Belém, PA - Com foco na sustentabilidade e no fortalecimento da economia verde, o Sicredi inaugurou em abril de 2024 uma usina solar fotovoltaica em Benevides, na Região Metropolitana de Belém. Com investimento de R$ 15,7 milhões, a unidade tem capacidade para gerar 4,9 GWh de energia por ano, suficiente para abastecer mais de 1.170 residências.
A energia limpa é utilizada em mais de 90 agências e sedes administrativas da cooperativa no Pará, reforçando o papel da instituição financeira no incentivo à transição energética e na promoção de soluções sustentáveis para o futuro.
A expectativa é que a usina proporcione uma economia de aproximadamente R$ 5 milhões por ano nas despesas com energia elétrica, além de evitar a emissão de cerca de 49 mil toneladas de dióxido de carbono (CO₂) ao longo dos próximos 25 anos. O projeto faz parte da estratégia de sustentabilidade do Sicredi, que busca equilibrar resultados econômicos com impacto social e ambiental positivo.
“Trabalhamos constantemente para aperfeiçoar nossa operação e agregar práticas que comuniquem sobre o que temos de mais moderno em eficiência enérgica e de recursos naturais. A nossa Usina de Benevides é a materialização desse compromisso, indo ao encontro do Pacto da ONU e seus ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), do qual somos signatários. Para o nosso associado, que no Pará somam mais de 336 mil cooperados, isso representa economia financeira na sua cooperativa, agregando ainda mais valor em escolher o cooperativismo como caminho para a sua vida financeira”, afirma Cleomar Abreu, diretor executivo da cooperativa Sicredi Norte.
No Pará, a energia solar também tem gerado impacto positivo na economia. O saldo da carteira de crédito de Linhas Verdes (que incluem energia solar) é de R$ 119 milhões atualmente, sendo que deste total R$ 13,3 milhões foram concedidos este ano e equivalem a 215 operações, de janeiro a junho.
No ano passado, a Cooperativa dos Educadores Autônomos de Castanhal (CEAC) decidiu investir em placas solares, pensando no meio ambiente e na redução de custos com energia elétrica, direcionando mais recursos para a educação, o bem-estar dos alunos e o fortalecimento da cooperativa. De acordo com a presidente Kátia Santos, usar uma fonte de energia limpa é também uma forma de ensinar, na prática, o valor do cuidado com o meio ambiente.
“O crédito verde obtido junto ao Sicredi foi essencial para um dos nossos principais avanços em sustentabilidade: a implantação do sistema de placas solares na CEAC. Esse investimento não apenas reduziu significativamente os custos com energia elétrica, como também reafirmou nosso compromisso com práticas ambientalmente responsáveis. Graças a esse financiamento conseguimos dar um passo importante rumo à autossuficiência energética e à preservação do meio ambiente. Além do uso de energia solar, adotamos práticas como o incentivo à redução de resíduos, economia de papel, reaproveitamento de materiais e ações de conscientização ambiental com nossos cooperados, alunos e a comunidade”, explicou Kátia.
Região Norte
A usina de Benevides, que ocupa 6,6 hectares e abriga 5,4 mil painéis fotovoltaicos, é a segunda do Sicredi na região Norte. Em abril de 2023, foi inaugurada a usina solar de Brasileia, no Acre. Com 2,3 mil painéis em uma área de 4,1 hectares, a unidade tem capacidade de gerar 1,371 GWh por ano - suficiente para abastecer 326 residências - e atende inicialmente 12 agências. O investimento de R$ 5,6 milhões deve gerar economia de R$ 2 milhões ao ano e evitar a emissão de 3 mil toneladas de CO₂ em 25 anos.
O Sicredi também avalia a implantação de usinas nos estados do Amazonas, Amapá, Rondônia e Roraima, como parte do esforço para ampliar o uso de energia limpa em sua operação na região Norte. De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), em março de 2025 o Brasil alcançou uma potência instalada de 58,6 GW em energia solar, dos quais a maior parte corresponde à geração distribuída (em telhados e pequenos terrenos) e geração centralizada (grandes usinas). Desde 2012, o setor atraiu mais de R$ 263,8 bilhões em investimentos, gerou mais de 1,7 milhão de empregos e evitou a emissão de 85,7 milhões de toneladas de carbono.
“O Sicredi tem uma linha de financiamento exclusiva para quem quer investir em energia solar. É uma forma de incentivar o uso de fontes renováveis e ajudar o associado a economizar na conta de luz, com mais sustentabilidade. O crédito pode ser usado para comprar os equipamentos, como placas solares e inversores, montar o sistema e até cobrir a obra de instalação. Está disponível para pessoa física, jurídica e para o agronegócio. O pagamento pode ser feito em até 120 meses, com até 180 dias de carência. E além do financiamento, o Sicredi também oferece consórcio de energia solar e seguro para proteger o sistema”, esclarece Giorgie Guido, assessor de negócios da cooperativa Sicredi Sudoeste.
Para contratar qualquer um desses produtos, o associado pode procurar a agência mais próxima, onde receberá atendimento totalmente personalizado, com orientação completa sobre a melhor solução para seu perfil e necessidade. “Consideramos o crédito verde uma ferramenta estratégica para o fortalecimento do cooperativismo sustentável. Através dessa linha de crédito conseguimos viabilizar um projeto que traz retorno econômico e ambiental. É um modelo de financiamento que estimula a responsabilidade socioambiental e amplia a capacidade das cooperativas de investir em soluções inovadoras e sustentáveis”, conclui a presidente da CEAC.
Foto: Divulgação