Em Salvaterra, 140 quelônios são devolvidos à natureza após geração em cativeiro

Os animais, das espécies tartarugas da Amazônia e tracajá, foram soltos no Lago Caraparu

21/07/2025, 14:00
Em Salvaterra, 140 quelônios são devolvidos à natureza após geração em cativeiro

Belém, PA - O domingo, 20, foi de reencontro com a natureza no município de Salvaterra, no Arquipélago do Marajó. Em uma ação que reuniu ciência, conservação e educação ambiental, 140 quelônios das espécies tartarugas-da-Amazônia e tracajás foram soltos no Lago Caraparu.


A atividade  integrou a programação da Operação Verão 2025 e foi promovida pelo governo do Estado por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) e pelo Parque Zoobotânico Mangal das Garças, com apoio da Secretaria de Meio Ambiente de Salvaterra.


O momento da soltura atraiu moradores, visitantes e autoridades locais. O público acompanhou a reintrodução dos animais ao habitat natural. Todos os quelônios foram gerados e criados em cativeiro, sob os cuidados técnicos do Mangal das Garças, desde a postura dos ovos até o estágio juvenil, quando já estavam aptos a sobreviver em ambiente natural.


A operação logística da soltura foi cuidadosamente planejada e os detalhes, desde o transporte seguro dos animais até as condições ideais do local de soltura, envolveu profissionais de todos os órgão que integraram a atividade.


Durante a atividade, os visitantes também participaram de ações educativas. Informações foram compartilhadas por meio de material informativo e várias atividades voltadas ao público infantil foram realizadas pelos técnicos no local.


Para o biólogo do Mangal das Garças, Basílio Guerreiro, a soltura vai além da preservação direta das espécies: é uma ação que contribui para o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos. “Esses organismos são importantes para a cadeia alimentar, porque vão servir de alimento para alguns peixes e também vão se alimentar de organismos que já existem nos rios. Esses organismos vão ficar no controle ambiental, portanto, tudo vai ficar em equilíbrio se esses animais estiverem presentes”, explicou.


Além do impacto ecológico, a ação também busca sensibilizar moradores e turistas sobre a importância do cuidado coletivo com o meio ambiente. A presença das famílias e a participação de crianças foram pontos altos da programação, consolidando o objetivo de formar uma cultura ambiental ativa, voltada à valorização da fauna e dos recursos naturais da Amazônia.


Foto: Divulgação

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