Crianças a adolescente estão passando mais tempo na frente das telas, com a pandemia da covid-19 o uso do smartphone, tablets, videogames e outros tipos de telas se tornaram mais presentes na rotina dos pequenos. Um estudo desenvolvido pela plataforma de educação Lingokids apontou os principais hábitos e tendências de tempo de tela entre crianças de dois a oito anos. O estudo mostrou que um em cada três pais estão preocupados que seu filho seja viciado em telas e apenas 50% dos responsáveis fazem o monitoramento do tempo de tela de seus filhos.
Os pais são os principais responsáveis para criar um bom exemplo para os pequenos, a pesquisa mostrou que 64% dos responsáveis entrevistados acreditam passar tempo demais na frente das telas, sendo assim um exemplo ruim para criança seguir. Juliana Gama, 26 anos, trabalha como influenciadora e faz parte dos responsáveis que fica a maior parte do tempo na frente das telas por conta do trabalho. A jovem precisa redobrar as estratégias para dar o bom exemplo para o filho Raoní de 5 anos.
As principais atividades
que a blogueira faz são passeios em família e brincadeiras dentro de casa, isso
ajuda o pequeno a perder o interesse por celular. “Meu filho ama assistir
vídeos no Youtube, ele assiste vídeos de outras crianças brincando e de pessoas
ensinado a desenhar, para tirar ele das telas eu e o pai dele convidamos o
Raoní para passear na praça da terra firme, lá a gente brinca de futebol, pira
se esconde, coisas que fizeram partes da nossa infância e introduzimos na vida
dele, para ele esquecer as telas” finalizou Juliana.
Especialistas alertam sobre o controle do conteúdo que as crianças assistem nas redes sociais, quando os responsáveis não têm esse monitoramento, a criança acaba aprendendo várias coisas que estão fora da sua faixa etária. Para psicopedagoga Diana Costa, os pais devem selecionar o que os filhos podem assistir nas redes com o controle de conteúdo e programar o tempo na internet. “A criança quando fica muito tempo na tela, acaba se prejudicando na escola, além de prejudicar a socialização, os pequenos ficam atrelados ao mecanismo instantâneo e não interagem com as pessoas ao redor. Toda criança quando é convidada a se divertir, larga o celular imediatamente, muitas brincadeiras tradicionais ainda funcionam, os pais precisam separar um tempo para introduzir essa rotina. A criança só pega o celular quando não tem com quem brincar ou conversar”, concluiu a psicopedagoga.
Dicas para os pais
Para orientar os pais sobre o uso excessivo das telas, a Sociedade Brasileira de Pediatria criou um Manual de Orientação “#MenosTelas #Mais Saúde”. A principal recomendação é para as crianças menores de dois anos, os pais devem evitar qualquer tipo de exposição às telas, mesmo que seja passivamente. Crianças entre dois e cinco anos podem ficar no máximo 1 hora por dia. Já os pequenos entre seis e dez anos estão liberados para usar os parelhos até 2 horas. O estudo também orienta que os pais não deixem as crianças usarem telas durante as refeições e finaliza orientando os responsáveis a tirarem os parelhos telefônicos sempre 2 horas antes da criança dormir.