) planeja tirar de cena três secretarias de
governo, mas não se trata, exatamente, de enxugar a máquina.
· Na verdade, o fator
determinante na decisão é o pífio resultado das gestões. A lista incluiu a
Secretaria das Cidades. A conferir.
· Inúmeros
municípios paraenses entraram no radar definitivo do FNDE e órgãos de controle
externo, pela avalanche de denúncias que o MEC tem recebido do Sintepp,
conselhos municipais e pais de alunos.
· As denúncias envolvem fraudes
em licitações para compra de gêneros, péssima gestão do programa de
alimentação, além da "quarteirização" do transporte escolar.
· Sabe-se que Polícia Federal,
CGU, MPF, além do próprio FNDE afivelam malas para encaçapar os péssimos
gestores. Vai faltar auditor.
· É verdade que o início do
calendário escolar da Seduc foi antecipado para 15/01/25 para que o mesmo
encerre a tempo de o governo poder transportar as escolas de Belém em
alojamentos para abrigar conferencistas e turistas?
· A queda nos empregos no País
foi de 30,3% em outubro, índice mais preocupante desde 2020, diz o Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados. .
· Por sua
vez, a criação de empregos formais despencou 47,2%, também em outubro, segundo
o Caged, menor nível desde tempos da pandemia.
· Aprovada
na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados,
ontem, a PEC que proíbe aborto não deixa de fora nem mesmo em casos de abuso
sexual ou risco à vida da mãe.
· A PEC será analisada, agora,
por uma comissão especial antes de ser submetida à votação dos deputados em
plenário.
· Startup brasileira desenvolveu
tecnologia capaz de transformar gesso em osso humano, a partir de matéria-prima
de alta qualidade encontrado na região do Araripe, Pernambuco.